Capítulo 3 - Medo...

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Notas Iniciais - Apenas Lembrando que os acontecimentos dessa fic não seguem a ordem cronológica de acontecimentos da serie. Boa Leitura.



Lena olhava entre os gêmeos e James tentando compreender a situação. Ela via o pavor estampado em seus rostos e isso gerou nela um sentimento incomum de querer protegê-los. Ela se aproximou calmamente dos dois enquanto a atenção deles ainda estava voltada para James. Sam e James estavam estáticos, não ousavam se mexer nem um centímetro, já Kara entrou na frente de James e ergueu as mãos para os gêmeos em sinal de rendição.

_Kay, está tudo bem, James é um amigo, não precisa ficar assim. – Kara se sentia confusa com toda situação, ela sentia em seu peito uma necessidade de proteger e acalmar os gêmeos, garantir que tudo ficaria bem. _James acho melhor você sair daqui, agora. – Kara começa andar em direção de Kay ainda mantendo as mãos erguidas. _Está tudo bem, ele não fará mal para vocês, eu estou aqui, e ele já vai embora.

Kay não estava ouvindo nada ao seu redor, ele só via tudo brilhar e sentia suas retinas queimarem com a visão de calor que estava segurando, ele sentia sua irmã tremer atrás de si. Uma sensação de pavor e impotência tomou conta dele assim que viu James, seu corpo reagiu com uma sensação de dor fantasma, de feridas que a muito tempo estiveram ali, mas mesmo hoje não estando mais, a sensação e pavor ainda ficaram gravados, ele queria correr dali, mas seu instinto de irmão foi ficar e proteger sua Lis, ela já fez o mesmo por ele. Ainda sim ele se sentiu paralisar, não percebeu quando alguém chegou próximo a ele, nem percebeu quando James deixou a sala. Ele só sentiu uma mão pousar em seu ombro e outra levemente em seu rosto, alguém puxou seu rosto até que ele estivesse olhando fixamente um par de olhos verdes. Ele sentiu a ardência deixar seus olhos e sentiu as lagrimas que começaram escorrer quando Lena o abraçou repetindo que estava tudo bem. Ele fechou os olhos e escondeu o rosto nos braços da morena.

Kara trocou com Lena um olhar preocupado e ao ver que ela cuidava de Kay, se aproximou calmamente de Lis a puxando para seu colo.

Lis tremia e segurava seus braços numa tentativa vã de se proteger e parar de tremer. Ela queria proteger o irmão, mas o medo não deixava que se mexesse, seu cérebro teimava em puxar flashs de memórias que ela não queria ver, seu irmão ensanguentado, seu próprio corpo mutilado por diversas kryptonitas de cores variadas, ela presa em uma maca sem poder se mexer enquanto via uma e outra vez cortarem sua pele e testarem seu DNA. Ela sentiu uma mão pousar em suas costas a puxando para cima de alguém, ela abraçou forte a cintura de Kara que não parou de acariciar suas costas dizendo que tudo ficaria bem.

Não demorou muito para que Alex, John, Nia e alguns agentes do DEO entrassem na sala.

Alex apontava sua arma para os cantos procurando sinal de perigo, os agentes faziam o mesmo. _Está tudo bem aqui? James nos chamou. – Ela parou ao ver Lena e Kara com os jovens kryptonianos nos braços tentando os acalmar. Por alguma razão que ela desconhecia, sentiu seu coração se partir ao ver o estado de Kay e Lis. Ela abaixou a arma e se aproximou de sua irmã. _Kara o que aconteceu?

_Não sabemos, em um minuto tudo estava bem, mas James apareceu, ambos ficaram apavorados e Kay quase o matou com visão de calor. Eles estão aterrorizados e não sabemos o porquê. – Kara sentia que Lis aos poucos estava parando de tremer.

_Eu avisei que não era uma boa ideia trazê-los direto para Lena, eles podem ser perigosos. – John se aproximou enquanto falava. Ele sentia uma sensação estranha e conflituosa, sua experiencia militar dizia para ter cautela com os intrusos, mas algo em um cantinho na sua mente lhe dizia que podia confiar neles.

Kay ficou tenso novamente nos braços de Lena. _John eu não sei o que está acontecendo aqui, mas juro por Deus que se você não calar a boca agora vou lhe mostrar por que se deve ter medo de um Luthor! – Lena disse com uma raiva que ela não sabia de onde surgiu e sentiu Kay a abraçar um pouco mais forte, a força à estava machucando um pouco, mas ela não o soltaria, não até ele estar bem.

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