QUE MERDA?

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Oiiii! Tudo bom?

Espero que sim! Me mandem feedback desse capítulo e NÃO SE ESQUEÇAM DE VOTAR!!!

Sem mais delongas, vamo que vaaamo

Boa leitura :)

POV Sina

Ok, isso foi a coisa mais doida que já fiz.

Era como se minha alma estivesse fora de meu corpo. E eu estava ali, só observando o ato que pode ter mudado minha vida para sempre. Tudo parecia estar em câmera lenta, menos eu. Os sons emitidos na escola eram vários, de diferentes timbres e alturas. Mas eu só ouvia ruídos, tudo parecia um sonho.

Que merda está acontecendo?

Isso não pode ser real, não mesmo. Nossa escola tem segurança máxima, de primeira linha. Nunca deixaria alguém entrar com drogas aqui, principalmente armado. Deve ter algo por trás disso tudo, mas não consigo decifrar o que é...

Eu tinha acionado aquele alarme? Eu, que não tenho coragem nem mesmo de chegar em alguém. Como sera possível?

Ok, deixe-me raciocinar. Eu acabei de acionar o alarme de incêndio da escola porque escutei Any Gabrielly presa no banheiro com um traficante armado que é, nada mais nada menos, que Pepe, o filho do prefeito.

Mas que porra?

Lembro-me de algo ainda mais importante. Any! Será que a mesma está bem? Preciso checar o banheiro, ela deve estar tão devastada e com medo... O garoto quase a matou.

Tento me livrar dos pensamentos e o mundo ao meu redor, que antes parecia em câmera lenta. Agora o mesmo voltou a soar normalmente.

Uma bagunça.

Jovens gritando e correndo por todo o canto e adultos confusos e preocupados com a situação. Vejo os seguranças tirarem os alunos do corredor e um deles me impede de ir até ao banheiro.

- Não está escutando o alarme, mocinha? - o homem me diz, arrogante.

Pensei em respondê-lo, mas o olhar ríspido que o mesmo me deu fez com que desistisse de minha escolha. Me rendo ao segurança e saio do ambiente escolar, olhando ansiosamente para a porta da escola.

Logo vejo Any saindo do local, ela estava pálida e trêmula. Penso em ir atrás dela, mas o idiota do Urrea tinha que vim encher meu saco.

- Pensa que ninguém veria a senhorita apertar aquele botão? - o mesmo sussurra em meu ouvido, dando um sorriso travesso logo em seguida.

- Vá a merda, Noah! - digo ríspida, virando rapidamente para o rapaz.

- Oh wow! - ele dá um passo para trás, colocando as mãos atrás de sua cabeça. - Por que está tão brava?

- Nada, Jacob...

Jacob é o segundo nome de Urrea. Ele odeia que o chama assim, mas não me importo. O chamo assim sempre que tenho a oportunidade.

- Sério... - ele murmura, colocando a mão em minha cintura e me trazendo para mais perto de seu corpo. - Tá tudo bem?

- Desde quando você se importa? - essas simples palavras à sair de minha boca foram suficientes para congelar o moreno em (eu deduzo) pensamentos.

Noah muda sua feição repentinamente, de choque para raiva e, talvez, um pouco de orgulho. Ele me puxa pelo braço e me leva até a divisão de paredes do lado de fora do dormitório feminino, no cantinho virado para o pátio. Não reclamo, pois não tive tempo suficiente para pensar em algo antes que Urrea começa a falar:

- Veja bem, sua reverendíssima besta. - seguro minha risada. - Sei que pareço ser somente um garotinho mimado que não gosta de ninguém mas...

- Ué, e não é verdade? - falo para irritá-lo, amo ver ser rosto ficar vermelho de raiva.

- Deinert...

- Você é um idiota, ou devo dizer... sua excelência não passa de um simples futre histrião.

- Eu te odeio como nunca fui capaz de odiar ninguém. - ele se vira, saindo do local.

- E eu te desprezo como nunca fui capaz de desprezar ninguém. - falo alto para o garoto ouvir.

Vejo ele parando levemente e dando um denso suspiro, mas ele volta a andar com tamanha beldade que me fez rir como uma garça.

Apesar de Noah ser um baita de um idiota, gosto dele. E sei que ele gosta de mim também. Ele só é orgulhoso, logo se renderá a minha ilustre amizade.

*

Momentos após a saída de Noah, me vejo perdida em pensamentos novamente.

Descobri que Pepe, o filho do prefeito amado por todos e protegido por toda a escola, era nada mais, nada menos, do que um traficante fajuto.

E Any... Sua rebeldia era explícita, mas nunca imaginara a cacheada como um usuário de drogas. Queria poder ajudá-la, mas Gabrielly é introspectiva demais para, eu, ao menos, tentar uma conversa como essa.

Lembro-me de Josh.

Merda.

O loiro deve estar me esperando a séculos! Saio do canto do pátio e vou em direção a saída dos fundos da escola.

Não gosto de sair do colégio pelo portão principal. É sempre muito cheio e movimentado, e gosto de causar o mínimo de olhares possíveis.

Passo por Sabina e Joalin. A mexicana conversa animadamente sobre o "príncipe encantado" do Pepe, enquanto a loira a encara com um tédio que, sinceramente, é mais que compreensível. Não sei como Loukamaa aguenta ouvir 24 horas sobre o quanto da vida de Hidalgo é perfeita. Ela claramente gosta da morena, e arrisco dizer que Joalin desejaria muito mais do que somente essa "amizade" entre as duas, se posso chamar a relação delas de amizade.

- Pensei que nunca chegaria!!! - Josh me abraça por trás, abrindo um sorriso.

Mas logo a feição do mesmo muda para uma raiva forçada.

- Esqueceu de mim, dona Sina? - ele diz com um biquinho formado em seus lábios, me fazendo rir.

- Óbvio que não, dramático. Estava resolvendo algumas coisas. - lembro-me de tudo que acontecera a poucos minutos atrás.

Eu precisava contá-lo.

- Josh, minha casa, às três da tarde.

- Oh... - ele congela em pensamentos, foi realmente muito inesperado. - Ok. Mas agora já são vinte para as três.

- Exato, vamos. - o loiro parecia deslocado, sua feição de choque o deixava parecido a uma criança. - Preciso te contar sobre algumas coisas.

Começo a correr em direção ao ponto de ônibus e escuto a respiração ofegante e os passos pesados de Josh atrás de meu ser, ouvindo de fundo a voz rouca e falhada do mesmo.

- Espere por mim!

MINE // Siany Fanfiction (em pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora