Capítulo 14- Primeira consulta

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Notas: penúltimo capítulo e espero que gostem.

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— Seja bem-vindo, sente-se aqui por favor, mas somente se quiser é claro. - A mulher fala para Alec, que mesmo nervoso se sentou, não conseguindo parar sua perna que insistia em se mexer. - Bom, primeiramente irei me apresentar, me chamo Mia e sou formada em psicologia exercendo a profissão a quatro anos, tendo assim 27 anos. Gostaria de acrescentar que tudo o que será dito dentro desta sala será estritamente restrito, sendo assim com somente nós dois sabendo sobre o que conversamos, contudo você tem é claro toda a liberdade para compartilhar seus sentimentos e pensamentos para qualquer pessoa que seja de confiança, tudo bem?

— Tudo bem, entendo perfeitamente — Fala colocando as mãos em suas coxas as mexendo com intenção de espantar o nervosismo, coisa que não passou despercebido pela profissional.

— Bom, começaremos primeiramente falando sobre qualquer coisa que vier à sua mente, não pense demais, nossa mente nos engana constantemente nos fazendo voltar a pensamentos nocivos, o que não é bom para sua saúde tanto mental quanto física. Nos permitir abrir nos dá uma gama de novos horizontes, os quais não conhecíamos e assim, quem sabe conhecermos melhor a nós mesmos. — Mia fala, o que deixa Alexander mais aliviado vendo que ela de cara não iria o pressionar para que ele já começasse a contar sobre coisas que no momento, ele estava tentando evitar.

— Estou pensando no meu namorado, na verdade foi ele quem me incentivou a começar a terapia, no começo estava relutante, porém, com o andar de nossas conversas, percebi que está na hora de seguir em frente e deixar com passado com todas as coisas ruins, não interferir mais em meu presente.

— Que bom, então, pode me contar mais sobre seu namorado, qualquer coisa sobre ele, se sentindo confortável para isso, claro. - Fala Mia.

— Seu nome é Magnus Bane, o conheci quando o mesmo estava passando por um problema e o socorri, trocamos nomes e fui embora, não conseguindo tirá-lo da cabeça, voltei a seu apartamento tendo a sorte de encontrá-lo, e quando estava indo embora, por um descuido o beijei naquele instante. Bom, começamos a sair depois disso e foi rolando, ele estava grávido quando o conheci, mas nem por isso meus sentimentos pelo menos foram diminuídos, e só aumentaram. O pedi em namoro com isso - Fala mostrando a pulseira que havia comprado - E fiquei feliz quando ele disse sim, conheci minha sogra a qual gosto muito e no mesmo dia, mas tarde, precisamente a noite, contei a ele sobre meu passado, sendo assim o único a realmente saber este. - Algo que a profissional anotou - Agora ele está de sete meses, sendo assim quase cinco meses juntos. Depois disso, estávamos indo bem, o levei para conhecer minha mãe, a qual o recebeu muito bem, porém a mesma faleceu nem faz um mês e ele está sendo a única pessoa com quem eu realmente confio, a pessoa que está sendo meu alicerce.

— Vejo que realmente sente algo além por ele, isso é bom. - Fala e se ajeita na cadeira. - Bom, quando se sentir à vontade para falar sobre o que o atormenta, estarei aqui. - Fala e espera a resposta de Alec, a qual veio minutos depois.

— Eu não sei o que falar na verdade, coisas ruins enchem a mente de imagens dolorosas e não consigo focar em uma somente, parece que tudo vem a mente no mesmo instante, palavras e cenas não param de passar e então eu não consigo me expressar como gostaria. Queria que tudo fosse embora, porém não sei como fazer isso e então, finalmente conseguirei seguir em frente e irei poder viver sem as amarras do passado aqui. - Diz e aponta para o próprio peito.

— Vamos começar a falar primeiro da sua família, mas especificamente do seu pai. Podemos fazer isso? - Pergunta com cautela ao perceber que Alec começa a mexer ainda mais a perna mostrando nervosismo.

My lovely unknownOnde histórias criam vida. Descubra agora