Santo Malfoy

6.Loving you forever can't be wrong

Draco Malfoy pov

Uma regra que deve ser empregada em qualquer relação é que: apenas amor não sustentará. Nada que você venha a fazer apenas pela força do amor, conseguirá obter sucesso. Muitas pessoas acreditam que sim, "porque o herói sempre vence pela força do amor", mas isso é a maior mentira.

Nada se ganha apenas pela força do amor. Você tem que ter muito mais que amor. Precisa-se de garra, perseverança, e acima de tudo força. Não importa o que venha a acontecer, tente! Aguente! Resista!

E desde muito novo eu sabia que amor não era suficiente. Eu amei meu pai, mas amor não impediu que ele "morresse", eu amei meu irmão, mas amor não impediu que ele me tratasse mal e falasse todos os meus defeitos, sempre que pudesse, eu amei a minha mãe, mas isso não impediu que seu bloqueio emocional pudesse ter uma exceção por pelo menos seus filhos.

Eu amei Harry, mas o amor não foi o suficiente para segurar nossa relação, não foi suficiente para nos deixar impune do que seria o nosso karma.

O amor sozinho, sem ações, sem qualquer outro sentimento como pilar, para ajudar a segura a estrutura do que éramos, não serve de nada!

Harry estava machucado, eu estava machucado, nossos amigos, familiares estavam machucados, não iria voltar a ser como antes, mas que mesmo com cicatrizes venhamos tentar melhorar e nos alegrar. Rony tem feito o que pode para ajudar Harry no tempo que ele fica no castelo. Pansy se sente cansada e sozinha, ela chora todas as noites quando Eros acorda, amamentar não é uma tarefa fácil, e Pansy sequer escolheu isso para ela, tem sido árduo o trabalho materno, e mesmo que eu, Harry, ou até mesmo Hermione — que momento algum negou ajuda — ajude, de nada somos muito úteis. Eros é manhoso e anseia pelo colo e acalento da mãe.

Ammy tem se aproximando bastante de mim, e eu espero que possa recuperar o tempo perdido, me dói muito saber que não estive aqui para ela. Talvez, um dia possamos recuperar a conexão que tínhamos quando ela era apenas um bebê e me amava, e me olhava com as esferas verdes brilhantes, quando batia palmas e me chamava de papai Dray, ah como eu queria minha pequena de volta. Ela parece ter mudado, e mesmo não sabendo de muita coisa, Ammy também tem sequelas do passado, um passado que ela não sabe.

—  Il silenzio, per la prima volta, mi sta uccidendo! (O silêncio, pela primeira vez, está me matando!) — Abraxas quebra o silêncio da mesa, encarando seu prato farto de comida.

A mesa longa e repleta de comida era chamativa, e todos nós estávamos sentados a ela em um jantar silencioso, desde cheguei aqui ninguém falou nada muito importante. Haviam perguntas a serem feitas, e muito a se esclarecer.

Mas ninguém pareceu estar bem ou preparado para tal coisa.

— E o que quer ouvir? — Bebi um gole do meu vinho, pondo a taça de volta na mesa e encarando Harry ao meu lado direito, e ao lado dele estava Amora, que tinha sua ajuda para não sujar a roupa.

— Cosa voglio sentire? sparisci per quattro anni, non lasci tracce, e poi appari come se nulla fosse. È qui da tre giorni e nessuno sa cosa gli sia successo. (O que quero ouvir? Você me some por quatro anos, não deixa rastros, e depois aparece como se nada tivesse acontecido. Já está aqui a três dias e ninguém sabe o que lhe aconteceu.)

Meu avô brada, com olhos azuis cerrados despejando indignação. Sinto Harry estremecer ao meu lado, e o olhar da maioria dos presentes baixa.

Suspiro, tocando no garfo solto em meu prato.

— Eu fui levado por James — Disse simples, mas não pude deixar passar despercebido como Harry encolheu-se na cadeira ao ouvir o nome do pai. — Ele não me levou para uma cadeia qualquer ou coisa do tipo. Ele meio que me negociou.