Morto.
Kou realmente está morto, ali, a alguns metros de distância, quero me arrastar até seu corpo, mas me recuso a aceitar que isso realmente aconteceu, o meu mundo acaba de desabar de baixo dos meus pés, não tenho forças para continuar. As lágrimas rolam involuntariamente por meu rosto, o choque foi tanto que estou paralisada, vendo meu pai em cima do cadáver de Kou, esperando a minha vez.
Talvez seja melhor assim... O destino vem sendo muito misericordioso comigo, eu deveria ter morrido diversas vezes, mas hoje, hoje não tem como fugir.
Seiji retira a faca do corpo de Kou, se ergue e anda em minha direção. O medo toma conta, tento levantar, mas o solo molhado me puxa para baixo, me arrasto para trás incrédula com o que vai acontecer.
Eu não vou suplicar aos céus e pedir a Deus que me ajude agora, afinal é pelas mãos de um dos seus seguidores que eu vou ver meu fim e eu não seria hipócrita a este nível, talvez essa seja uma punição dos céus.
Seiji me alcança e puxa minhas pernas para perto dele, tento fugir, mas ele me puxa novamente.
O mesmo estica a mão que está com a faca e tenta um movimento rapido no pescoço, como se estivesse levanto um porco para o abate, mas não tem êxito, apoio meus pés no chão e me empurro para cima, fazendo a lamina deslizar em meu peito, que jorra sangue.
—Por que?–grito furiosa–por que me deixou viver?
—Nem em um milhão de anos você me entenderia–ele grita–eu deveria ter feito isso aquele dia.
Luto com minhas pernas para me soltar de suas mãos, sentindo meu peito arder.
—Aquele dia–grito novamente–você estava chorando.
—Você se lembra?–o mesmo para de me puxar parecendo surpreso
Me solto de suas mãos e finalmente consigo me levantar, o que não é muito útil porque sinto que logo vou ao chão novamente, meu corpo está fraco e perdendo sangue.
—O Kino me contou tudo
Digo juntando forças para não olhar o corpo de Kou já sem vida ao solo.
—Kino?–ele levanta uma sobrancelha–quem é Kino?
Engulo o seco
—O meu irmão–o olho
—Irmão? você não tem irmão–ele me encara.
Minha barriga gela, engulo o seco sentindo uma pontada no corte que ainda não está auge de dor, pois meu sangue está quente.
—Para de mentir–grito–você não apagou minha memória sobre ele.
—Yui... Você não tem irmãos
—Não... ele–digo–eu me lembro dele
Ele nega com a cabeça e volta a andar em direção a mim, dou alguns passos para trás, mas caio não conseguindo sustentar o meu próprio peso, o sangue já tomou conta da minha roupa, a única coisa que posso fazer é esperar, talvez a morte seja rápida e indolor.
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Diabolik Lovers: Fatal blood
Fanfiction-A razão por que eu ainda estou aqui?-digo olhando para ele-se eu tentar escapar, a morte é certa para mim... O mesmo me olha parecendo entender o que eu estava dizendo -No entanto-sorrio para ele-A razão por qual motivo eu fiquei aqui? Acho que não...