-A razão por que eu ainda estou aqui?-digo olhando para ele-se eu tentar escapar, a morte é certa para mim...
O mesmo me olha parecendo entender o que eu estava dizendo
-No entanto-sorrio para ele-A razão por qual motivo eu fiquei aqui? Acho que não...
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O vento gelado toca meu corpo, assim que descemos do avião em algumas horas já estamos hospedados em um resort, Reiji como sempre cuidou de tudo e optou por um quanto para cada um, tentei fazê-lo mudar de ideia e optar por uma divisão de quatro pessoas para três quartos, pois sairia mais barato
Ninguém além de mim gostou da ideia, todos queriam ficar sozinhos menos Laito que me agarou pela cintura e disse que ficaria no meu quarto me fazendo companhia.
No final das contas os meninos ganharam e decidimos por quartos separados.
—Pessima ideia–digo enquanto desfaço as malas–péssima, péssima ideia
Digo para mim mesma, o que esses três tem na cabeça? O que eu tenho na cabeça em aceitar a ajuda deles?
Olho para os meninos no quarto
Ruki esboça um sorriso malicioso enquanto pega as roupas da minha mão e coloca nas gavetas, nunca pensei que veria Reiji com roupas casuais na minha vida, o mesmo usava uma calça jeans e blusa preta simples.
—A culpa é toda sua–Shu murmura da cama–quem mandou ser o centro das atenções?
Ele boceja e me puxa para deitar com ele, respiro fundo e o encaro, o mesmo passa a lingua nos labios e se aproxima vagarosamente para tentar me beijar.
—Sou o centro das atenções porque sou a única mulher–digo tentando me afastar mais o seus braços não me deixam fugir.
—Pensei que você tivesse se oferecido para ajudar
Ruki joga algumas roupas em cima de Shu, que resmunga e me larga, volto a ficar em pé e olho para os meninos
—Como se qualquer mulher fosse me agradar
Ele resmunga e se vira na cama
—Eu ja disse que posso desfazer minha mala sozinha–dou um pequeno sorriso em reação ao que Shu disse
Reiji arruma seus óculos e me encara
—Como se esse imprestável fosse pensar em alguem que não seja ele–diz olhando para Shu–estou falando com você, seu verme...
O ruivo tira as roupas do rosto, finge um bocejo e começa a dobrar e guardar o pouco que ainda resta na mala. Talvez para "calar" a boca do seu irmão mais novo, solto um riso baixo e suspiro em seguida, pelo menos não estão brigando.
Ruki termina de guardar a maioria das coisas e foca seu olhar no meu
—Quer andar um pouco?–ele estica a mão para mim
Pego sua mão afirmando, os outros dois parecem estar confusos com nossa reação subita quando saimos do quarto. Mas enquanto ando com Ruki só consigo lembrar de Shu, e do que eu disse para ele, do seu beijo, suas carícias, meu corpo respondendo ao seus toques. Sinto minha pele corar e rio baixo, Ruki parece não estar entendendo o que está acontecendo, eu não o julgo, nem eu mesma estou me entendendo utimamente, aconteceram tantas coisas, ainda não sei porque Cordelia apareceu para mim e me disse para matar seu marido e porque eu vi tantas coisas quando "tentei" suicídio... A mesma disse que enquanto eu estiver com seu coração ela ainda viveria em mim, isto me dá calafrios, estou vivendo com um parasita em mim, todo esse tempo.
