∆°• O amor é doce? - Nomin •°

Pudim de chocolate

Sexta-feira, enfim o último dia de aula da semana havia chegado, e depois de tanto esforço Mark estava mais próximo do que nunca de sua formatura. Ao fim do semestre iria apresentar sua monografia, e tendo fé no próprio trabalho, não precisaria nunca mais voltar a uma sala de aula daquele lugar como aluno (Talvez um mestrado mais para frente, mas por enquanto o diploma já tava bom).

Como haveria um jantar entre amigos mais tarde, precisou tomar um bom banho depois que voltou da faculdade, levando o tempo que precisava de baixo do chuveiro. No mais, agora caminhava pelo próprio quarto, vestindo as peças de roupa escolhidas para o evento. Uma calça preta confortável, a camisa social cinza que ganhou de Yuna no natal, deixando as mangas levantadas até os cotovelos, seu melhor casaco preto (Sim, ele tinha uma coleção de casacos nessa cor) e como toque final, a corrente prateada com uma medalha retangular que estava sobre sua cômoda. Depois de uns poucos segundos a encarando,  e o seu reflexo no espelho, ele a colocou para dentro da camisa, julgando ser melhor assim, tentando ir livrando sua mente do que pensava no momento. Nisso pode notar a caixa que agora estava sobre a cômoda.

— Ahhn, deve ser a entrega que o Jeno e o Renjun mencionaram. — Sorriu contente, pegando-a em mãos, e indo até a cama, onde sentou-se para poder olhar melhor seu novo presente. — Yuta, o que você me deu dessa vez? Se for outro dildo GG eu te dou um tapa.

Quando finalmente abriu a caixa, o sorriso que tomava conta do rosto do Lee sumiu, confuso com aquilo diante de seus olhos. Ele pegou uma fotografia que estava lá dentro, era a única coisa que veio dentro da caixa. Curioso, ele virou-a para ver o que estava registrado ali, e foi nesse exato momento em que o maior pesadelo de Mark Lee recomeçou.

[...]

— Desde quando frequenta esse lugar? — Jeno indagou, caminhando junto de Xiaojun pela entrada do restaurante. — É bonito.

— Meus pais me trouxeram aqui quando terminei meu mestrado, num jantar de comemoração, eles são velhos conhecidos do dono e amam de coração a comida daqui. Eu também adoro, e tenho certeza de que você vai amar também, pode apostar. — Logo os dois foram atendidos pela recepcionista, e um garçom veio de encontro aos três.

— Boa noite, me chamo Lee Jaehyun e serei seu garçom nesta noite. Por favor, senhor Xiao, senhor Lee, me sigam, vou os guiar até a mesa reservada. — O rapaz era novo, alto, lá para uns 1.80, cabelos castanhos claros, quase loiros, e olhos bonitos. Aparentava ser mais velho que Jeno, ainda que nem tanto assim.

Dentre os convidados da noite, Jeno e Xiaojun foram os primeiros a chegarem, mas algum tempo depois Chenle e Lia deram as caras, acompanhados de Renjun e Yuna. A mesa reservada era enorme, com lugares para todos. Para não precisar fingir simpatia com Xiaojun, Chenle sentou-se o mais distante possível do dito, mas num lugar em que não precisasse olhar para sua cara diretamente. Desde o começo do relacionamento entre Xiao e o Lee, Chenle continuamente manteve sua oposição. Claro, Jeno é adulto, mas convenhamos, ele namorava o homem que deu aula a todos eles no tempo do ensino médio, quando Lee tinha seus quatorze anos. Não era exatamente o cenário mais agradável de se conviver, muito menos depois dos ocorridos de anos atrás.

Um pouco depois deles, vieram Mark e Yuta, o japonês estava com visual novo, cabelo preto e bem mais curto do que de costume, sem contar o visual ousado (Segundo Yuna descrito em seus pensamentos como: Mais uma de suas tristes tentativas de manter uma imagem juvenil estereotipada, baseada na figura de qualquer outro jovem universitário com problemas de relacionamento, de sociabilidade, complexo de gótico e vício em fetiches). Por sinal, Chenle também não ia muito com a cara do Nakamoto, sempre estaria do lado de Winwin, principalmente sabendo o histórico de acontecimentos entre os dois mais velhos.

Quanto a Mark… Bem, ele parecia distante, com a mente vagando em qualquer outro lugar que não fosse aquilo. Demorou uns bons segundos até notar que o namorado tinha se sentado sozinho, lhe ignorando e o deixado de pé como um pateta na frente dos amigos.