∆°• O amor é doce? - Nomin •°

O retorno do Quebra Nozes

Na Jaemin

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Às vezes, recomeçar parece uma tarefa difícil, ainda mais quando se precisa lidar com o passado, e confrontá-lo. Mas nem sempre recomeçar é a solução, e sim seguir em frente. Foi isso o que Lee Mark preferiu fazer desta vez, ele quis superar, aprender, se fortalecer e conseguir deixar memórias ruins para trás. Infelizmente ele ainda estava bem no início deste longo e irritante caminho.

- Obrigado por me deixar pegar minhas coisas, Yuta. - Lee carregava consigo uma caixa de papelão com alguns itens, sendo eles em sua maioria roupas e acessórios deixados ali no apartamento do japonês. E não, Minhyung não estava levando nenhum brinquedo sexual o qual os dois utilizaram. - Então, é verdade o que eu soube do Taeyong, que você vai mesmo embora?

- Acho que é o melhor a se fazer... - O mais velho evitava contato visual, seu olhar era triste e dava para notar uma leve irritação na pele próxima ao nariz, como se estivesse chorando ou espirrando com frequência, e precisasse assoar o nariz com frequência.

- Ahhn, Yuta, eu... - O canadense caminhou até a porta do apartamento, juntando forças para dizer "tchau" ao japonês, mas acabou sendo interrompido pelo mesmo. Yuta lhe abraçou por trás, envolvendo os braços em sua cintura e deixando a testa colada na nuca dele.

- Por favor, me perdoa, Markie... Eu desisto de tudo se você me aceitar, até voltar para o Japão, só me aceita de volta. Eu faço tudo por você, sei dos meus erros e vou melhorar, juro pela minha vida que vou... - Mais velho o soltou, tirando a caixa das mãos de Mark e a deixando no chão, para então ajoelhar-se, segurando nas mãos do Lee.

Havia verdade em todas as palavras do Nakamoto, cada uma delas foram ditas com sinceridade e carinho, ainda que também demonstrassem um evidente desespero de sua parte. Ele reconhecia os próprios erros em seu relacionamento, e genuinamente se arrependia de todos, desde o momento de quando percebeu que tinha perdido a confiança e carinho do Lee. Sentia-se culpado, e com muitas razões e motivos para tal.

Ao longo de sua vida adulta, infelizmente acabou por replicar o que vivenciou em seu ambiente familiar, não enxergando problemas no que dizia ou fazia durante boa parte de sua vida. Mas ele agora conseguia perceber cada falha e erro cometido com o Lee. Atitudes questionáveis e pensamentos errados. Foi estúpido, babaca, homofobico e preconceituoso de forma geral sem que notasse. Mas não era assim que Yuta queria ser, nunca foi.

- Eu juro que posso fazer tudo diferente agora, sem mais piadas escrotas, ciúmes, fotos estúpidas, nada disso. Eu mudo, eu quero e vou mudar, então por favor me dê uma nova chance, preciso de você Lee Minhyung. Você foi minha luz nesses últimos anos, não quero te perder. - E lá estavam as lágrimas, marcando o rosto do Nakamoto num choro de desespero e dor. Se o próprio Yuta fosse rever sua história, talvez nunca tivesse sido tão sincero em toda sua vida, não como estava sendo naquele momento. Realmente amava Mark.

- Ahhn, não fala isso. - O moreno ajoelhou-se também, agora pondo a palma de sua mão direita sobre o rosto do mais velho, limpando suas lágrimas. - Não devemos ficar juntos, Yuta. Eu não faço bem para você.

- Errado, você me fez enxergar tudo que tenho de errado, foi o motivo da minha melhora, da mudança. É quem mais me faz bem em todo o mundo, Mark.

- Eu te usei desde o começo do nosso namoro. Eu amei o Hyuck mais do que qualquer outra pessoa, e quando o abandonei e notei que estava sozinho, por acreditar ter sido trocado, eu me desesperei. Mas lá estava você naquele bar, livre, bonito, doce comigo e todo convencido de si. Te usei para me sentir melhor, e continuei fazendo isso. Aceitei seu pedido de namoro na esperança de que acabarei me apaixonando, que esqueceria o Hyuck. Projetei em você detalhes do meu antigo relacionamento, esperei que fosse alguém tão cuidadoso, meticuloso, e até tão romântico quanto o Donghyuck foi. Esse foi o meu grande erro com você, porque te machuquei, o prendi e fiz com que acreditasse em nós por tanto tempo. Eu estava errado.