Contrato nove

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Hoje, enfrentando seu novo eu ao fitar o olhar fixamente em sua imagem no espelho da sua sala de treinamento, Jimin não sabe como conseguiu superar esses quatro anos. Mas, na verdade, ele não consegue decifrar como conseguiu passar pelo processo de luto após sua primeira decepção amorosa e por ela ter sido tão jovem.

Se recorda de ter ficado mais ou menos dois meses sem conseguir comer direito, a tristeza lhe consumia todos os dias, suas notas estavam péssimas na escola, crise de ansiedade todos os dias, sua sorte, sinceramente, foi seu melhor amigo e o seu trabalho. Seu trabalho que foi e continua sendo o motivo de vários "E se?", porque, até hoje, a dúvida do ramo de sua vida vem sendo questionado caso tivesse seguido seu coração e se entregado ao seu amor ao invés da vida que leva por todo seu esforço e dedicação.

Se quatro anos atrás, no primeiro evento do Banco do tio de Jungkook, onde o viu e seu coração derreteu-se em imediato, tivesse agarrado com convicção aquele homem, sua vida estaria totalmente diferente. Não teria aprendido sobre dor, sobre superação, garra, dedicação, força de vontade... Resumindo, Jeon jungkook é marcante em sua vida e por isso mesmo após tempo, não consegue esquecer para sempre, como deveria, como foi pedido e como foi dito.

Ao contrário de si, tem certeza que Jeon anda muito bem. Não precisou de muito tempo juntos para conhecer o suficiente e saber que, sua escolha seria levada a sério dessa maneira. Mesmo que, de fato, seu coração esperasse toda noite por uma mensagem, nada foi recebido até hoje.

Mas Jimin sabe. Ele sabe que Jungkook tem vistado a Bighit em todas as reuniões de negócios, pois se associou, por destino da vida ou por castigo, Jeon parecia, sempre, saber ir nos horários em que não correria o risco de encontrá-lo no corredor o qual tentaram suprir a saudade de alguns dias após sumir por tempo anos atrás.

Nesse momento, Jeon jungkook lhe veio na mente após ser informado sobre ser convidado novamente para performar na reinauguração do Bank of Korea.

Onde tudo começou, onde seu coração amou rapidamente, onde foi o início da mudança brusca de comportamento, personalidade e maturidade.

E, ao acariciar o envelope chique com seu nome em negrito de forma educada, todas as memórias as quais tanto lutou para evitar, vieram em sua mente.

- Por que raios eu não consigo parar de pensar em você? - Perguntou baixinho, para si mesmo, enquanto fita o convite.

- Você deve está tão bem... Deve nem lembrar de mim. - Negou com a cabeça e soltou uma risada que contém ironia. - Como sempre Park Jimin não aprende a ser menos tolo, por Deus. - Desabafou consigo mesmo e respirou fundo. Não precisava disso nesse momento, sua vida anda corrida demais para perder tempo pensando no impossível, então, não demorou para pegar seu iPhone do bolso e discar o número que tanto utiliza.

- Vamos treinar duro agora, Jack. Preciso relembrar uma coreografia específica e treinar como se não houvesse amanhã.

- Do nada? Meu filho, respire? - Ouviu o tom debochado do seu amigo da outra linha e logo sorriu. - Não venha me dizer que vai fazer um striptease de graça para aquele lá.

- Ei! - O repreendeu enquanto rir. - Você não me respeita mais né? - Tapou a boca para rir e passou a língua nos lábios. - Não é nada disso, bobo. É um novo evento que vai ter. - Foi mantendo a voz enquanto fala. - Eu apresentei uns anos atrás, uma música chamada Lie. Praticamente foi ela que me fez entrar aqui na Bighit, eles querem que eu dance ela. Entendeu?

Poderiam passar horas em ligação, Ji dando várias ideias de performance, ouvindo conselhos do seu amigo, jogando conversa e fofoca fora se não fosse os compromissos da vida. Mas, conseguiu ficar uns quarenta minutos em chamada e se sentiu mais feliz, pois foi o suficiente para levar os pensamentos sobre Jeon jungkook para onde não deveria ter saído.

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