CAPÍTULO 16

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"A amizade é o amor que nunca morre"
~ Mario Quintana

**JONAS**

Idiota. Idiota. Idiota.

Jesus é oficialmente o líder dos idiotas. Um tiro. O desgraçado levou um tiro e a primeira coisa que faz é ir para a escola e ligar para a Amber.

Eu não consigo descrever a raiva que está corroendo meus ossos por dentro. O único motivo deu não estar socando o desgraçado agora, além dele já estar ferido e bebado, é que eu estou com tanta raiva que acho que se tentar retirar as mãos do volante, corro grande risco de ele sair junto com elas.

Eu pensei... Eu pensei que essas merdas tinham acabado quando deixamos St. Monica para trás. Pensei que os machucados, as brigas, as incertezas e inseguranças fariam parte do nosso passado e apenas do nosso passado.

Mas, desde a chegada da Amber... Tudo começou a desmoronar.

Não estou querendo colocar a culpa disso nela. Essas confusões começaram a aparecer na minha vida muito antes de mim por meus pés no St. Monica, e só que...

Dessa vez, eu realmente tinha esperança de que minha vida, de que nossas vidas, tinham se resolvido. Que aquela loucura de ameaças, alianças falsas, machucados e cicatrizes tinham acabado de vez. Eu realmente tinha esperança.

Mas quando eu entrei naquele banheiro e vi o Jesus deitado naquele banco, com um ferimento de bala no seu ombro, e todo aquele sangue, eu simplesmente surtei.

E não quero nem pensar na parte da garrafa de Whisky no banheiro, minha cabeça pode explodir.

E agora pensando em tudo o que eu fiz, como todos nós envolvemos o Harper nessa história toda. Eu não sei se fico grato pelos pontos que ele fez no Jesus ou se fico preocupado por ele descobrir sobre algumas das "atividades" que estamos incluídos. Estou preocupado com as insinuações que ele pode tirar.

Eu finalmente parei o carro na frente do nosso casarão. Uma das inúmeras casas que meu pai comprou e simplesmente esqueceu da existência. Mas isso não vem o caso agora...

- Cuidado! - Micaela disse quando eu passei com Jesus pela porta da sala e o coloquei no sofá.

Assim que eu me afastei dele, indo abrir as janelas e cortinas daqui, Micaela se aproximou do mesmo, o ajeitando para ficar na melhor posição no sofá. dei um leve revirar de olhos para os dois.

Ele pode ter levado um tiro e ter bebido meia garrafa de Whisky a algumas horas atrás, mas ainda consegue se sentar sem a ajuda de alguém.

- Obrigado, gatinha - ele disse colocando a mão na sua cintura e a apertando de leve, estiquei um pouco os olhos quando vi sua mão, descendo para uma área do corpo da minha irmã que era melhor não tocar, porque se tocasse, provavelmente eu a tiraria.

Mas ele acabou deixando a mão no lugar - para o bem dele - e então a puxou mais para perto dele, só que ele deve ter puxado com muita força, porque ela se debruço em cima dele. Mas parece que não foi uma ideia tão boa porque ele acabou fazendo uma careta de dor.

Micaela riu ainda em cima dele e Jesus aos poucos foi desfazendo sua careta de sofrimento e começou a rir.

Por algum motivo, ouvir a risada de Micaela me acalmou. Eu gosto de ver minha irmã feliz. Infelizmente isso acontece com muita frequência quando ela está perto de Jesus. Reprimi meu desgosto pensando nisso.

Quem eu estou tentando enganar? Eu amo o cara, e amo o jeito que ele faz minha irmã sorrir, principalmente porque por muito tempo, tudo o que tive dela era o silêncio. E sim, tenho um pouco de ciúmes disso, mas eu sou o irmão dela.

Os Segredos de Amber Lewis - 1ºLivroOnde histórias criam vida. Descubra agora