Por quê ninguém me contou a verdade!

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  Matheu on

A Cerimônia está acontecendo na sala do trono. Decidi não comparecer, pois tenho um lugar muito especial para ir...

Estou com minha armadura de treino, não tive tempo de tirar.

Passo pela entrada para a sala de treinamento das valquírias, e lá está ela, toda concentrada nos golpes que dá no boneco a sua frente. Seus cabelos estão bagunçados, e ela está ofegante. Uma visão de tirar o fôlego.

Vou me aproximado lentamente, para surpreendê-la, a mesma deve ter percebido minha presença pois quando estou a sentimetros dela, sinto a lâmina da sua espada tocar meu pescoço.

– Matheu!?

– Olá minha valquíria, será que pode retirar a espada. – Minha voz e calma e tranquila.

– Seu louco poderia ter te matado! – Com sua mão livre ela passa uma mecha de cabelo atrás da orelha.

– Não vou morrer, com uma simples espada. – Com meus reflexos rápidos arremesso a espada dela que cai no chão, a alguns centímetros de nós.

– Como fez isso? – Mari parece desacreditada, que desarmado fui capaz de derrotá-la.

– Marisa, com o tempo seus reflexos vão se tornar mais rápidos. – Aviso, a garota se afasta e pega a espada do chão.

– Achei que você estaria na cerimônia, como filho do general deve comparecer... – Há uma certa tristeza em sua voz, talvez ela queira ir na cerimônia, mas como hoje foi sido seu primeiro dia no treinamento, ela está tentando melhorar, para mostrar que é capaz.

Com a espada empunhada a mesma continua seus movimentos, no boneco.

– Achei melhor vir aqui e te ver, afinal prefiro milhões de vezes estar aqui, com a menina mais linda de Asgard, do que ver os nobres dançando. – Percebo que o sorriso, surgindo em seu rosto.

– Ei como foi o seu primeiro dia, valquíria? – Pergunto animado, pois sei o quanto ela anceiou por esse dia, ela olha para o chão parando os golpes.

– Foi mais difícil do que eu imaginei, acho que não nasci para lutar...

– Marisa foi só seu primeiro dia. E normal ser difícil, vou te contar como foi meu primeiro dia de treinamento na academia. – Seus olhos castanhos, me fitam com curiosidade.

– Mesmo eu treinando diariamente com meu pai em casa, no primeiro dia eu estáva muito nervoso, errei todos os golpes, acabei com o olho roxo, e diversos ferimentos.
Quando eu cheguei em casa, estáva muito envergonhado, e aborrecido diante meu fracasso. Meus pais estavam trabalhando no palácio, minha irmã já estáva me esperando, assim que me viu, ela me abraçou, fez minha sopa favorita, e passou a tarde toda cuidando dos meus ferimentos.
Quis fortemente desistir... porém a Catt me disse, uma coisa que jamais esqueci...
Ela disse. – Afino minha voz tentando imitar a minha irmã.
"Matheu Stuart de Ergan, acha mesmo que o você é o primeiro que pensou em desistir? Todos em Asgard já pensaram em desistir, porém o que torna nosso povo mais forte, é que somos persistentes, não importa quantas vezes caímos a gente se levanta, e tenta de novo.  Você vai realmente abandonar tudo que sempre quis, por quê uma coisa deu errado, ou vai voltar lá e mostrar do quem você é". – Marisa riu divertida com minha imitação.

– Nossa Matt porquê você nunca me contou essa história? – Sua íris cintila um brilho genuíno.

– Não costumo falar muito sobre esse dia, mais graças a minha irmã hoje sou um dos melhores da academia. – Finalizo.

– A Cattarina e mesmo persistente, e teimosa, tanto é, que amanhã ela, e mais uma garota, quê eu ainda não sei quem é, vão participar do treinamento.

Por Asgard! A Origem Dos Deuses.Onde histórias criam vida. Descubra agora