Um Sonserino Por Outro

Quinto

  Quinto Capitulo

Severus saiu pela entrada e ficou surpreso ao ver Sirius parado, esperando por ele, o Black estava bem arrumado, com roupas casuais. Severus sentiu o rosto corar ao perceber que ainda estava mal arrumado e vestindo a primeira roupa que achou.

- Olá Severus.

- Black.

- Me chame de Sirius, por favor. – Severus assentiu envergonhado.

- Eu achei que fosse aqui em Hogwarts, então nem me arrumei. - Falou sem graça, Sirius sorriu, olhando para o jeito nervoso que ele mexia as mangas da blusa.

- Ah... desculpa, é que normalmente eu fico com o uniforme o tempo todo, e acho que essas são as roupas mais simples que eu achei, meus pais são exagerados. - Falou e deu um sorriso sem graça, Severus sorriu se aproximando.

- Tudo bem, onde vamos? - Perguntou e Sirius começou a andar, Severus ao lado.

- Floresta proibida. - Falou baixo, então olhou em volta. - Quero te mostrar uma flor que descobri enquanto corria por lá.

- Corria? Você corre na floresta proibida? - Perguntou confuso.

- Na minha forma animaga...

- Forma animaga? - Falou surpreso, Severus olhava muito surpreso para Sirius, o Black ficou confuso, então estreitou os olhos.

- Regulos sabe, achei que você que tivesse contado... - Falou e parou, ele abriu a boca e fechou, ele apertou o punho e tentou disfarçar a raiva. - Pensei que James tivesse contado sobre sermos animagos.

- James é um animago ilegal? - Severus parecia mais surpreso ainda, Sirius olhou para o lado, e tentou evitar os olhos confusos. - E qual é a forma dele?

- Um Cervo sem chifres.

- Sem? Por que?

- Você não botou ainda. - Sirius falou e Severus pareceu ficar confuso. - Se quiser, podemos colocar agora. - Sirius deu um sorriso e Severus pendeu a cabeça, tentando entender, Sirius riu e balançou a cabeça.

- Eu não entendi. - Falou confuso, Sirius mordeu o lábio, olhando para ele, então olhou para o lado.

- Chegamos. - Falou parando e Severus olhou para frente, ele ficou surpreso ao ver as flores.

- Isso é lindo Black. - Falou olhando o extenso campo de flores azuis. Severus se abaixou e ficou surpreso ao reconhecer. - Como tem tantas?

- Me chame de Sirius. - Falou de novo e sorriu, se abaixando. - Não faço ideia. - Falou olhando de canto para a feição feliz de Severus.

Sirius ficou observando-o pegar algumas flores, enquanto sorria e ele sentiu o peito aquecer de um jeito estranho, ele olhou envergonhado para baixo, enquanto pensava sobre aquilo e sobre Regulos. Estava mesmo fazendo aquilo por que estava interessado nele? Sirius balançou a cabeça negando.

- Claro que não. - Sussurrou e apertou os punhos. - Estou fazendo isso por que é o certo, talvez eu realmente devesse tentar contar a ele.

- Black?

- Severus. - Os dois falaram ao mesmo tempo, e se olharam surpresos então riram. - Pode falar.

- Eu estava pensando, devíamos voltar. - Falou olhando em volta. - James disse que não demoraria. - Falou e Sirius olhou para o chão novamente.

- Claro.

Sirius se levantou e se afastou, ele se virou deu alguns passos, ouvindo os passos de Severus logo atrás, eles andaram por u. Tempo, enquanto Sirius pensava em quais palavras usaria para contar ao sonserino sobre James.

- Severus, assim, hipoteticamente falando, sabe... - Ele começou e parou, então respirou fundo e parou de andar. Severus parou também, confuso e olhou para ele, esperando-o continuar.

- Black?

- Sirius, por favor. - Ele falou pela terceira vez e Severus sentiu o rosto esquentar e assentiu. - Se alguém, chegasse e te dissesse que James está te traindo, então James negasse tudo, você acreditaria em quem?

- Em James é claro. - Falou com um sorriso. - Por que eu acreditaria em alguém que não conheço? - Falou e voltou a andar, Sirius continuou parado.

- E se fosse uma pessoa que você confia?

- São poucas as pessoas que eu confio, James e Regulos são as únicas pessoas que tem minha confiança, se não for Regulos, eu não teria por que duvidar de James, provas podem ser forjadas, certo? - Ele se virou, olhando com um sorriso para Sirius, mas o sorriso morreu ao ver o olhar triste do Black.

- Você não confia em mim? - Perguntou e Severus se virou totalmente, ele olhou para baixo.

- A gente mal se conhece, quero dizer... começamos a nos falar agora e confiança é algo que se ganha com o tempo, eu não quis ofender, só que...

- Eu entendo. - Sirius falou e sorriu, ele se aproximou do sonserino e bagunçou os cabelos dele. - Eu também não confiaria em mim, se eu fosse você.

- Não é isso que eu quis dizer. - Falou e Sirius apenas sorriu, saindo andando, Severus levou a mão ao cabelo e tocou, enquanto olhava confuso para o grifinório que já estava alguns passos à frente. - Por que perguntou isso, Black? - Perguntou baixo, apenas para si, ele balançou a cabeça e sorriu, enquanto começava a andar. – Deve ser coisa do James.

...

- Por que está fazendo isso? - Remus perguntou baixo. Ele parou ao lado de Sirius que estava encostado na janela do quarto , o Black havia acabado de chegar do "passeio" com Severus.

- Isso o que?

- Não se faça de sonso, James é o único idiota que não percebeu. – Falou e Sirius ficou sério, ele apertou o punho irritado.

- Por que o que meu irmão e James estão fazendo é errado. – Falou e olhou para o lobo, que o olhava esperando. – Por que Severus merece algo muito melhor.

- O que James está fazendo? - Perguntou confuso, Sirius o olhou irritado, ele apertou o punho, segurando a vontade de socar ele.

- Não se faça de inocente, eu ouvi aquela aposta de merda sua e dele. - Remus desviou o olhar.

Remus olhou para frente, tinha um sorriso pequeno nos lábios, ele segurou o pergaminho em mãos com mais força.

- Confiança é algo difícil de ganhar. – Remus falou de repente, Sirius o olhou confuso. – Mas ser chato e insistente e algo que parece comum em idiotas como você e James.

- Remus?

- As vezes, eu acho que os dois começaram tudo tão de repente de mais - Falou e soltou um suspiro. – Aqui está, caso deseje saber.

Remus deu um pergaminho para ele e saiu andando, sem deixar Sirius perguntar nada e ignorando os chamados. Sirius abriu o pergaminho e ficou confuso ao ver os que se tratava de uma receita para um antídoto.

- Para o que é... isso, Remus?  

...