Capítulo 12 - Cicatrizes...

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Tom Riddle

Diário,Tudo aconteceu ontem! Ela foi sequestrada e morta, e eu não pude ajudá-la. Todos os membros da família dela estão aqui, exceto por Billy e Tommy, que estão em busca do pai deles em outra realidade. Eu não consegui dormir; eu e seu pai passamos a noite debruçados ao lado de seu corpo gelado, esperando pelo seu retorno.Ela ainda não acordou; os ferimentos ainda não se curaram, mas um rápido feitiço me mostrou que nossos filhos estão vivos! Klaus tem uma teoria. Ele acha que as crianças estão sugando energia demais dela, por isso ela não conseguiu se curar nem acordar. Esperaremos até hoje para confirmar sua teoria, e caso ela se concretize, os bebês nascerão prematuros. Não posso perdê-la.Eu escrevo agora para me distrair de tudo que está acontecendo! Draco e Astoria estão em um quarto de hóspedes aqui na mansão. Pedi a eles que não fossem para a mansão Malfoy por hora! Olívia iria querê-los aqui. Eu escrevi uma carta para Mattheo, ela sempre escrevia para ele, então resolvi escrever, já que ela não pode.Tom Riddle

A carta de Tom

Mattheo,Sei que não vem lendo as cartas que Olívia te escreve, mas sugiro que leia. Estamos passando por uma situação delicada, você deveria ser o homem que prometeu a ela que seria e ficar ao seu lado! São seus filhos também.Seu irmão, Tom Riddle.

Tom Riddle

— Já chega, Klaus! Vamos tirá-los daí. — grito, batendo contra a porta, expressando minha raiva.

— Não podemos fazer nada por enquanto, não sabemos se eles vão sobreviver. — ele responde em tom baixo, e eu me aproximo dela.

— Não se atreva a tocá-la. — grita, segurando minha mão.

— Ela é minha mulher. — eu grito, me soltando e indo em sua direção, mas sou encostado bruscamente na parede por ele.

— E ela é minha filha. Eu a criei, eu segurei ela no colo quando ela estava com dor ou quando tinha medo! Eu a vi morrer não uma, mas duas vezes, você não se atreva a encostar um dedo na minha filha. Isso é tudo culpa sua. — ele grita, segurando na gola de minha camisa, a amassando.

— Minha culpa? Você não é o pai dela? Por que a mandou para um lugar cheio de bruxos? — eu grito de volta, e as veias dele saltam para fora.

— O que você disse? — ele pergunta, e posso observar a escuridão tomando seus olhos.

Eu me solto dele e caminho até a cadeira onde estava sentado anteriormente. Quando me sento, digo em tom baixo:

— Me perdoe! Sei que fez tudo que pode para mantê-la segura. — sussurro, passando a mão em seus lindos cabelos loiros. E antes que ele possa dizer algo, acrescento.

— Eu também faria de tudo para mantê-la, para mantê-los seguros. — digo, repousando minhas mãos em sua barriga fria e sinto um chute, deixando escapar uma lágrima.

— Você será um ótimo pai, Tom. — ele diz, sentando onde estava, e nós ficamos em silêncio.

Quebra no tempo

Tom Riddle

— Temos que fazer isso rápido. — grito aflito; estou gritando com todas as parteiras que estão no quarto. Eu pedi privacidade à família dela; no quarto estamos somente eu e seus pais.

— Você pode fazer algum tipo de magia para ajudá-los a sair com mais facilidade? — pergunto, virando-me para Wanda, que está igualmente aflita.

— Eu posso tentar ajudar. — ela diz, com um sotaque. Ela sempre teve esse sotaque?

Ela ascende suas mãos, e com magia vermelha saindo de seus dedos, podemos observar os bebês deslizando para fora do corpo frio dela.

Cada um de nós pega um bebê e o enrola em uma coberta. Eu peço a Klaus que saia com as crianças daqui para que eu possa ficar sozinho com ela, e ele obedece, relutante.

Eu me aproximo de seu corpo e deixo lágrimas caírem em sua cabeça.

Olívia Riddle

Eu sinto lentamente o ar voltando aos meus pulmões, e parece que estou engasgando em meu próprio sangue.

Eu rapidamente me levanto em busca de ar e o vejo parado, com olhar incrédulo, ao meu lado.Eu levo as mãos ao pescoço e posso sentir um corte ainda não cicatrizado, e o desespero toma conta de mim quando vejo que minha barriga parece menor.

As lágrimas tomam conta do meu rosto e eu tento dizer algumas palavras, mas sinto uma dor insuportável.

— Shiuuu, não tente falar, Mon Chéri! Está tudo bem. — Tom diz, se aproximando de mim e me abraçando cuidadosamente.

Eu olho repetidas vezes para a minha barriga, e então lembro que ele pode ler mentes, e na minha mente tento perguntar: Cadê os meus filhos? Estão vivos?

— Chéri, eles estão vivos! Temos dois meninos incrivelmente fortes e uma menina que se parece muito com você!! — as lágrimas tomam conta de seu rosto, e posso ver um pequeno sorriso surgir em seus lábios.

Eu fecho os olhos e expiro aliviada por ouvir aquilo. Eu tento me levantar, mas me sinto completamente fraca. Como a criatura mais poderosa do mundo está com dificuldades para se levantar?

— Lembre-se que você estava gerando energia não só para um, mas para quatro corpos ao mesmo tempo! Fique calma, isso é passageiro. — ele diz calmamente, estendendo a mão para me ajudar a levantar.

Eu coloco meus pés no chão e ando devagar à procura deles. Nós saímos do quarto, e posso ver as costas de meu pai; eu tento chamá-lo, mas a dor não permite.

— Klaus. — Tom grita, e ele se vira para nós. Quando ele pousa seus olhos de cores claras em mim, ele corre rapidamente e me abraça.

— Filha!! Eu quase perdi você. — ele sussurra, com seu corpo colado no meu, e deixando um beijo na minha cabeça.

Eu lentamente devolvo o abraço a ele, e por um instante sinto uma calma em meu coração que já não sentia há muito tempo.

Ele solta nossos corpos, e me ajuda a andar em direção ao resto da família.

— Eles são incríveis, Olívia, você precisa conhecê-los. — diz, com um sorriso no rosto.

Quando nós aproximamos de alguns berços, eu dou um meio sorriso para a minha família, que me abraça! Eu sou grata por tê-los.

Eu chego mais perto de um berço e olho para aqueles pequenos seres deitados juntos em um único berço. São dois meninos vestidos com um macacão verde e uma linda menina com um vestidinho verde claro!!

— Você quer escolher o nome deles agora? — escuto a voz de uma mulher, e me viro e vejo Astoria e Draco sorrindo, cada um com um bebê em seus colos.

Eu me solto por um segundo de Tom e abraço ela. Ela segura seu filho com um braço e envolve meu corpo com o outro.

— Obrigada por me salvar e salvar meus filhos, Liv. — diz sorrindo e me soltando, o que me faz voltar a atenção para os meus pequenos.

Eu digo em minha mente para que Tom escute e repita minhas palavras para todos ouvirem.

— O garotinho loiro se chamará Henry, para homenagear o irmão de meu pai, que infelizmente faleceu muito jovem!! O garotinho moreno se chamará Christopher, pois um dia Mattheo mencionou que esse era um de seus nomes preferidos! E a linda garotinha se chamará Scarlett! Para homenagear a minha mãe. — ele diz essas palavras, e podemos ver todos sorrindo, e antes que ele pare de ler meus pensamentos, eu peço a ele para dizer.

— Sempre e para sempre.

Bloodline (livro dois)Onde histórias criam vida. Descubra agora