mão da bruxa

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   Pov Cindy

Eu consegui, depois de muito tempo seguindo aquele caminho finalmente encontrei uma saída. Tinha encontrado um buraco que dava fim a aquele caminho. Eu entrei naquele buraco e comecei a rastejar por aquele caminho estreito até chegar embaixo de uma grade. Eu estava debaixo no refeitório.

Cindy: Tem alguém aí? Olá?! — Tentei empurrar aquela grade mas estava pregada no chão. Enquanto tento tirar aquela grade no chão escuto uma música vindo do refeitório me dando a entender que alguém estava lá. — Ei! Eu tô aqui embaixo, socorro! — Tenho que fazer alguma coisa...

Me deito no chão e começo a chutar a grade e parecia que os parafusos estavam se soltando. De repente a música para e começo a escutar gritos vindo do refeitório. Eram gritos da Ziggy.

Cindy: Ziggy! ZIGGY! — Gritei pelo seu nome diversas vezes.

Dei vários chutes na grade e finalmente consegui soltá-la. Tirei aquela grade e sai do buraco, eu estava na cozinha e vi o Tommy erguendo o machado para golpear a Ziggy. Não pensei duas e peguei uma faca que estava em cima do balcão e perfurei as costas do Tommy e no mesmo momento ele se virou pra mim, seu rosto estava coberto por um saco de pano.

Eu não o reconhecia mais.

Comecei a me lembrar de quando ele era diferente, quando era meigo e  carinhoso. Mas eu precisava fazer aquilo, precisava matá-lo...

Cindy: Vai se fuder! — Dei vários golpes em seu peito com a faca até ele cair morto no chão.

Olho imediatamente para Ziggy.

Ziggy: Que boca suja.

Cindy: Isso já virou um hábito.

Ela da risada e eu vou na sua direção a abraçando. Confesso que estava morrendo de preocupação com a minha irmã, mesmo a gente brigando e dizendo palavras que machucam uma a outra eu a amo muito e não me perdoaria nunca se acontecesse alguma coisa com ela.

Começamos a chorar.

Ziggy: Que cheiro de merda.

Cindy: Eu tô coberta de merda.

Ziggy: Meu Deus. — Ela se afasta do abraço e dou risada. — É, eu acho que você vai ter que comprar uma blusa nova. Essa já era.

Cindy: Eu sei disso. — Rimos. Logo paramos de rir e volto a olhar para os seus olhos. Ela estava tão mal com isso tudo, até mais que eu. — Me perdoa Ziggy... Me perdoa por eu não estar com você não só hoje mas todos os dias.

Ziggy: Não, você tava, apenas- — A interrompi.

Cindy: Não, eu não estava. Eu nunca estive presente e eu percebi isso agora... Você só precisava que eu te escutasse mas eu pensei que se abaixasse a cabeça e seguisse as regras tudo ia ficar bem e que eu iria sair dessa cidade. Mas... Hoje eu sei que você tinha razão tudo neste é lugar é maldito.

Ziggy: Eu podia ter sido mais legal com você, eu podia ter sido menos monstro.

Cindy: Bem... — Olho para baixo e depois volto a direcionar meu olhar para o seu. — Você é o meu monstro. E no fim das contas a mamãe e o papai... Shadyside, Sunnyvale... — Coloco minhas mãos em seu rosto. — Eu não vou permitir que mais nada separe nós duas, você entendeu?

Ziggy: Alto e claro senhora.

Nesse momento escutamos barulhos vindo da saída da caverna. Me levanto e caminho lentamente até o buraco e escuto sons de alguém se rastejando lá dentro.

Um amor jamais adormecido ( FearStreet1978-Cindy and Alice )Onde histórias criam vida. Descubra agora