fim

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   Pov Cindy

Assim que chegamos no hospital Ziggy foi levada as pressas para um dos quartos. Eu queria ir junto com ela mas os médicos proibiram minha entrada e disseram que eu tinha que esperar.

Algumas horas se passaram e não tive nenhuma notícia da Ziggy e provavelmente iria demorar, a única coisa que eu sabia era que ela precisava levar alguns pontos nos ferimentos abertos, e mesmo assim eu me preocupava.

Depois de tanto tempo sentada na sala de espera sem ter notícias da minha irmã eu decidi ir ver a Alice e saber como ela estava. Perguntei a recepcionista em que quarto a Alice estava, no começo ela não queria me dar nenhuma informação mas depois de tenta insistência da minha parte ela me falou o número do quarto onde Alice estava. Me dirigi pelo caminho que ela falou e cheguei em frente a porta do quarto. Abri a porta deixando entre aberta e olhei para dentro do quarto vendo a Alice, ela estava deitada na cama com o tornozelo enfaixado e lia uma revista. Sua expressão era de puro tédio. Não demorou muito para que ela notasse a minha presença.

Alice: Olha só que tá aqui se não é o meu docinho. — Ela falou de um jeito brincalhão me fazendo rir.

Cindy: Eu vim ver como você estava. — Entrei e fechei a porta, andei até a cama e me sentei ao seu lado na ponta. — Como tá se sentindo?

Alice: Melhor agora que você apareceu. É muito chato ficar aqui sozinha sem fazer absolutamente nada.

Cindy: Eu imagino. E o seu tornozelo, o que os médicos disseram sobre?

Alice: Bem, eles disseram que não vou poder fazer muito esforço nos próximos quatro meses. Preciso repousar.

Cindy: Enquanto a isso não precisa se preocupar porque no que depender de mim você não sair da cama pra nada.

Alice: Vai cuidar de mim, é?

Cindy: É óbvio. Eu prometi isso, ou já se esqueceu? — Ela sorriu.

Alice: E a Ziggy, como ela está?

Cindy: Apenas sei que ela vai precisar levar alguns pontos e não me disseram mais nada. Esse hospital é uma merda. — Alice começou a rir de mim. — Qual a graça?

Alice: É que é muito engraçado ver a garotinha certinha de shadyside falando palavrão, eu diria até que fofo. — Nós duas rimos, mas logo paramos quando lembramos da situação em que estávamos. Começamos a olhar fixamente nos olhos uma da outra com ternura. — Eu senti tanto medo... Pensei que fosse perder você. Quando vi o Tommy prestes a acertar com o machado em você eu não pensei duas vezes em meter um tiro na cabeça daquele maldito.

Cindy: O importante é que estamos aqui. — Coloco minha mão em sua bochecha fazendo um carinho. — E juntas.

Alice: Mas pra mim ainda tá sendo difícil assimilar o que aconteceu no acampamento. Eu estive prestes a perder você... Só Deus sabe o que teria acontecido se eu não tivesse chegado a tempo. — Seus olhos começaram a lacrimejar.

Cindy: Tenta não pensar nisso. Pra mim também tá sendo muito difícil lidar com essa situação... Perdemos os nossos amigos, pessoas que amávamos... Mas acho que o importante agora é seguirmos em frente e deixar o passado para trás, mesmo que seja difícil.

Alice: É, você está certa. Mas só de pensar na ideia de nunca mais ter você comigo me matava por dentro.

Cindy: Não gosto nem de pensar nisso. Mas o importante é que estamos juntas agora e isso pra mim já basta. — Me aproximei dos seus lábios e os tomei em um beijo calmo. — Eu te amo bebê.

Alice: Eu também te amo docinho. Aproveitando que estamos sozinhas nesse quarto. — Ela fez um pequeno esforço para se sentar na cama. — Eu queria conversar com você.

Um amor jamais adormecido ( FearStreet1978-Cindy and Alice )Onde histórias criam vida. Descubra agora