Primeiro ataque

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Comi em silêncio, observando o salão com mais detalhes. Era realmente magnífico.

Quando meu irmão se levantou acompanhado por Nix, ele fez um sinal para que eu o seguisse e eu apenas me levantei, anunciando a Draco onde eu iria antes de sair do salão, atraindo os olhares das pessoas, que eu simplesmente ignorei.

Meu irmão me abraçou fortemente quando eu saí do salão, me esmagando entre seus braços, e Nix logo o empurrou, me abraçando com carinho.

Alexy sorriu para mim e bagunçou o cabelo da mais nova, recebendo um tapa em sua mão.

- Sempre soube que teria um Potter na Sonserina - disse com um sorriso. - Antes que você pergunte, não temos problema com o fato de você ser sonserino. Mas sabe que eu não gosto do Malfoy e eu não irei reclamar do fato de vocês terem se tornado amigos, mas vou ter que fingir gostar dele.

- Bom, eu acho que ele não irá fingir gostar de você por causa de mim - digo sorrindo ao ver ele sorrir aliviado. - E tenho certeza que a Nix não vai deixar vocês se matarem.

- Claro que não, se alguém for encher Alexy de porrada esse alguém sou eu ou Leo. E olha que o Leo é quase um pacifista - a ruiva diz, olhando Ted e Leo se aproximarem.

- Não sou pacifista. Só não vejo necessidade de brigar e, sinceramente? Eu achava que você estava apaixonado por Malfoy - Leo dá de ombros e eu olho para meu irmão com a sobrancelha erguida.

- O que fez ele mudar de ideia, Alexy? - brinco.

- Nada, Leo é maluco. Você iria acreditar no filho de Sirius Black? Claro, metade dele é confiável por causa de Remus - Alexy diz com a bochecha corada, fazendo todos ali rirem. - Vocês! Parem de me expor.

- Não dá - Ted diz rindo. - É muito engraçado para parar.

- Por Merlin - reclamou baixinho, me fazendo sorrir. - Vamos mudar de assunto. Harry não sabe onde é a comunal da Sonserina, vamos levá-lo?

- Não iria adiantar de nada já que ele não tem a senha - Draco se aproxima me olhando. - Harry, como monitor fui encarregado de te levar até a comunal e te informar sobre as regras da nossa casa. Desculpe, mas terá que interromper sua conversa.

- Tudo bem, loirinho. Eu vou indo, nos vemos depois - digo acenando para os outros.

Eu segui Malfoy pelos corredores e logo vi a corte um pouco distante, e nos juntamos a eles. Os corredores das masmorras eram frios e as velas iluminavam o corredor.

Me mantive em silêncio enquanto seguia o quarteto; eu não seria o primeiro a falar. Paramos na frente de uma porta e Draco estalou os dedos, chamando minha atenção.

- Esta é a porta que leva à comunal. Nunca diga a senha a ninguém, nem mesmo ao seu irmão e sua irmã - Malfoy diz, e eu concordo com a cabeça. - A senha é: sangue prata.

Concordei com a cabeça vendo a porta se abrir, e entramos na comunal. Eu olhei, sorrindo com a beleza e a magia do lugar.

A sala comunal da Sonserina era um aposento comprido e subterrâneo, com paredes de pedra rústica, de cujo teto pendiam correntes com luzes redondas e esverdeadas. Um fogo ardia na lareira encimada por um console de madeira esculpida e ao seu redor viam-se as silhuetas de vários alunos da Sonserina em cadeiras de espaldar alto. As janelas davam vista para as profundezas do lago negro.

Diferente do corredor, para a minha sorte e minha saúde instável, era mais quente e confortável. Malfoy andou até um sofá fazendo um sinal para que eu o seguisse, e assim eu fiz, me sentando na frente dele em uma poltrona.

- Ouça bem, não irei explicar duas vezes e guarde suas perguntas para depois, não me interrompa - Draco me olha e eu balanço a cabeça em concordância. - Os mais poderosos prosperam aqui, e sempre deverão prosperar. Nosso objetivo é manter a magia intacta e cada vez mais forte com conhecimento e também levar nossa casa à vitória, sempre à vitória. - Ergui uma sobrancelha o olhando. - O mais forte lidera, não só com a magia, mas também com conhecimento, e todos devem obedecê-lo e obedecer suas regras, mesmo se não concordarem. Eu sou o príncipe da Sonserina e, nesses dois anos, tento apagar a imagem de "bruxos das trevas" que nós, sonserinos, temos. Espero que não me atrapalhe em meu objetivo.

O Menino que MorreuOnde histórias criam vida. Descubra agora