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Era uma noite comum e calma na comunal da Sonserina. Ninguém estava permitido a comentar perto de Harry sobre o que aconteceu no campo de Quadribol ou perguntar o porquê dos pais dos Potter estarem na escola.
Draco notava a clara preocupação nos olhos de Harry, os ombros tensos enquanto lia seu dever de casa. A corte sabia que James e Lilian iriam iniciar o plano para tirar os trouxas daquela casa.
Harry não estar lá o deixava preocupado e tenso. Esperava qualquer notícia de seus pais sobre as pessoas que o criaram; ele não tinha notícias do Liam há semanas. Ninguém ousava comentar sobre isso, ou sobre como o garoto passava o café da manhã apenas cutucando sua comida quando as corujas chegavam. Draco tinha certeza de que não era apenas a corte que percebia isso.
Theodore bocejou, fechando seu livro e se levantou, olhando para os outros enquanto se espreguiçava.
— Amanhã é sábado, podemos ir a Hogsmeade — disse animadamente. — Já fizemos todos os deveres mesmo, precisamos relaxar. Podemos levar Harry para conhecer a Dedos de Mel e ao Cabeça de Javali.
— Seu irmão já te convidou, Harry? — Pansy perguntou, vendo o moreno negar.
— Vai passar o final de semana ajudando Ted e Longbottom na estufa. Aconteceram alguns... problemas com plantas vomitando. Não entendi direito essa parte. — Fechou o livro, forçando os olhos sonolentos a se manterem abertos.
— Vamos a Hogsmeade amanhã, então. — Draco disse, juntando suas coisas.
— Eu tenho uma pergunta... — Todos olharam para Potter, que se encolheu levemente com a atenção. — Vocês são amigos de verdade ou são apenas... negócios?
A corte sorriu, olhando uns para os outros antes de Blaise responder.
— Somos amigos desde pequenos, Harry. Isso não é apenas negócios, somos amigos — explicou, e Harry concordou. — Uma pergunta: seu pai, sua irmã e seu irmão usam óculos. Você enxerga? Nunca te vi com óculos.
— Eu enxergo muito bem — Potter revirou os olhos, cruzando os braços. — E isso não importa, Blaise. — Bateu com um papel na cabeça do garoto. — Que horas vamos sair?
— Depois do café. Tem uma roupa para ir? Uma que não seja... as suas? — Draco perguntou, e Harry o olhou com uma sobrancelha arqueada. — Suas roupas são ridículas, Harry.
— Pansy!
— Draco! — os dois gritaram, tendo uma ideia ao mesmo tempo.
— Repaginada no armário! — gritaram ao mesmo tempo, encarando Harry como predadores.
— Não. — disse Harry, com firmeza na voz.
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ℋ𝒶𝓇𝓇𝓎 𝒫ℴ𝓉𝓉ℯ𝓇Desde quando eu virei um fraco? Foi tão fácil ceder para Pansy e Draco e ir fazer compras.
Sentei-me na cadeira enquanto Draco e Pansy mexiam nos cabideiros, passando a página do meu livro enquanto ouvia os dois discutindo, enquanto Theodore e Blaise escolhiam cortes de cabelo.
Como eles eram tão convincentes?
O livro em minha mão foi tirado bruscamente e fechado; por sorte, marquei antes que as páginas se fechassem abruptamente. Draco me puxou para ficar de pé e me deu um conjunto de roupas, me empurrando para um provador.
Era uma calça de couro preta com uma blusa social que só tinha botões até o peito, deixando uma parte do meu peito à mostra. A bota de látex com um pequeno salto brilhava sob a lâmpada acima do provador.

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O Menino que Morreu - Drarry
FanfictionOs gêmeos Potter, os gêmeos que sobreviveram à morte. Na mesma noite em que os gêmeos derrotaram Voldemort, Peter Pettigrew sequestrou Harry Potter enquanto seus pais ainda estavam desacordados. Crescendo sem saber nada do seu passado por uma mentir...