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No bairro onde ele vivia, um raio desenhado com o sangue das vítimas surgiu na rua da minha antiga casa, um claro aviso para mim, considerando que a cicatriz de Alexy era um coração.
Draco observou Harry por trás do feitiço de glamour, vendo a expressão de pavor se espalhar pelo rosto dele.
Sim, um aviso de Voldemort havia sido feito, mas o medo de Harry não era por isso. Ele não se lembrava de Voldemort e não poderia compreender plenamente a capacidade daquele homem. Não, o que aparecia no rosto de Potter era culpa e dor. Os olhos cinzentos de Draco fitaram o jornal nas mãos de Harry, lendo sobre os sobreviventes do massacre, uma pequena casa para desabrigados liderada por Mikaela Roevin. Foi fácil para Malfoy juntar os pontos.
O sobrenome que Harry usou quando eles se conheceram anos atrás era Roevin.
Ele devolveu o jornal e começou a comer lentamente, ignorando os olhares fixos sobre ele. Voltando a fingir que estava tudo bem.
Harry Potter havia passado uma noite de dor e angústia. Acordar naquela manhã e ver o anúncio no jornal de que sua antiga família quase foi morta como um aviso para ele não estava fazendo nada bem ao seu corpo cansado.
Está tudo bem.
Uma voz repetia em sua cabeça, forçando-o a se concentrar cada vez mais na comida, enquanto o barulho do salão principal se abafava, deixando Harry imerso em seus pensamentos.
Como Voldemort descobriu onde ele estava? Ele nunca revelou a localização de Mikaela e os outros para ninguém. E por que Voldemort precisava tanto de Harry ao seu lado? E sinceramente, ele esperava obter a lealdade do garoto dessa maneira? E dizem que ele é bastante inteligente.
Todos estavam bem, Liam estava vivo.
Ele precisava mandar um aviso, precisava que Mikaela e Liam saíssem daquele lugar. Não era seguro e nunca seria.
Nenhum lugar é confiável. Isto realmente é uma guerra.
Harry pensou que bruxos seriam diferentes, mas eram tão cruéis quanto os trouxas e sempre buscariam mais poder. Isso é... ridículo.
Ter ou não ter magia não faz diferença, todos os humanos são iguais e todos são fadados à crueldade. Todos são exatamente iguais.
Ele não era uma exceção.
Uma mão agarrou seu braço firmemente, trazendo-o de volta à realidade. Draco o encarava com olhos frios e estranhamente calmos, relaxando os ombros tensos de Harry, fazendo-o respirar fundo antes de esboçar um leve sorriso.
Os olhos verdes de Harry fitaram a mesa da Grifinória, vendo seu irmão gêmeo quase se levantando para correr até ele, mas Harry o acalmou com um olhar e um sorriso leve.
Draco ficou ao lado de Harry o resto do dia, acompanhando-o o tempo todo como se esperasse que ele entrasse em colapso. O corpo de Potter implorava por descanso e sua mente não parava de trabalhar um segundo, distraindo-o das aulas.
Quando as aulas terminaram, Sirius e Remus chamaram Harry até o quarto deles junto com Alexy, Nix, Theo e Leo, e também aceitaram Draco no grupo, o que Harry agradeceu mentalmente. Ele sabia que Draco notaria, mesmo sob o feitiço de glamour, se ele estivesse mal ou cansado.
O cheiro de biscoito e chá inundava o quarto quando Harry e Draco entraram, olhando um para o outro confusos antes de ouvirem uma briga na cozinha. Bem, acho que aquilo poderia ser denominado uma briga. Mesmo que o assunto principal fosse "biscoito para cachorro com sabor de menta."
Alexy e os outros estavam sentados no sofá, observando os adultos em silêncio quando os sonserinos chegaram lado a lado. O Potter mais velho fez uma careta para Malfoy, que revidou bufando, fazendo Harry sorrir enquanto abraçava a irmã mais nova.
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O Menino que Morreu
Fiksi Penggemar[Reescrevendo] Os gêmeos Potter, os gêmeos que sobreviverem a morte. Na mesma noite em que os gêmeos derrotaram Voldermort, Peter Pettigrew sequestrou Harry Potter enquanto seus pais ainda estavam desacordados. Crescendo sem saber nada do seu passad...