A Felicidade Está Em Nova Yorque

capítulo 27

Estamos aqui na maternidade pra iniciarmos o pré natal. Benjamin escolheu a melhor ginecologista e obstetra de Nova Iorque, disse que preferia mulher que eu me sentiria mais a vontade. Ele vai ficar a vontade ne?

Já tirei sangue para exames, e agora o mais emocionante; ultrassonografia.

- Pode deitar querida, vamos ver como esse bebezinho está. - a médica sorria pra mim.

Deitei, ela começou o exame super desconfortável, o transvaginal.

- Doutora isso não vai machucar? Por que não faz aquele que passa o gel na barriga? - Ben, procurou a médica.

- Até os três meses e meio esse é o mais indicado pra ver com perfeição o bebê.

Eu estava um pouco constrangida e agradeci a Benjamin por ter escolhido uma médica.

- Aqui, o feto está perfeitamente saudável, com desenvolvimento bom com 10 semanas, é muito pequeninho, mas já está completamente formado, tem dedinhos orelhas, olhos...e principamente um coração forte batendo. - ela terminou de falar e colocou o som do coração do bebê.

Quando olhei pra Benjamin ele estava chorando, abaixou ficou pertinho do meu rosto e me agradeceu, depois me deu um beijo que eu não esperava, mas queria muito, mais que tudo naquele momento.

- Da pra ver se é menino ou menina?

- Ainda não, papai. Mas breve conseguiremos ver.

A consulta terminou e a médica me prescreveu mais vitaminas e disse que é um milagre eu não ter perdido o bebê quando doei sangue.

Cheguei em minha casa com Ben em meu encalço, quero ver se ele não vai embora.

- O almoço está pronto, vamos almoçar.

Almoçamos e o remédio pra enjoo já está fazendo efeito, consegui comer normalmente. A sobremesa foi brigadeiro o que alegrou bastante Benjamin

- Eu sei que é bom, mas você não pode mais comer tanto doce, diabetes é muito perigoso na gestação.

- Vai te lascar, filho de rapariga me deixa em paz! (português)

- O que disse?

Caí na gargalhada da cara que ele fez. Nunca vou me cansar de ver. Ficamos a tarde toda no sofá assistindo filme e Benjamin acariciando minha barriga.

Ele começou se aproveitar da situação e passar a ponta dos dedos no meu peito e no pezinho da barriga conforte ia subindo e descendo a mão com o carinho que fazia em minha barriga, eu deixei pra ver sua intenção. Ele comecou beijar meu pescoço e quando dei por mim já estava no colo dele sentindo toda a potência do seu desejo.

Acabou que não resisti e fizemos amor loucamente, mas sem muita violência, claro. Afinal estou grávida.

- Tem algo diferente em você, seu corpo começou mudar. Está mais linda e perfeita ainda. Que saudade que eu estava de você. - declarou fungando no meu pescoço.

- Estou chateada.

- Por que meu amor?

- Era pra eu ter resistido mais. Me entreguei muito rápido.- Ben caiu na gargalhada.

- Pra que resistir? A vida é curta.

- Você tem razão.

- Pra ficar tudo perfeito só preciso que você me perdoe de verdade, nunca mais eu vou duvidar de você, duvidar da sua fidelidade, da sua lealdade eu fiquei cego de ciúmes, de medo de ter outra pessoa em sua vida, e esse vai ser o erro que eu vou me arrepender até o último dia da minha existência, eu te amo e hoje vejo que preciso de você para sobreviver, minhas veias carregam o seu sangue, Sabrina. Estou vivo graças a você que arriscou sua vida e do nosso filho por mim. Você me perdoa? - falou chorando. Pude ver sinceridade e arrependimento em suas palavras.

- Você me magoou de mais Benjamin, mas eu te perdoo, perdoo porque eu te amo. Eu so espero sinceramente que isso nunca mais aconteça, eu sou a pessoa que voce mais deve confiar. - ele me abraçou forte e beijou todo o meu rosto. Sequei suas lágrimas e beijei os hematomas que ele tinha no rosto. Permanecemos ali na cama abraçados, eu estava tentando com todas as minhas forças esquecer o que passou e começar do zero.

- Ben, me diz como está seu pai? - me lembrei que o senhor Adan disse no hospital que está doente e eu fiquei muito preocupada, afinal ele sempre me tratou muito bem.

- Ele está bem, fazendo tratamento, eu conversei com o médico dele lá no hospital e ele me garantiu que o câncer foi descoberto cedo e meu pai vai ficar bom. Ele está louco com a idéia
de ser avô... Minha mãe se entendeu com ele, e parece que ela o escutou.

- Que bom...

- Não quero contato com minha mãe por enquanto, ela terá que me provar que está arrependida e que mudou.

Ficamos ali na cama matando a saudade e eu sentindo o cheiro do meu amado, do pai do meu filho.

Ben dormiu comigo e pela manhã já iniciamos uma discussão.

- Sabrina você tem que ir morar comigo, Júlia quase não fica mais aqui. E se você precisar de algo a noite? Se sentir alguma coisa? Por favor não me tortura desse jeito. Não vou conseguir te deixar aqui sozinha, e sua cama é muito pequena pra nós dois ou melhor nós tres.

-  Benjamin eu nao quero dar esse passo agora!

– pelo amor de Deus, sabrina eu vou ficar louco se você ficar aqui sozinha!

–Exagerado! Vou conversar com Júlia.

- Tá, vamos arrumar suas malas.

- Aff, eu não disse que ia, disse que vou conversar com ju...

- Onde está sua mala? Perguntou me ignorando completamente.

O único jeito foi me render. Arrumamos minhas coisas e Júlia chegou bem na hora que Ben colocou as bolsas em cima do sofá.

- Amiga queria conversar com você. - disse ju.

- Pode falar. Também quero conversar.

- Thomas me chamou pra morar com ele.

- Benjamin não me chamou pra morar com ele, ele está me raptando. – contei revirando os olhos.

Ela olhou pra Ben e todas as bolsas arrumadas no sofá e sorriu.

- Fico mais tranquila. Todo dia eu vou te ver. - Falou parecendo está emocionada.

- Não chora que eu estou sensível.

Nos despedimos e eu fui agora pra minha casa, não vou negar que estou apreensiva, não sei se Benjamin realmente mudou em relação ao ciúmes exagerado, dessa vez não é so minha vida e bem estar, tem também meu filho. Quando entramos na casa e Ben acendeu as luzes, tinha uma enorme faixa pendurada escrito " casa comigo " e muitas velas e bexigas vermelhas.

- Benjamin... - falei emocionada. Ele ajoelhou com um pouco de dificuldade por causa dos machucados e tirou uma caixinha com aliança do bolso.

- Você aceita?

- Aceito!

E assim passamos uma noite linda romântica, brindamos com suco, claro e nos amamos carinhosamente. Benjamin parecia venerar meu corpo, seu toque tinha tanto carinho, cuidado e admiração que me fez o amar ainda mais.

Não tenho duvidas que nos amamos, por esse motivo vou arriscar e me entregar de cabeça a essa relação, sempre conversarei com Benjamin em relação a confiança e que ele não precisa ter medo de nada. E que Deus abencoe nossa relação e nossa família que começa a ser construída.