capítulo 13

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Acordei sentindo um peso em meu peito e mesmo sem ter aberto os olhos ainda eu sabia que era ela. Dormi a noite toda na mesma posição pra evitar que ela saísse de perto de mim, por isso estou com o braço dormente, mas nada de mais comparado a satisfação de tê-la em meus braços.

Ontem quando cheguei e a vi daquele jeito senti uma estranha sensação de medo e angústia, eu só queria que aquela dor deixasse seu corpo. Nunca vi ninguém daquele jeito, sentindo tanta dor. Ela estava pálida e os lábios estavam roxos.

Agora pela manhã me sinto mais tranquilo, Sabrina dormiu bem e parece melhor. Ela começou a se mexer e o celular dela alarmou, peguei rapidamente da cômoca e desliguei.

- Bom dia, como está hoje?

- Bom dia, estou melhor não tenho nem como te agradecer por ontem.

- Me agradeça procurando um médico e se cuidando. - falei segurando seu rosto.

- Foi agonizante pra mim te ver daquele jeito. Toda vez é assim?

- Na verdade eu me preparo já tomando o remédio de 8 em 8 horas, mas ontem eu esqueci de comprar.

- Mas você tem que procurar um médico pra ver o que causa essa dor. Isso não é normal.

- Prometo que vou. Agora me diz, onde você aprendeu todos esses cuidados? O chá de folhas de louro que nem eu sabia.

- Eu já tive um relacionamento, Sabrina. E sempre via ela tomar esse chá e usar bolsa de água quente.

- Ah, eu não sabia. - ela pareceu incomodada.

- Durou pouco tempo. Agora vou me arrumar que vou me encontrar com o Fred, pra acertarmos a papelada da venda.

- Só vou me arrumar, é rápido. - falou levantando da cama.

- E quem disse que você vai?

- O que? - ela procurou confusa.

- Você vai repousar hoje. Hoje só vou ao cartório reconhecer firma, essas coisas. Não tem necessidade da sua presença.

- Obrigada por me dizer o quanto sou desnecessária. - ela disse parecendo chateada.

- Ei, não foi isso que eu quis dizer, só estou dizendo que o que vou fazer hoje é coisa simples e que só eu posso resolver. Aproveita pra descansar. - falei lhe dando um beijo na bochecha, quando ia me afastando nossos olhares se cruzaram e se fixaram por um tempo. Nessa hora meu maior desejo era beija-la. Mas ela se afastou meio envergonhada.

- Então tá, mas eu vou trabalhar daqui com o meu tablet e organizar aqueles gráficos que estão bagunçados.

- Tá certo, só não se esforce. Quer descer pra tomar café ou pede pra trazer aqui?

- Pode ser aqui mesmo.

Peguei o telefone e fiz o pedido, tomamos o café da manhã e toda vez que nossos olhares se cruzavam, Sabrina ficava vermelha.

Me despedi dela e saí, querendo resolver logo tudo e voltar o mais rápido possível pra contar tudo e ficar perto dela é claro.

A manhã passou rápido, a empresa agora é oficialmente minha.

Antes de voltar pro hotel passei em uma praça e liguei pra minha mãe.

- Oi, filho, lembrou que tem mãe?

- Não exagera mãe.

- como está aí em Albany?

- Tudo certo, a empresa agora é oficialmente minha.

A Felicidade Está Em Nova YorqueOnde histórias criam vida. Descubra agora