Noite 2

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E aqui conhecemos! o incrível senhor dos mortos e sua mais nova bruxa ajudante! afinal, vão precisar de ajuda.

O calor natural havia se esvaído tão rápido para Midoriya, que mal havia sentido e além disso, não viu mais Shouto.

O pequeno fantasma passou a madrugada vendo e revendo a casa, decorando o tipo preferido de sangue que Shouto tinha na geladeira, aparentemente era A+ e depois se perdeu analisando a lamparina que carregava, não havia nada além de seu nome nela, mas não era aquilo que o fazia se perder, era o meio do objeto, onde se colocava o óleo para alimentar seu fogo. Analisando especificamente aquela parte, imaginando o fogo lá dentro o hipnotizando se perdendo nas lembranças de como era sentir o calor e quando viu era uma nova manhã. Então Izuku teve certeza que Shouto não apareceria, resolveu por si só sair.

Não sentir o calor do sol era triste, sempre olhava para o alto, esperando se cegar com o brilho, mas era o mesmo que nada. Deu a volta pelo jardim, quase podendo sentir o cheiro das flores e quando percebeu que não, tentou imaginar como seria o cheiro com tantas flores e quando não sentia nada se deitou na grama com um lírio branco atravessando sua cabeça. Pensou em Shouto, e se ele também sabia como não sentir o calor das coisas, mas se lembrou que ele havia saído de manhã, acrescentando mais uma pergunta sobre vampiros a sua cabeça.

Havia muitos questionamentos sobre o vampiro que conheceu e queria conhecer mais.
Em algum momento o sol deixou de ser aconchegante para lhe deixar inquieto, olhar o brilho eterno lhe encheu de algo ruim. Se levantou num pulo, ou quase, voltando para dentro, para o escuro, esperando a noite cair para ver Shouto e poderem sair novamente.

Shouto, passou todo aquele tempo surtando. Não há outro jeito de descrever.
Na verdade, metade do tempo foi apenas para ter certeza que não estava delirando novamente, e mesmo assim não tinha certeza absoluta disso, então, apenas em dúvida, ligou para seu mentor, "O senhor dos mortos" ou "O guia dos monstros", chame e o conheça como preferir, mas seu nome é Yagi Toshinori, ele que o escutava e escutou novamente sobre o mesmo problema, então marcou de ir ao ver pessoalmente, coisa que estava adiando, mas daquela vez, junto de Izuku.

A noite caiu rapidamente para um, e lentamente para outro.
Shouto, ficou encarando a porta do quarto, eufórico ao sair, respirou fundo apenas para ter certeza que o ar estava limpo, se acalmou e abriu a porta, se deparando com Izuku agachado encarando o vaso, concentrado no próprio mundo. Shouto se aproximou silenciosamente até a cozinha pegando um pouco de suprimento para a viajem, quando voltou o observou ainda no mesmo lugar.

Izuku tentava pegar o vaso, estava tentando a horas e as vezes conseguia, mas largava sem querer então continuou tentando e tentando, a chave era a concentração, percebeu. Apenas não havia percebido Shouto atrás de si. Assim que conseguiu pegar o vaso, segurar por mais de dez segundos sem o soltar, sorriu vitorioso voando de alegria, segurando o vaso, se virou encarando os olhos diferentes de Shouto se sentiu automaticamente envergonhado e acabou se desconcentrando, deixando o vaso cair.

- Cuidado! - Disse Shouto conseguindo pegar uma das únicas coisas que sobraram da casa anterior.

- Desculpe! - Pediu voltando ao chão. - Eu não...

- Tudo bem - Interrompeu se sentindo ruim por ter o deixado mal - Tem um...amigo, que pode ajudar. Ele com certeza sabe o que fazer sobre...isso.

Izuku assentiu analisando Shouto, com o mesmo moletom e capuz e agora com uma bolsinha. Não era a imagem de vampiro que pensou que existiria. O seguiu para fora de casa, Shouto a trancou e começou a caminhar para a trilha na floresta. Tudo em silencio. Tudo a luz do luar, que mal iluminava o caminho, Izuku ficou feliz por ter a lamparina, que descobriu conseguir acender quando precisava, apesar de seu incomodo ao leva-la.

- Como você pode sair no sol? - Perguntou Izuku já a alguns minutos no silencio, estavam chegando na cidade novamente, não sabia para onde iam ou quanto tempo andariam. Shouto andava distante de si e da lamparina.

- Ele só machuca, um protetor alto e roupa larga já ajuda. - Respondeu, sentindo que já havia vivido aquilo, apressou o passo ignorando os arrepios que a presença de Izuku o traziam.

- Se sol não mata à estaca também não? - Caminhou mais rápido para o seguir, preferiu caminhar do que voar.

As mãos de Shouto começaram a formigar, mas ele ignorou - Tirando você, se eu enfiar uma estaca em qualquer um, ele deveria morrer. Mas, não eu.
Izuku achou interessante, mas não quis perguntar mais sobre aquilo, percebeu o jeito triste que havia o deixado.

Deveria ter trauma de estacas, pensou, deveria ser um trauma normal em vampiros.

Acelerando os passos para o alcançar. Já estavam na cidade, então Izuku desligou o fogo deixando as luzes do lugar e a lua para os iluminar.

Naquela noite serena, ainda havia pessoas e poucas crianças nas ruas, pequenos bares e lojas locais ainda se mantinham abertas, algumas mais iluminadas e arrumadas que outras. Izuku observava tudo encantado, sentindo-se observado, mas não por Shouto. Shouto o observava, inconscientemente.

- Quantos anos você tem? - Chamou a atenção do menor.

- Eu? - Se espantou com a fala do outro. - Não sei, pareço ter quanto?

- 17.

Nem isso ele sabe, pensou Shouto olhando também para os bares que frequentava quando saia.

- E você?

- 120.

- Uau! deve ter visto muita coisa!

- É - Não estava feliz - Não se lembra de nada mesmo? de quando estava vivo?

Perguntaram ao mesmo tempo. Izuku riu sem jeito

- Então...como seu amigo pode ajudar? Estou fazendo bastante perguntas né? desculpe.

Enquanto conversavam, passaram por algumas pessoas algumas, cumprimentavam Shouto, que retribuía, outras, o olhavam estranho, essas ele não se importava.

- Tudo bem, estou...não tem nada. -Diria "acostumado", mas se interrompeu - Ele entende bastante sobre esse mundo, nosso mundo, menos...normal. Com certeza sabe o que houve.

- Espero, eu quero me lembrar pelo menos quem eu sou, ou era, não sei, onde será que vivia? você vive aqui por todo esse tempo? não né, acho que se viver tanto assim eu iria em vários lugares! aonde seu amigo mora? juro que é a última pergunta.

- Agora você pode, eu vivi por vários lugares, muito bonitos, e ele também ele muda muito, mas ultimamente anda por perto. Ele e uma amiga.

- Vou fazer as pessoas acharem que você é louco. Quem é essa amiga? ela é? a propósito, qual o nome deles? e o que são?

Reparou nas pessoas que passavam por dentro de si e olhavam de canto para Shouto, no fundo o vampiro havia achado graça na promessa não comprida.

- Esqueci de explicar isso né e eles podem olhar como quiser, nunca me importei. Ela é sim, Ochako e Yagi, mas pode chamar ele de All Might, mas também chamam de "All death" Ochako é uma bruxa de 125 anos. Vai conhece-los...

De novo, pensou Shouto ansioso para conseguir ajudar o amado.

Os dois haviam chegado ao seu destino. Uma casa, uma casa como as demais na rua, uma casinha simples amarela que dava direto para a calçada, bem iluminada pelo poste na calçada. Izuku esperava algo de grande, e nem sabia porquê.

Shouto tomou a frente batendo na porta e as luzes dentro se acenderam, a porta se destrancou, e uma garota de cabelos castanhos apareceu, alegre e sorridente ao ver Shouto, mas preocupada. Izuku sentiu e mesma sensação que teve ao encarar Shouto, como algo semelhante, que já havia visto o sorriso de Ochako.

- Entra! vamos conversar! - Convidou Ochako apressada.
Izuku se surpreendeu, a última coisa que parecia era que Ochako tinha 125 anos pela aparência de 16.

- Acham que eu enlouqueci de vez né? - Questionou Shouto seriamente antes de entrar.

Izuku, se recordou de uma lenda que vampiros apenas entravam nas casas se forem convidados, colocou na lista de perguntas "é verdade, ou mito?" que faria ao outro.

- Claro que não, jovem - Interrompeu o dono da casa, aparecendo atrás da menina.
Midoriya achava que estava ficando com dor de cabeça de tanto tentar puxar na mesma se já havia conhecido os dois, era a mesma sensação de Shouto. Mas, Shouto aparentava nunca o conhecer, então passou a duvidar de si e sua excessiva forma de conseguir esperança.

- Apenas não compreendemos sua ligação. - Justificou o senhor dando espaço para entrarem. - Venha, vamos conversar sobre aquilo.

Shouto olhou para trás, para Izuku, para confirmar que ainda estava ali, e estava.
Se encararam novamente.

- Jovem? - Chamou o senhor, também olhando para trás, ainda mais preocupado.

- Claro, vamos entrar. - Disse olhando para frente e entrando na casa. A garota, que parecia ter a idade de Midoriya hesitou ao fechar a porta, mas fechou e Izuku teve que atravessar a mesma para entrar. Eles não o viam como Shouto. O que preocupou o vampiro.

Por dentro era outra coisa. A coisa na qual Izuku esperava.
Era uma casa de dois andarem, muito bem iluminada com um grande lustre, podia-se sentir o cheiro de comida no fogão. A porta dava para a sala, cheia de prateleira de livros, bem arrumada e aconchegante com seus dois sofás e uma pequena mesa de centro, na qual havia chás esperando, no canto direito uma grande cozinha, de onde vinha o cheiro de comida, um corredor que levava mais ao fundo da casa e a escada do lado.

Izuku ficou parado na porta de entrada.

O senhor da casa era alto, seus cabelos loiros combinavam com os olhos azuis em seu rosto extremamente magro, usava um terno preto com desenhos brancos que pareciam assemelhar com ossos junto do paletó preto com fundo vermelho. Se percebia que não era apenas seu rosto que era magro, suas mãos também.

- Deixa eu guardar as coisas no frízer - Disse Uraraka sorrindo, Shouto lhe entregou a bolsa. A menina parou por alguns segundos, olhando a porta, olhando Izuku, franzindo o cenho, Shouto a observou esperançoso de ela ver Izuku também, mas ela seguiu em frente indo a cozinha.

- Tudo bem? Ocha? - Questionou o homem.

- C...claro!

O homem foi ao sofá, dando espaço a Shouto. Que o fez a contragosto. Estava adiando este encontro há tempos, e não era daquela forma que pensou que aceitaria. Respirou fundo.

- Eu não enlouqueci - Foi a primeira coisa que disse.

- Nunca disse que tinha. - Respondeu o homem.

- Apenas estávamos preocupados de qualquer maneira Shouto - Interrompeu a menina se sentando ao lado do homem. - Então sobre a...

- Você pode vir aqui. - Interrompeu Shouto querendo pular toda a ladainha de ajuda que poderiam oferecer.

Izuku entendeu que era para ele e foi ao seu lado. - Eles não me veem.
Os dois no sofá o encaravam. Shouto se sentiu como um louco sendo julgado.

- Eu percebi, tem como...

- Eu realmente não sei. - Interrompeu Izuku se aproximando do homem loiro que sorriu - Ele...

- Ele, está aqui conosco? não está? - Disse encarando, inconscientemente ou não, Izuku, que se afastou, intrigado e assustado.

- Ele pode me ver agora?

- Tente se concentrar. - Disse o homem Izuku sentiu que falava para si - É fácil, apenas relaxe.

Respirou fundo, revivendo os cheiros das flores no jardim misturando com a cozinha, deixando todas as dúvidas de lado as sensações sem resposta que lhe cobriam.

- Com quem está falando? - Questionou Ochako olhando entre o loiro e o heterocromático.

- Não pode o sentir? - Respondeu Yagi ainda sorrindo calmamente pegando a xícara de chá com suas mãos ossudas.

Uraraka sentiu também, era a sensação que estava na porta. - Sim, mas o que...
De repente. Izuku apareceu, no sofá ao lado de Shouto. Visível para todos.
A menina o encarou pasma, Izuku viu tristeza em seus olhos castanhos e não entendeu.

- Podem...

- Podemos sim, jovem.

Shouto ficou aliviado.
Uraraka se levantou, sem nenhuma palavra a dizer, foi aos fundos da casa.

- Vou falar com ela. - Anunciou Shouto também se levantando, antes, olhou rápido para Yagi, que tomava seu chá assentindo e observando Izuku. Achava tudo aquilo intrigante.

Izuku se sentiu incomodado, o intruso da casa.

- Não é nada com você, jovem.

- Não é o que sinto...Shouto disse que pode me ajudar...com isso.

Yagi colocou a xícara de volta na mesa. - Posso. Mas, você quer?

Não entendeu a pergunta - Claro! porque não iria?

Yagi sorriu, um sorriso de canto. - Então, bem, do que se lembra?

Com os outros dois, Uraraka havia parado no corredor da casa para respirar, não demorou para Shouto aparecer calado, ele entendia o surto que a menina sentia.
Uraraka conhecia Izuku, em vida, Shouto mesmo havia os apresentados, o menino havia se tornado um dos grandes amigos que teve em todos seus anos, uma das melhores pessoas que conheceu.

- Ver ele, de verdade, é estranho né? - Perguntou Shouto, a deixando secar as lágrimas.

Uraraka se recuperou, assim que se colocou no lugar do amigo a sua frente.
- Como está sendo para você?

Shouto não respondeu.

- O... que vai fazer?

- O que disse na ligação, ajuda-lo a seguir em frente, como deve ser feito.

Uraraka nunca havia o visto com os olhos tão vazios e dolorosos, era visível sua dor desde aquele Halloween. Sentiu vontade de chorar por eles, mas engoliu o choro.

- Tudo bem. - Respirou fundo - Vamos voltar para a sala. Eu tenho uma ideia de como fazer isso.

Shouto assentiu a seguindo de volta para onde Izuku e Yagi estavam.

Ainda na sala, sentados no sofá, os dois conversavam.
Izuku sorria segurando a xícara. Olhou para os dois assim que sentiu Shouto no cômodo, mas não sabia como olhar para Uraraka.

- Então, o que perdemos? - Questionou Shouto ficando de pé. Uraraka ao seu lado.

- Explicava ao jovem Midoriya caminho que terão que seguir.

- Vou ter que voltar aonde morri. Tudo bem? Shouto?

O vampiro havia ficado mais branco do que já era. Sentiu-se mal repentinamente. Nunca havia voltado lá.

- Falta de sangue. - Mentiu - Tudo bem. E como faremos isso?

Izuku não sabia se acreditava ou não, mas não questionou, não no momento.

- Posso fazer um impulso para sua memória - Interrompeu a bruxa o encarando pela primeira vez - Vai ajudar a lembrar á, pelo menos, onde foi, depois coloco isso numa bussola e vocês seguem caminho.

Izuku sorriu, em expectativa novamente.
Shouto lutou contra o grito de negar todo o plano.

- Obrigada! - Agradeceu Izuku.

Yagi se levantou, uma bengala apareceu do nada, olhando calorosamente para Izuku, foi para a cozinha seguido de Uraraka e dos dois garotos.

- É algo simples e requer mais de Izu - Contou Uraraka.

Izu, o apelido gentil ecoou em sua cabeça.
All Might abriu um dos armários cheio de frascos, mas o que saiu de lá foi a bussola.

- Apenas relaxe jovem. Com o pouco do que conhece, foque nisso, e no que quer conhecer de novo. - Instruiu se aproximando de Izuku com a bussola e potes que pegou no armário.

Assim, o fez. Respirou fundo, fechou os olhos e focou nos cheiros das flores de novo, nas sensações aconchegantes que aquela casa lhe deu, aproveitou e tentou focar nos rostos de Yagi, Uraraka e Shouto.
Os cheiros ficaram mais fortes, e uma enorme vontade de rir o tomou.
E Izuku não se via na cozinha, não se via nem na casa amarela. Estava na frente de uma casa de madeira, num lindo canteiro cheio de flores bem organizadas por suas cores, parecia com a casa de Shouto, mas aquela era maior, tinha dois andares. E lhe trazia uma sensação de vida, de paz e tristeza.
Olhou ao redor, a casa ficava no pé de uma colina.
E no topo da colina, havia duas sombras. Então percebeu que tinha as pernas, e as usou para correr, tentou chamar pelas duas, achou que começou a ouvir as duas conversando.
E então. Respirou de novo e a luz do sol tomou sua visão o cegando.

- Jovem pode voltar? - Ouvia a Yagi o chamando.

Se via novamente na cozinha da casa amarela, perdido.
- Consegui?

- Deu tudo certo! -Comemorou Uraraka segurando a bussola.

- O que viu? - Perguntou Shouto o observando do batente da cozinha.

- Uma casa numa colina - Contava sorrindo - Com um grande jardim florido! ela era parecida com a sua, mas era maior. Tinha duas pessoas...mas eu não vi nem ouvi elas. - Se entristeceu, confuso olhou para Yagi - Não entendi. Eu morava lá? ou...conhecia alguma pessoa de lá?

Yagi ainda sorria meigo. - Possivelmente sim.

Estava mais feliz com aquelas palavras.

- Ele disse que eu posso me lembrar mais das coisas! - Contou alegre a Shouto.

Shouto encarou Yagi e Uraraka, ambos felizes com a possibilidade. Mas, não ele.

- Também avisei de outras coisas.

- Ah sim! coisas ruins podem vir atrás de mim, shinigamis. E que tenho 5 dias para voltar para o lugar de onde vim...

- Eles não gostam de almas andando por aí - Justificou Uraraka preocupada lhe entregando a bussola.

- Apenas 5 dias? - Perguntou Shouto espantado.

- Menos. - Respondeu Yagi - Em cotar que já está em vida há um dia inteiro. E outro está começando e passando.

- Você já vai agora? - Questionou Uraraka tristemente.

Izuku parou de sentir estranheza no jeito que ela o olhava, a esperança de conseguir se lembrar dela e de Yagi o alegrou, então assentiu.

- Vai sozinho jovem?

Está ele não sabia o que responder.
Mas, tudo bem, a pergunta havia sido mais uma insinuação para Shouto.

- Não. - Respondeu Shouto saindo da entrada da cozinha. - Temos onze horas até o amanhecer, dá para andar bastante e adiantar o caminho.

Izuku sorriu animado pela companhia que conseguiria. - Menos com shinigamis querendo me atacar?

- Mesmo com shinigamis querendo te atacar - Respondeu convicto de sua decisão indo para a geladeira pegar sua bolsa de sangue de volta - Tenho suprimentos para esses dias.

- Obrigada! a vocês também!

Uraraka quis chorar de novo ao ver o grande sorriso e esperança que Izuku dava e sentia. E que estava se despedindo de vez do amigo que nem se lembrava dela. Seu peito se apertou, mas segurou, sorrindo de volta e compreendendo o plano de Shouto.

- De nada! Ah! levem isso! - Entregou a Shouto notas de dinheiro - Para não andarem até a saída da cidade!

- Então já vamos indo. - Avisou o vampiro se despedindo e agradecendo silenciosamente - Pedimos um carro para sair da cidade até o ponto. Depois podemos andar.

Izuku assentiu sem entender nada, mas o seguiu para fora da casa.

- Boa sorte aos dois, jovens! - Se despediu o mais velho, fechando a porta depois de Izuku passar.

Aliás, havia descoberto sua idade, seus séculos de idade.

- Quais as perguntas? - Perguntou Shouto voltando a caminhar.

Tinha apenas três dias em sua companhia, pela última vez, graças a uma promessa antiga que lhe havia feito e cumprida. Aproveitaria até seus últimos minutos. 

Halloween ✔ (terminada)Onde histórias criam vida. Descubra agora