Capitulo 28

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Eu estava paralisada, como ele sabe? Quem é ele?

-Não é assim que ele te chamava?

-Quem... Quem é v-você?

-Ora docinho, sou o homem que está te procurando por anos

A casa está cercada por soldados que não são meus. Um desespero cresce e não sei o que fazer

-Nicolas - sussurro

-Bom saber que você já sabe sobre mim, docinho

-Não me chame assim - digo com o maxilar travado

Quem esse figlio de cagna pensa que é pra me chamar assim

-Eu te chamo como eu quiser, afinal - ele entra na sala e eu aponto a arma pra sua cabeça - eu sou seu dono

-Eu não tenho dono e sugiro que você vá embora.

-E por que eu faria isso? - ele gesticula e anda pela sala, como se uma arma não estivesse apontada pra sua cabeça

-Não se esqueça quem eu sou Nicolas e nem de onde venho

O desgraçado começa a rir. Ele avança é puxa o cabelo de Sebastian

-Se não largar essa arma agora docinho, eu mato meu querido sobrinho

-Você não faria isso...

-É claro que faria, quem você acha que o espancou pra ele estar nesse estado?!

Ele movimenta suas mãos mostrando a si mesmo e começa a rir

-Vamos querida, não queremos que ele morra por uma desobediência sua - eu não me mexo - Claro, esqueci de falar, se não me obedecer, meus soldados vão atirar em você e em seus filhos

-E de que valia eu tenho se você me matar?

-Nenhuma, isso é verdade - ele solta Sebastian e caminha até mim - mas seus sobrinhos seriam massacrados pela querida babá, afinal, ela trabalha pra mim

Eu congelo com a arma em mãos, não posso arriscar apostar que ele esteja mentindo. Estou em uma luta interna, sem saber se atiro nesse desgraçado e pago pra ver se é verdade ou se o obedeço.

Entrego a arma.

-Muito bem docinho!

Nicolas anda até mim e agarra meu cabelo, agarra minha cintura com sua outra mão e me aperta. Ele passa a língua pela minha orelha, tento sair de seu aperto mas não consigo, a gravidez avançada dificulta meus movimentos e sinto vontade de vomitar

-Faça o que eu mandar ou seus filhos vão sofrer - sussurra

-O q-que?

-É fácil matar uma criança no ventre - ele aponta a arma para minha barriga

Lágrimas escorrem pelo meu rosto e a única coisa que faço é pedir a Deus que me ajude

Nunca fui religiosa, a vida que levo na máfia não me permite acreditar na bondade e em um Deus, mas me agarro a crença das pessoas e a única coisa que penso é "se você existe mesmo, me ajude"

Ele senta na poltrona em que eu estava e me puxa pra seu colo, estou lutando com todas as minhas forças, mas a arma prensando minha barriga me desespera e a única coisa que penso são nos meus filhos e farei tudo para protegê-los.

-Sabe, no começo eu apenas queria saber quem era você, quem foi a menina que roubos o coração do meu amado sobrinho - olho pra Sebastian e ele ainda está desacordado - o idiota me disse que estava apaixonado e que queria se casar com você

-Eu fiquei desesperado, é claro, já que se ele se casasse, o controle da máfia seria passada pra ele e eu não permitiria isso - ele acaricia a lateral do meu corpo e prensa mais a arma na minha barriga

-Me livrei do meu irmão pra esse idiota do filho dele tomar o meu lugar? Não, não, não. Mas esse idiota nem sabe ficar com a boca fechada, confiava em mim e nunca desconfiou de nada - ele solta uma risada histérica

-Então ele me disse que você era uma hacker muito perigosa e blá-blá-blá, é claro que me interessei por isso. Já imaginou? Eu no comando da Holanda com a maior hacker do mundo ao meu lado?! Eu seria temido por todos, mas tudo mudou

-O... o q-que quer d-dizer? - uma dor insuportável na minha barriga

-Quero dizer docinho, que ele entrou na jogada e tudo mudou

-Ele? - confusão, minha cabeça está uma confusão

-Sidorov meu amor, Sidorov me deu você

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Olá meus amores!

Já quero aqui me redimir com quem criou expectativas achando que Arthur estava vivo 🤡

Mas agora a história vai ficar boa de verdade

E se preparem, muitas revelações irão acontecer

Beijos 😘

Atração perigosa livro2 O legado Rockenbach-RossiOnde histórias criam vida. Descubra agora