Capitulo 19

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Arthur Lancaster

-Você quer filhos?

Antonella me pega de surpresa com essa pergunta, é claro que quero filhos, ainda mais se eles puxarem sua beleza.

-É claro que quero!

-É claro, que perguntas tosca a minha. Você precisa de herdeiros - começa a resmungar em italiano

Não entendi nada do que ela está falando. Ela está deitada em sua cama e eu estou sentado na cadeira em frente a sua antiga penteadeira

-Eu não quero filhos pelo simples fato de precisar ter herdeiros ruiva, eu quero filhos pelo simples fato de ser com você

Me deito ao seu lado e vejo um sorriso em seus lábios

-E você pensa em ter quando?

-Na verdade não sei - dou de ombros - desde que você esteja comigo, pode ser a qualquer momento, mas...

-Mas? - me olha e vejo medo e seus olhos

-Mas um deles precisam se parecer com você e todos, eu disse todos, tem que ter a sua beleza, sua doçura...

Ela pula em cima de mim e me beija

-Eu sou feliz com você!

-Eu também sou feliz com você docinho!

É claro que eu quero falar que a amo, mas acho que ainda não é o momento certo. Tenho medo de assusta-la e acabar perdendo toda essa amizade que criamos. Sou um covarde, eu sei!

-E você pensa em nomes?

-Noah!

-É um nome lindo!

-É o nome do meu pai

-Você o amava né?!

-Muito! Ele sempre foi um ótimo pai, apesar de dona Cassandra ser completamente louca e desleixada com os filhos, ele sempre supria isso - ela aperta minha mão - e você docinho, qual nome?

-Se um dia tivermos uma menina, queria colocar o nome de minha mãe. Não me lembro muito dela, eu era muito criança e sei que ela era linda, carismática e nos amava muito - vejo lágrimas em seus olhos - Lorenzo sempre falou muito bem dela, sempre disse que ela era a melhor mãe!

-E qual era o nome de sua mãe?

-Violet!

-É um lindo nome!

-Eu preciso ir! - Antonella se levanta numa rapidez e eu me assusto

-Onde você vai?

-Preciso resolver umas coisas e acho que vou ficar fora o dia inteiro

-Tudo bem, eu tenho que encontrar seu irmão

Ela coloca suas sandálias e sai correndo do quarto, sem entender nada, me jogo em sua cama .

Ouço passos correndo e olho pra porta

-Eu não poderia ir sem me despedir direito!

Então, Antonella se joga em cima de mim e me dá um beijo quente, aperto sua cintura e minhas mãos logo descem pra sua bunda.

-Melhor ir logo, ou não deixarei que saia daqui

Antonella ri e me dá um último beijo rápido nos lábios

-Jantar, hoje a noite às 20 horas. Não se atrase Lancaster! - Ela sai do quarto saltitando.

Porra, eu amo essa mulher!

(...)

Depois de um longo banho, visto meu terno e vou pro escrito de Lorenzo, precisamos conversar sobre os recorrentes ataques a AstecaZero e a desobediência de meus homens, mesmo sabendo que as ordens foram dadas por meu irmão.

Entro no escritório e me jogo no sofá, estou tão esgotado com essa merda de mafia, com todos querendo a cabeça de minha esposa — mesmo não sabendo que é ela — e meu irmão, ele tinha que aprontar com Suzi, merda, ele bateu nela e agora tenho provas, mas posso acabar entregando minha esposa como brinde

Merda!

-Muito insolente de sua parte entrar assim, Lancaster

-Cara, eu até seria educado e te chamaria de Senhor Capo, chefe da grande máfia italiana - Lorenzo me lança um olhar de poucos amigos - mas realmente não estou no clima de ser educado, fora que estou na casa do meu querido cunhadinho  - lhe lanço um sorriso cínico

-Sorte sua que é meu amigo, seu merda! E tira a porra dos pés do meu sofá, ele foi caro. Cazzo!

Caio na gargalhada, Lorenzo tem hora que parece uma senhora dona de casa.

-Vamos pro que interessa, ladys! - Enzo entra no escritório com toda sua pose de garanhão, o que faz Lorenzo revirar os olhos.

Explico aos irmãos Rossi o que vem acontecendo na Inglaterra e Lorenzo não fica nem um pouco feliz. A cabeça de sua irmã cada dia que passa está valendo mais e ele já tentou convencê-la de parar de ser a AstecaZero, mas é a mesma coisa que falar com uma parede. Não a culpo, sei que é difícil abrir mão de algo que você ama e se identifica.

-Precisamos de um plano, caso venham descobrir que Antonella é AstecaZero. Não posso me dar ao luxo de perder minha irmã, minha única irmã

-E nem eu vou me dar ao luxo de perder a mulher que eu amo, Lorenzo.

Todos ficam estáticos, feito estátuas e então percebo que acabei de confessar pros ruivos psicopatas — como Sophie gosta de chamar — que eu amo a irmã deles.

-Bom saber que finalmente se deu conta, Arthurzinho. - Enzo zomba e eu reviro os olhos.

Passamos horas bolando um plano de fuga, caso Antonella seja descoberta e um plano pra impedir que ela seja descoberta, mas acabamos percebendo que pra concluirmos o segundo plano, precisamos de Antonella. Afinal, ela é a hacker aqui.

Olho pro meu relógio e vejo que são 19 horas.

-Merda! Eu preciso ir, Antonella me intimou pra um jantar e preciso estar pronto.

-Boa sorte com isso! Quando Antonella quer jantar fora, você pode preparar o seu bolso que o restaurante não é nada barato - Enzo diz e Lorenzo concorda com a cabeça

Eu não me importo, a única coisa que quero é ver essa mulher feliz, nem que pra isso eu tenha que gastar toda minha fortuna em restaurantes

Atração perigosa livro2 O legado Rockenbach-RossiOnde histórias criam vida. Descubra agora