━ Morgana Scamander (Harry Potter) [REESCREVENDO]

≡ CAPÍTULO 08 •

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• CAPÍTULO 08 •
O Lago Negro

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      Nos últimos três dias em Hogwarts, Morgana se viu imersa em uma nova realidade, onde a natureza exuberante da escola se tornava parte integrante de sua experiência. Ao acordar cada manhã, o canto dos pássaros a saudava, um alvoroço de sons melodiosos que pareciam se misturar com a brisa suave que entrava pela janela do dormitório da Lufa-Lufa. As flores silvestres floresciam em profusão, colorindo o cenário com matizes vibrantes de amarelo, roxo e vermelho. Morgana sempre teve uma conexão especial com a natureza, e Hogwarts, cercada por florestas densas e animais, o majestoso lago Negro, parecia o lugar perfeito para explorar essa paixão.

      Durante o café da manhã, Morgana se sentou com suas colegas de quarto, Ana e Susana, que falavam animadamente sobre a próxima aula de Herbologia. Elas compartilharam seus conhecimentos sobre plantas mágicas e como algumas podiam ser utilizadas para criar poções poderosas. As meninas, incluíram Morgana na conversa. Era um alívio sentir-se parte de algo, compartilhar suas experiências e saber que não estava mais sozinha.

      Após as aulas, Morgana decidiu explorar os jardins de Hogwarts. A grama era verdejante e bem cuidada, e as árvores centenárias se erguiam como guardiãs da história da escola. Enquanto caminhava, ela avistou um grupo de esquilos brincando entre os galhos e não resistiu à tentação de se aproximar. Com movimentos suaves, ela conseguiu se sentar em um tronco caído, observando-os. Um dos esquilos, curioso, aproximou-se e começou a bisbilhotar seus bolsos. Morgana riu, oferecendo-lhe um pedaço de biscoito que trouxera. O pequeno animal aceitou o agrado indo até a mão da garota, que retribuiu fazendo um carinho no esquilo.

      O lago Negro era um local que a atraía irresistivelmente. Morgana passava horas ali, admirando a água escura refletindo o céu azul. Às vezes, ela via as criaturas mágicas nadando - as sereias com seus cabelos longos e brilhantes, as tímidas grifos que se aproximavam da margem em busca de peixes. A cada visita, ela se sentia mais em paz, como se o lago estivesse lhe contando segredos antigos. A liberdade de estar ali, longe do orfanato, a enchia de uma felicidade que há muito tempo não sentia. As preocupações e tristezas do passado pareciam se dissipar, e Morgana percebeu que a natureza a acolhia como se fosse parte dela.

      Nos momentos em que não estava sozinha, Morgana conversava com Pandora, sua prima. Elas compartilhavam sonhos e anseios, rindo das travessuras que Fred e George aprontava na escola. Pandora era uma presença constante e tranquilizadora, e a amizade delas crescia a cada dia. Às vezes, Adriano se juntava a elas, suas conversas fluindo naturalmente, sempre com um toque de brincadeira e camaradagem.

      Quando Morgana olhava para o céu estrelado na hora de dormir, a sensação de liberdade era quase palpável. Hogwarts não era apenas uma escola; era um lar onde poderia ser quem realmente era. O peso do passado estava sendo suavizado pela beleza da natureza e pelas novas amizades que estava construindo. E assim, com o coração leve e a alma renovada, Morgana adormeceu, sonhando com os dias que ainda estavam por vir, repletos de magia e aventuras.