━ Morgana Scamander (Harry Potter) [REESCREVENDO]

≡ CAPÍTULO 10 •

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• CAPÍTULO 10 •
O inverno

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      Quando Novembro chegou a Hogwarts, uma mudança drástica no clima marcou a transição para o inverno. O ar ficou gelado e cortante, e as serras que cercavam a escola tornaram-se um manto de cinza-gelo, refletindo a luz do sol que se tornava cada vez mais escassa. O lago, que geralmente era um espelho d'água vibrante, agora parecia uma superfície metálica congelada, intransponível e imutável. Cada manhã, os alunos encontravam o chão coberto de uma fina camada de geada, que estalava sob seus pés enquanto caminhavam para as aulas.

      Morgana, encolhida em seu cachecol amarelo e preto, ajustou as luvas quentinhas em suas mãos enquanto explorava o pátio, onde a neve espessa cobria o chão. Os flocos de neve dançavam suavemente nas árvores, criando um cenário encantador e etéreo. O frio a fazia sentir um frio na barriga, mas a beleza da estação a encantava, o inverno era sua segunda estação do ano favorita.

     Enquanto caminhava, Morgana dirigiu-se até uma das árvores imponentes, seus galhos pesados pela neve. Ao se agachar para examinar melhor o cenário, algo chamou sua atenção: uma série de patinhas estranhas, quase como as de um gato, estampadas sobre a neve imaculada. O que mais a intrigou foi a presença de algumas manchas de sangue que seguiam uma trilha que levava em direção à floresta. Um misto de confusão e preocupação tomou conta dela enquanto tentava decifrar de onde poderia ter vindo aquele sangue e a quem pertenciam aquelas patinhas.

     Seguindo a trilha, Morgana avistou algo branco parcialmente escondido sob a neve, quase invisível no ambiente gelado. Curiosa e alarmada, ela se abaixou para investigar. Era um pequeno furão, com pelagem branquíssima e olhos azuis que brilhavam com uma mistura de dor e medo. O animal estava machucado, uma ferida profunda na barriga fazendo-o suspirar pesadamente, e Morgana sentiu um aperto no coração ao ver o sofrimento daquele ser tão pequeno e vulnerável.

      Com um gesto delicado, ela levou a mão à boca, abafando um grito de compaixão, e estendeu a mão em direção ao furão, falando suavemente para acalmá-lo. Quando conseguiu pegá-lo com cuidado, examinou a ferida com atenção. O ferimento parecia ser causado por algum animal de dentes afiados, e a ideia de que um ser tão inocente tivesse sofrido a angustiava ainda mais.

      Sem hesitar, Morgana retirou seu cachecol e o enrolou gentilmente ao redor da barriga do bichinho, tentando estancar o sangramento e aquecer o pequeno corpo. Com o furão confortavelmente aninhado em seus braços, ela começou a caminhar em direção à enfermaria. O coração batia rápido, não apenas pela preocupação com o furão, mas também pelo receio de ser flagrada. Hogwarts tinha suas regras, e ela sabia que qualquer desvio de conduta poderia resultar em problemas.