━ Morgana Scamander (Harry Potter) [REESCREVENDO]

≡ CAPÍTULO 12 •

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• CAPÍTULO 12 •
O final do ano letivo

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      Após a arriscada incursão na Floresta Proibida, Morgana manteve os olhos atentos sobre o Prof. Quirrell. Aquele cheiro característico de alho que impregnava o ar ao redor da misteriosa figura na floresta parecia o mesmo que envolvia o turbante do professor. Ela aguardava o momento de entregar sua atividade a ele, observando-o de perto, e, ao se aproximar, o cheiro forte de alho confirmou suas suspeitas. Um arrepio percorreu sua espinha, reforçando sua intuição de que havia algo muito errado envolvendo Quirrell.

      Enquanto isso, sua amiga Pandora começava a melhorar das constantes dores de cabeça que a haviam deixado abatida. Ela descrevera a Morgana como uma sensação de zumbido agudo, como um som distante e perturbador que parecia vibrar em sua mente. Já o pequeno tronquilho, que Morgana decidira batizar de Shytick - com o carinhoso apelido de "Ticky" -, estava cada vez mais à vontade em sua companhia. Ticky agora passava boa parte do tempo aconchegado nas dobras do cachecol de Morgana, desfrutando da segurança e do calor proporcionado pela bruxa.

     Os dias seguintes trouxeram a intensidade dos exames práticos. Na sala do Prof. Flitwick, Morgana se concentrava enquanto tentava, com o máximo de precisão, fazer um abacaxi sapatear em perfeita sincronia sobre a mesa. A sala estava repleta de pequenos ritmos e sapateados desajeitados dos abacaxis de seus colegas, criando uma orquestra cômica. No entanto, o professor mantinha o olhar crítico, anotando cada detalhe com uma expressão atenta.

      Já na aula da Profª. Minerva, o desafio era a transfiguração de um camundongo em uma pequena caixa de rapé. Morgana segurou a varinha firmemente, lembrando-se de cada passo aprendido nas aulas. A caixa resultante tinha um tom acinzentado com um toque de prata nas bordas - elegante e digna de elogios. Minerva não poupou observações criteriosas, e cada aluno sabia que pontos preciosos dependiam da estética e da precisão da transformação.

     Quando chegou a vez da Poção do Esquecimento, Morgana sentiu a presença intimidadora do Prof. Snape pairando por trás de seus ombros, seus olhos avaliadores fixos em cada detalhe. O ar ao seu redor parecia mais frio, e a pressão aumentava enquanto tentava recordar cada ingrediente e o tempo exato para mexer a poção. A sala estava impregnada pelo cheiro de ervas e pó de prata, e o silêncio era interrompido apenas pelos sons das colheres de madeira mexendo os caldeirões, acompanhados da respiração baixa e austera de Snape.

      O último exame foi História da Magia com o Prof. Binns, o fantasma que praticamente flutuava pela sala enquanto murmurava sobre os feitos de bruxos antigos e as invenções que marcaram a história, como os caldeirões automexíveis. Por uma hora, Morgana mergulhou na história, escrevendo sobre magos de tempos passados e suas contribuições para o mundo bruxo, anotando cada detalhe dos antigos textos e lendas que Binns ensinara ao longo do ano. As perguntas pareciam intermináveis, e ela lutava contra a fadiga e o tédio que o professor parecia gerar em cada palavra que dizia.