Capítulo vinte e dois, Conrado: Parece coisa de novela

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Ainda estou parado, vendo com meus próprios olhos mais não acreditando.

— Você está bem querido? Se sente mal? — perguntou ela. Anda Conrado, você precisa responder, você precisa descobrir o que está acontecendo aqui, digo a mim mesmo.
— Ah, não, estou bem. Só me lembrei de algo que esqueci no escritório, já volto. — digo e ela faz que sim com um sorriso que eu  não estava habituado. Era um sorriso leve mais não era doce como o da minha Isabella, era um sorriso, malicioso talvez.

Saí dali o mais que pude e segui para o escritório.

— Sr. Conrado. — ouvi a voz de Débora me chamar.
— Entre. — digo e ela entra. — Feche a porta por favor. — ela faz que sim fechando a porta. Estou de pé parado no meio do escritório tentando entender o que estava acontecendo ali. — Débora, preciso que você seja bastante clara comigo. — digo a olhando seriamente. — Quando Isabella saiu, ela por acaso estava, diferente? — pergunto tentando encontrar palavras. Débora me olha meia confusa e após pensar um pouco responde.
— Senhor, eu não sei o que está acontecendo aqui nem o que aconteceu com vocês dois, más... Definitivamente aquela mulher não é a senhora Isabella. — diz ela para minha total surpresa. A olho espantado. — Eu não sei como explicar, não sei como isso é possível. Desde o primeiro momento que a vi entrando na casa, eu percebi que havia algo diferente nela. Ela não está agindo como de costume. — dizia Débora meia perdida, percebi que eu não era o único. — Perguntei se ela queria fazer sua sobremesa favorita amanhã antes de ir pro restaurante, e ela falou: claro que não, não sei nem cozinhar. Isso é serviço para os empregados. Eu fiquei sem entender nada, até que ela me perguntou o que ela iria fazer no restaurante que eu citei amanhã.
— Débora, o que vou lhe dizer agora, peço que fique entre nós. — ela faz que sim. — Eu não sei bem por onde começar, más, essa é a Isabella verdadeira. — ela me olha confusa. — A outra, a outra Isabella, na verdade se chama Isadora, elas são irmãs gêmeas, gêmeas idênticas. Eu ainda não sei os detalhes de tudo, só sei que essa Isabella que está aqui agora, era com ela que era pra eu ter casado, más, há quase dois anos ela sofreu um acidente de carro, e ficou em coma profundo por todo esse tempo. Eu sei dessas coisas porque meses antes de voltar pra o Brasil mandei investigar a família de Isabella, e também ela. Fiquei chocado ao saber que ela estava em coma, e mais chocado ainda quando liguei pro seu pai avisando que estaria de volta e que iria me casar com sua filha Isabella, ele concordou. Eu não imaginava o que aquele imbecil estava tramando. — digo com raiva. — más, depois que ele concordou com o casamento, mandei o detetive investigar isso a fundo, e descobri que Isabella tinha uma irmã gêmea. Não precisava adivinhar oque ele iria fazer.
— Meu Deus! Parece coisa de novela senhor. — disse ela espantada.
— Sim, parece. A princípio, quando descobri, pensei em desmascarar pai e filha no dia do casamento na frente de todos, más, quando o detetive me entregou o relatório final, assim que voltei, vi que o pai de Isabella usava boa parte do dinheiro que eu dava de mesada todos os meses para o tratamento dessa Isabella... Então entendi, Isadora, a outra Isabella estava fazendo isso por dois motivos, salvar a empresa da família e continuar a pagar o tratamento da irmã. Eu estava de mãos atadas, afinal, eu precisava cumprir o acordo que meu avô deixou firmado, eu tinha meus motivos, Isadora, os dela. Então prossegui... Mais no meio do caminho, me apaixonei Débora, e agora estou assim, desesperado.
— Mais o que aconteceu? — perguntou ela preocupada.
— Ela foi até meu escritório hoje, mais, antes de chegar até mim, ela ouviu uma conversa minha com o advogado, ele estava fazendo uma certa pressão, eu preciso dar um herdeiro a fortuna que meu avô deixou, se não, metade da fortuna será destinada a algumas instruções de caridade. Isabela, der dizer, Isadora ouviu tudo, e pelo o que estou vendo, foi embora. Ela deixou essa caixa no escritório antes de ir. — peguei a caixa em cima da mesa e a entreguei a Débora, ela abriu e ficou literalmente de boca aberta ao ver o sapatinho e o bilhete.
— Meu Deus! — exclamou ao levar uma mão a boca. Estava chocada.
— Agora entende o porque estou assim? Desesperado? — falei. Ela fez que sim.
— E agora senhor?
— Eu não sei Débora, preciso pensar, descobrir onde Isadora está e resolver toda essa bagunça. — falei exausto. — Até lá, precisamos dar tempo ao tempo. Preciso descobrir o porque Isabella está aqui, e pra onde Isadora foi... Preciso de Isabella aqui pra tentar encontrar Isadora.
— Está certo senhor, pode contar com a minha discrição. — disse ela. Fiz que sim. — E, parabéns pelo bebê, por mais que a situação esteja difícil, sei que essa criança vira para unir todos. — disse ela ao me entregar a caixa.
— Obrigado Débora. — agradeci com lágrimas nos olhos.

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