Capítulo Vinte: Laços Fragilizados

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NOTAS DA AUTORA

↯ Por favor, não se esqueça de deixar seu voto e seu comentário! 🦋

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Era um dia frio e nublado de janeiro, e os primeiranistas da Sonserina e da Grifinória se apressavam para sair da sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, onde acabavam de ter uma aula tediosa com o professor Quirrell. Harry, Rony, Hermione e Sollaria seguiam juntos pelo corredor, conversando sobre o que tinham feito nas férias. Hermione, como sempre, estava preocupada com os estudos e queria saber se Harry e Rony já haviam feito a pesquisa que prometeram a ela antes do início do recesso.

— Eu simplesmente não consigo acreditar que os dois patetas não separaram um segundo sequer do feriado para pesquisar sobre Nicholas Flamel! — reclamou Hermione aos três.

— Foi mal, Hermione. Nós estivemos ocupados com coisas muito mais importantes — retrucou Harry com certa impaciência, descendo para os jardins.

— E o que seria, posso saber? — O antigo tom sabichão pôde ser ouvido em sua voz.

Com uma troca de olhares, Sollaria sabia que Harry preferia que ela explicasse. Então, contou a história do Espelho de Ojesed, acrescentando que Harry havia ficado afetado pelo que vira. Hermione não parou de soltar exclamações e arregalar os olhos e, por fim, disse:

— Eu concordo com a Sollaria, isso tudo é muito perigoso, mas... Não podiam ter dito tudo isso em uma carta?!

Sollaria deu de ombros, dando um gole de sua água.

— É mais impactante pessoalmente — brincou.

Hermione fechou a cara, fuzilando os três com o olhar — Rony teve a decência de encolher os ombros.

— E você, Sollaria — ela chamou a atenção da sonserina —, estou começando a desconfiar que não sabe nada sobre o tal Nicholas Flamel. Acho que está só querendo nos fazer perder tempo, se não, teria falado antes!

Não era a verdade. O que realmente estava acontecendo é que Sollaria tinha medo de perder os três. E se, por acaso, eles parassem de falar com ela e voltassem a esconder segredinhos como estavam fazendo antes, depois que conseguissem a informação que queriam?

Ela lamentou não ter levado o diário na mochila; aquele era um momento que gostaria de tê-lo em mãos para compartilhar como estava se sentindo.

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Sollaria ainda estava aborrecida com Hermione nas duas semanas seguintes. Não de verdade, mas ela só queria que a amiga lhe pedisse desculpas e parasse de ser tão orgulhosa. Nesse ínterim, nem Rony, nem Harry a procuraram, e ela sabia que era porque estavam ocupados demais procurando por Nicholas Flamel em todos os livros possíveis. Até pensara em lhes contar quem ele era, mas era divertido vê-los abrindo livros e passando horas na biblioteca para variar.

Janeiro agora passava com tranquilidade; a neve já diminuíra drasticamente, dando lugar a chuvas intermináveis. Por isso, Sollaria se isolava na biblioteca ou no Salão Comunal, jogando Snaps Explosivos com Draco, os outros primeiranistas amigos dele e os encostos que eram Daphne e Pansy, ou lendo algum livro.

Em uma sexta-feira particularmente chuvosa na primeira semana de fevereiro, Sollaria estava na biblioteca com Draco debatendo sobre a Convenção das Bruxas do Século XIX quando, de repente, algo foi colocado diante de si sobre a mesa em que estava com o cotovelo apoiado. O baque de um livrão enorme fez com que ela se assustasse e Madame Pince, a bibliotecária, os mandasse calar a boca.

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