Força - Cap 6

147 19 3
                                    

Rin Nohara

Diário de progresso..

Dia 1.
     "Não consigo acreditar que você me deixou, não consigo imaginar de onde você tirou tanta coragem para mentir pra mim e depois ir embora.. Eu me sinto usada, enganada... Ainda é difícil acreditar que suas lágrimas eram falsas, cada "Eu te amo" foi mentira ou tinha um pouco de verdade?"

Dia 2.
     "Por que será que todos me olham e falam palavras bonitas pra mim como se estivessem esperando que eu surtasse? Você não morreu, só me deixou. Então por que eu surtaria?
     Sinto como se tivesse cravado uma faca no meu peito, dói mais do que quando achei que você tinha morrido pela primeira vez, e como dói...
     Eu estou na sua casa. Não é invasão se eu tenho a chave, então eu posso estar aqui, não é?"

— Rin, sei que você está aí. Abre a porta. - É a Kurenai, ela está bem preocupada comigo

Guardo meu caderno embaixo da almofada do sofá e caminho até a porta abrindo-a.

— Só vim pegar minhas coisas, é sério. - Menti

— Não tô vendo nenhuma bolsa. - Ela disse enquanto olhava envolta - Sabe que não tô tentando te forçar a fingir que ele nunca existiu, mas você..

— Só fazem dois dias. Dois dias atrás ele estáva comigo me fazendo promessas. - Dou de ombros - Acha que eu já deveria ter superado?

— Não, ninguém disse que seria fácil, mas assim você dificulta.

— Eu tô escrevendo o que eu sinto, um dia de cada vez como você disse.

— Posso ver? - Ela pergunta

Pego o caderno e entrego pra ela que lê rapidamente.

— Viu? Tô tentando seguir em frente. - Falei

— Ta mentindo pra si mesma. Isso aqui não é um registro do seu processo, isso é uma carta pro Obito. - Ela colocou o caderno no sofá - "Na sua casa. Sem você." são palavras suas pra ele.

— Ta, entendi. Não tô fazendo certo..

Ela abre a boca mas não fala, primeiro ela pensa e então senta no sofá com as mãos na cabeça.

— Cada pessoa tem seu próprio jeito de lidar com a dor. Com o tempo fica máis fácil.

— É, tomara que fique mesmo.

— Vamos só sair daqui, ta bem? - Ela veio até mim me guiando para a porta

1° mês.
     "Faz um tempo que não consigo escrever.. Me falaram que o tempo ajuda, mas eu ainda não consigo falar seu nome sem chorar. Parece que está ficando mais difícil.
     Eu sinto um vazio enorme. Queria que você estivesse aqui."

2° mês.
     "Fico feliz em dizer que estou melhor, tenho uma forte motivação agora, além do meu treinamento. Eu não sei como isso é possível, mas estou gerando uma nova vida, uma criança. Isso é incrível.
     Eu ainda sinto saudades, ainda não consigo falar seu nome em voz alta por isso evito falar de você, mas continuo vindo na sua casa. Me sinto melhor quando estou aqui."

Estarei sempre te observando 2Onde histórias criam vida. Descubra agora