Estarei sempre te observando 2

Apoio e mentiras - Cap 9

Rin Nohara

— Bom, eu tava sempre fazendo ofertas, e eu sei que é antiético flertar em missões, mas o Obito era tão difícil que acabou se tornando um desafio. — Disse Tatia — Um dia, há quase dois anos, ele cedeu e nós ficamos na floresta. Ficamos mais algumas vezes depois, e eu não sei se significou alguma coisa pra ele, eu falei que seria totalmente casual, mas significou algo pra mim. Eu gosto do Obito.

— Nossa..

Esse tempo todo, ele estáva transando com uma ninja de konoha, mas não podia me contar que estáva em um dorga de missão.

— Eu não queria te deixar chateada, sério mesmo.

— Não, ta tudo bem. Quando ele foi embora, eu tive alguns caras na minha vida, mas a minha consciência sempre pensava por que "ele tava sozinho enquanto eu me divertia". Mas agora eu sei que ele tinha você..

— Ele não me tinha, Rin. Ficamos algumas vezes e só. Eu não era alguém em que ele confiava pra falar sobre sentimentos ou dos problemas dele.

— Você disse que vocês ficaram à quase dois anos, na floresta.. — Fiz uma pausa para respirar fundo — Encontrei ele à quase dois anos também na floresta perto da vila.

— Eu sei, vi vocês. — Disse ela com cuidado

— Foi naquele dia, então?

— Foi. — Ela assentiu — Sinto muito por vocês, é sério.

— Ta tudo bem, eu já superei. — Menti

— Então por que está na casa dele?

— Só.. arrumando.

Ela levantou do sofá e caminhou até a porta.

— Não minta pra si mesma. Nós duas sabemos que ele ainda ama a você e seus filhos.

— Como você...

— Só preciso ter dois olhos pra enxergar que a Aya é a cópia feminina perfeita do Obito. E casa esteja se perguntando como eu os conheço; Kushina os levou ao escritório do Hokage algumas vezes, e seus filhos adoram falar da mãe médica. — Ela abriu a porta — Foi bom conversar com você.

— Igualmente. — Consegui sorrir pra ela antes que ela se fosse e a porta fechasse

Agora eu tinha mais um dilema, e mais uma vez era sobre o Obito.

Era perigoso demais pra mim, me contar que era tudo uma missão, que ele voltaria, mas não foi perigoso transar com a Tatia a céu aberto.

A única conclusão a chegar é que; o Obito não fez nada por amor, ele não foi embora para me proteger por que me amava, por que queria um futuro comigo. Ele se foi por que a vila toda corria perigo, eu não era especial.

Não sei por que isso ainda dói tanto. Já fazem quatro anos.

Depois de arrumar tudo e pegar as coisas das crianças, saí de lá e levei tudo para o meu apartamento que agora parecia pequeno demais.

Tomei um banho longo e quente, coloquei uma calça de couro preta e uma blusa branca. Cotoveleiras e luvas de couro também. O colete verde que usamos em missões e os sapatos.

Prendi meu cabelo, que estava cumprido, em um rabo de cavalo alto.

Exatamente as 23:30 eu estava no escritório do Minato, assim como; Kakashi, Guy, Jiraya, Tsunade e Tatia.

— Vou atualizar vocês, já que a maioria não sabe o que realmente aconteceu para que o Obito se juntasse ao nosso inimigo. — Minato sensei começou

Lancei um olhar para o Kakashi que perguntava se ele sabia do que o Minato estava falando, ele entendeu e balançou a cabeça negativamente.

— Durante esses quatro anos em que o Obito esteve fora. Ele mandava relatórios constantes sobre o Zetsu, seus planos e esconderijos. — Disse Minato — Nesse momento Nagato, Yahiko e Konan, já estão fazendo buscas pelos esconderijos em busca do cadáver de Madara Uchiha.

Olhei para o Jiraya.

— Você sabia..? — Perguntei

Ele ficou em silêncio. Tsunade o olhou igualmente perplexa.

— Rin — Minato chamou minha atenção — Missão primeiro.

— É muito fácil pra você falar isso, quando não é o seu filho que cresceu sem um pai, você não passou mêses ouvindo perguntas e tentando achar a uma forma de falar que o pai dos seus filhos nunca iria voltar, por que ele era a droga de um traidor! — Minha voz permanecia baixa, mas o ódio mas palavras gritava

— Rin.. — Tsunade se fez mais próxima de mim

Kakashi veio até mim e passou o braço por sobre meus ombros. Coloquei as mãos no rosto e me virei para ele, afundando em seus braços. Kakashi me envolveu em um abraço apertado, enquanto eu tentava conter as lágrimas.

— A Rin devia ficar. — Disse Tatia, fazendo com que todos a olhássemos — Se ela achar que não está em condições de ir, é claro.

— Você quer ficar? — Kakashi segurou meu rosto me fazendo olhar para ele

Eu não tinha abraçado muito o Kakashi nos últimos anos, apesar de sempre passar bastante tempo com ele quando vinha para a Vila.

Me afastei do Kakashi antes de falar:

— Não. Eu posso ir — Limpei meu rosto rapidamente — Desculpa, sensei. Pode continuar.

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Vim saber o que vocês estão achando da história até aqui. Eu gosto de ler suas opiniões e aderir à sugestões, assim a fanfic fica mais ao gosto de vocês.
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