O começo da verdade - Cap 7

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Rin Nohara

11° mês.
     "Nossos filhos são maravilhosos, eu estou tão feliz mesmo com as dificuldades de ser mãe.
     É desafiador cuidar de dois bebês, mas eu tenho ajuda.
     Nunca mencionei isso aqui, mas eu tenho saído com um cara, o Yuri, ele é meio idiota as vezes, mas ele se esforça pra que eu goste dele."

12° mês.
     "Achei que tivesse visto você na janela da sua casa hoje.. É, eu ainda vou lá, agora levo as crianças e elas amam ficar lá.
     Não sei se estou ficando maluca ou se você estáva realmente lá.. Se você ao menos tentasse conversar comigo, eu provavelmente te perdoaria, por que eu ainda te amo."

     "Já faz um ano, eu provavelmente deveria parar de vir na sua casa. Não é muito saudável continuar alimentando a esperança de que um dia eu vou abrir essa porta e você vai estar me esperando. Eu vou me mudar e por isso vou deixar meu caderno aqui, caso o encontre algum dia, me avise.. Vou tentar escrever mais quando voltar."

Hora de me mudar, estou a muito tempo vagando por vilas no país do Chá com a Tsunade. Decidimos ir para a vila da chuva por ser mais perto de Konoha e também estamos com a ideia de abrir um consultorio médico daqui à um tempo talvez.

Peguei os gêmeos e fui para a minha casa, as malas já estavam prontas e Jiraya estáva a minha espera.

— Tsunade me mandou pra ajudar você com a bagagem... - Ele explicou

— Ela comentou que você vai com a gente, eu acho até que ela deu a ideia de nos mudarmos permanentemente para a vila da chuva para ficar perto de você, já que você passa tanto tempo com o Nagato e os outros.

— Bom.. eu torço pra que tenha sido por mim. - ele sorriu

— Eu sei que foi.

*

A vila da chuva é muito fria, chove o tempo todo, isso pode acabar fazendo mau para as crianças, mas como sou médica vou fazer de tudo para mantê-los saudáveis.

Chegamos aqui poucos dias atrás e eu acabei conhecendo um cara novo, ele se chama Noah, mas não somos muito compatíveis. Meus filhos estão tentando se adaptar, Aya ficou gripada, mas já melhorou, Ben ainda não adoeceu, o que é um bom sinal.


                                  •

Sempre que voltava para a vila procurava uma maneira de ir sozinha à casa do Obito e escrever. Escrevia sobre tudo, mas parei de colocar as datas depois de um tempo. Relatava minha vida na vila da Chuva, falava sobre meus encontros não tão secretos com o Noah ou o Yuri. Escrevia tudo o que eu tava sentindo e pedia desculpas sempre que dormia na casa do Obito e acaba vestindo uma camisa dele e...

Depois de um tempo eu comecei a aceitar que não o veria de novo, mas aí eu o vi na floresta e ele não foi nada gentil comigo e nem pareceu feliz em me ver. De todos os reencontros que eu havia imaginado, aquele era tão pior.

Mas eu tentei, tentei seguir em frente. E quando eu achava que estava indo bem, me pegava na casa dele com outra camisa.

O treinamento com a Tsunade Sensei sempre conseguia me distrair por completo, mas quando eu chegava em casa e meus filhos vinham me abraçar... Eu tinha a esperança de ver o Obito de novo, aquela era a família que eu sempre sonhei em ter com ele.

                                    •

Algumas horas antes da luta...

— Mamãe, os olhos de Ben estão pretos de novo! — Aya veio avisar

Levantei rápido do sofá em que estáva sentada e corri para o meu quarto onde Ben estáva deitado.

— Você ta melhor, meu amor? — Sentei na beirada da cama e passei a mão por sua testa que estáva quente

— Minha cabeça está doendo, mamãe. — Disse Ben

Coloquei a mão sobre sua cabeça e usei meu ninjutsu médico para aliviar a dor.

— Fecha os olhos e tenta dormir um pouquinho.

O telefone tocou e Aya correu para atender enquanto eu ainda mantinha minha mão na testa do Ben.

Logo Aya voltou.

— É o vovô. — Disse Aya

— Cuida do seu irmão pra mim? — Levantei

— Não preciso de cuidados. — Ben resmungou

— Claro, mamãe. — Aya sorriu

Fui até a sala e peguei o telefone fixo.

— Minato-sensei? — Falei

— Rin, tem algo que eu preciso te contar e é sobre o Obito.

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Feliz natal leitores-chan ❤

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