Verdades que eu não sabia - Cap 8

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Rin Nohara

Meu coração congelou. Não consegui responder e acho que o Minato percebeu isso pois ele voltou a falar.

— Primeiramente eu quero pedir perdão. — Ele começou — Obito não saiu da vila para se aliar ao Zetsu e eu sabia disso. Foi tudo um plano.

— Foi.. um plano? — Minha voz estáva trêmula

— Ele mandava informações sobre o Zetsu.

— E por que eu só estou sabendo agora?

— Não podíamos comprometer a missão, Rin. Você o amava demais para permitir que ele se arriscasse tanto.

— Você acha que eu sou tão egoísta ao ponto de comprometer uma missão importante por amor? — Não permiti que as lágrimas caíssem

— Não, mas eu conheço vocês. Obito ia dar um jeito de ter encontros com você, e ao primeiro sinal de perigo você iria correndo ajudar o Obito.

— Como você pôde esconder isso de mim..?

— Rin, me perdoa. Mas como Hokage, eu preciso fazer sacrifícios.

Mordi o lábio inferior com força para reprimir as lágrimas.

— Ta me contando isso por que ele está em perigo né?

— Ele disse que precisariamos atacar hoje a meia-noite.

— Quem mais sabia? — Perguntei

— Missão primeiro, explicações depois. — Ele suspirou — Esteja no meu escritório ás 23:30.

— Ta bem.. — Não foi saiu alto que um sussurro

— Eu me odeio por não ter te contado antes. Espero que você nos perdoe.

— Tudo bem, sensei.

Depois de uma despedida cheia de desculpas, eu desliguei e fiz uma ligação para a tia Kushina pedindo para que ela cuidasse dos meus filhos enquanto eu estava fora. Depois de levá-los lá, eu me despedi dela e saindo de lá fui para a casa do Obito.

Todo mundo mentiu pra mim. Por quatro longos anos, deixaram que eu sofresse, deixaram eu afundar nesse poço de sentimentos ruins, de insegurança e abandono. Eu me senti usada e descartada, quando na verdade o Obito estava me protegendo, protegendo a todos nós. Mas ele também foi um mentiroso, me deixou imaginar um futuro que nunca iria existir.

A promessa de amor, ela não existia mais, "nós" não era mais eu e o Obito. As coisas mudaram, mesmo que eu ainda o ame com todo o meu ser, não fomos feitos para ficar juntos.

Tirei tudo que era meu e das crianças daquela casa, tudo menos um novo porta-retrato com uma foto dos gêmeos ainda bebês.

Eu não voltaria aqui denovo, não com o intuito de me distrair ou ficar sozinha, o Obito voltaria e eu não estava preparada pra isso. Não sabia o que iria falar, se ia ficar feliz ao vê-lo denovo, ou se ia me afogar em lágrimas quando ele falasse que não queria mais nada comigo.

Dei uma arrumada básica na casa. Não chegou a ser uma faxina, mas agora estáva tudo limpinho e pronto pra receber o Obito. Eu nem sei por que meu coração tá tão feliz com a ideia de ver ele novamente.

Assim que eu sentei em uma poltrona pra descansar um pouco, batidas na porta me fizeram levantar em um salto. Meu coração congelou e eu senti... senti aquele frio na barriga, aquela esperança que eu sempre tive e deixei escondida.

Caminhei até a porta e abri rápido, mas para a minha tristeza, era a Tatia. Uma shinobi que já foi em duas missões comigo antes de eu ir morar na vila da Chuva, mas não trocamos nem cinco palavras em todos esses anos.

— O que você...? — Comecei a pergunta, mas não estáva mesmo interessada na resposta

— Vi as luzes acesas e achei que o Obito podia ter voltado. — Ela explicou

Eu posso não morar mais na vila da Folha, mas eu sei muito bem que a Tatia veio de outra Vila e foi recrutada mêses depois de o Obito ter ido embora, então obviamente ela não o conhecia. A não ser que o tenha conhecido em alguma missão, ou... ou depois que ele já tinha ido embora.

— Não, eu passei pra limpar a casa. — Falei

— Que gentil da sua parte. — Ela me ofereceu um sorriso amigável

— Achei que você não conhecia o Obito.

— Você é muito confiável segundo o Hokage, então eu acho que posso te contar como eu o conheci, se estiver interessada.

— Eu estou. — Sorri também

Abri espaço para que ela entrasse. Sentamos no sofá então ela começou a dizer;

— Na maioria das vezes, era eu quem pegava os pergaminhos contendo as informações sobre o Zetsu e tudo o mais. Então depois de algumas missões eu comecei a puxar assunto , mesmo que ele não gostasse muito de mim.

— Então ficaram amigos?

Podia ter sido eu.. a pessoa que pegaria as informações, conversaria com ele... Mas se o Minato-sensei designou ela para essa função, então deve ter sido o melhor. Pelo menos ele teve alguém com quem conversar.

— Sim e não. Como eu disse; ele não gostava muito de mim. Mas no primeiro ano depois que ele foi embora e eu comecei a ter esses breves encontros e conversas, então... Ah, eu não sei se divia te contar isso, me falaram que vocês foram namorados.

— Foi há muito tempo. Se sentir-se avontade pra falar, eu gostaria de ouvir.

— Tudo bem.. — Ela respirou fundo

Então começou a falar.

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Feliz 2022 meus leitores-chan ❤❤

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