Motivação part.2

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Após pensar por um segundo nos prós e contras, me decido por fim e falo:

-E se eu treinasse vocês?-

Silêncio. Elas olharam para mim como se eu dissesse a coisa mais absurda do mundo e eu até concordo com elas um pouco, mas não demonstro isso.

-E como você faria isso Elora?- pergunta Anne que estava junto ao grupo apenas ouvindo.

-Não nos leve a mal Lora, sabemos que treina escondida mas nos ensinar é diferente e você nem mesmo sabe corretamente.- diz Marie com tristeza na voz.

-Fora que você seria punida por seu pai, somos gratas a você por muito e não podemos deixar que seja castigada por nossa causa novamente.- diz Louise.

Meu coração aquece vendo a preocupação delas. É verdade, já fui punida muitas vezes por meu pai por ter ajudar a maioria delas mas eu nunca me arrependi. Olho para Louise e lembro do dia em que a ajudei dois anos atrás.

~🌼~

Eu estava treinando longe tarde da noite quando ouvi o grito desesperado de uma fêmea vindo do norte. Parei tudo que estava fazendo e andei com cautela em direção ai grito e quando cheguei lá me escondi atrás de uma árvore para observar a cena melhor.

Um macho estava prendendo uma fêmea de cabelos castanhos contra o chão usando uma mão enquanto a outra usava para rasgar o vestido da mesma enquanto ela se debatia tentando sair. Mas não ia conseguir, ele era um soldado treinado e ela apenas uma fêmea fraca e sem forças.

-Fique quietinha querida, garanto que irá gostar.- disse o desgraçado enquanto rasgava o vestido dela.

-Não, por favor.. pare- diz chorando desesperada.

-Calminha, logo logo fica bom, sim?- diz enquanto passava a mão por seu corpo de forma nojenta.

Bile subiu em minha garganta e raiva tomou minha mente. Como ele ousa tentar pegar uma fêmea a força? Quem ele pensa que é para achar ter direito algum sobre ela?

Antes de pensar meu corpo agiu primeiro e corri até eles, tão rápido que o macho não percebeu minha aproximação até sentir meu pé em seu rosto. Ele foi jogado de cima da fêmea e atordoado se levantou e me olhou.

-Vai pagar por isso, vadia.- rosnou ele.

Sorri.

-Vou te mostrar o que essa vadia pode fazer com filhos da puta como você.- eu disse.

O macho rosnou novamente e avançou tentando acertar meu rosto mas eu já havia previsto seu movimento e esquivei jogando o cotovelo em sua costela e ouvindo o barulho dos ossos que quebraram.

Ele deu um grunhido de dor e sacou uma adaga avançando novamente e quando foi dar um golpe com a adaga e eu desviei ele mudou a direção em último minuto e por pouco não desvio a adaga assim ganhando um corte na mão já que usei a mesma para desviar a adaga do meu estômago. Solto um chiado de dor e digo:

-Ok, chega de brincar.-

Ataco novamente e o macho fica tão surpreso com minha habilidade que trava por alguns segundos e eu aproveito sua abertura para soca-lo no rosto fazendo com que tropeçasse para o lado e logo em seguida giro e acerto um chute na lateral de sua cabeça fazendo assim que perdesse a consciência.

Ofegante e com a mão ardendo, me viro para a fêmea que se arrastou até uma árvore a caminho até ela com as mãos erguidas em um pedido de calma. Chegando a cinco passos dela eu me ajoelho em sua frente e com a voz calma e controlada falo com ela.

Corte de vôos e sombras. [Hiatus]Onde histórias criam vida. Descubra agora