- Pessoal, chegou a hora de ir atrás do meu real inimigo e acabar com isso, de uma vez por todas! Disse para todos, prestes a sair em busca de Luísa.
- Senhorita Stephanie, leve isso com a senhora, me falaram que a senhorita sabe usar. Disse Ramon, me entregando um arco um pouco resistente, junto a flechas do mesmo, as colocando em minhas costas colocando a espada na bainha de volta, segurando o arco puxando a corda do mesmo.
- Vamos acabar com isso, assim como começou, com um arco e flecha! Disse, me virando para seguir Luísa.
- Ster nós iremos com você, essa luta também é nossa! Disse Floky, junto aos outros que estavam focados em me ajudar.
- Certo, vamos sem demora então! Disse a eles e então, logo todos corremos para a ponte dos mercadores, passando pelo portão que estava aberto, seguindo estrada a frente para fora do reino, conseguindo ver Luísa fugindo mais a frente.
- Me peguem se puder, crianças ridículas! Gritou a mesma, se multiplicando em cinco aparentemente usando algum feitiço ou bruxaria, cada uma entrava na floresta fora do reino, seguindo em direções diferentes.
- Se dividam! Se a encontrarem a certa, matem!! Disse a todos, seguindo a Luísa que entrou no meio de todas, enquanto Floky transformava Tim e Louis em humanos, para assim terem mais chances de vencer, os três junto a Anabel se dividiram, com cada um perseguindo uma Luísa, sabendo que apenas um de nós estava com a certa, enquanto corria atrás da mesma o céu se escurecia e a noite começava a surgir.
- O que foi princesa? Corra mais rápido! Disse a mesma, rindo enquanto corria.
Um pouco irritada, apertei os paços correndo mais rápido, conseguindo me aproximar um pouco, pegando uma flecha apontando para a mesma enquanto corria. – Você não pode fugir da minha flecha. Disse para mim mesma, correndo o máximo que conseguia, soltando a flecha levemente que disparava rapidamente, acertando a costela de Luísa, perfurando a mesma que caia no chão, caindo em uma ladeira de estatura média, porém perigosa para descer, me aproximei da beira para ver se a mesma havia caído morta.
A mesma tirava a flecha de sua costela, gritando por conta disso. – Sua pirralha maldita! Disse a mesma, correndo com dificuldade um pouco fraca.
- Como posso descer? Me perguntava vendo a beira, percebendo que mais ao lado era possível descer sem correr risco de cair, correndo nessa direção para não deixar que Luísa fugisse. Enquanto corria, o local ficava mais escuro e o sangue de Luísa deixava rastros no chão, parando em meio as árvores, ao ficar confusa de qual caminho deveria seguir. – E agora? Me perguntava, lembrando do que a Banshee havia dito, olhando para cima percebendo que todas as árvores, tinham seus galhos maiores apontados para uma só direção, seguindo pela mesma direção o mais rápido que conseguia, chegando a beira de um lago que refletia a luz do luar, vendo Luísa caída, desmaiada no chão e a Banshee sentada embaixo de uma árvore ao lado. – Banshee..
- Enfim, nos encontramos princesa. Disse a Banshee se levantando, caminhando devagar até mim.
- Dimos.. meu tio, ele pediu que eu a encontrasse, por que? Perguntei a ela.
- Ah sim, a Pedra sublime, chegou o momento certo. Disse a mesma, pegando uma pequena pedra, parecendo uma pérola de estatura média, com coloração verde, que brilhava constantemente, entregando para mim. – Ela pertencia ao seu avô, que passou para Dimos, que deixou com Eratos e agora, é sua. Explicou a mesma.
- Para que ela serve? Esse é o ultimo pertence? Perguntei a ela.
- Sim querida, para usá-la você precisa segurar a pedra em uma mão e tocar na pessoa que deseja com a outra, só assim você vai explorar a mente da pessoa, caso a pessoa esteja morta ou longe, você pode usar um objeto que pertence a pessoa na qual quer usar e assim, verá o que ela esconde ou seu passado. Mas para isso, você precisa ter em mente o que deseja saber e apenas peça a pedra, mostrar os segredos daquela pessoa e enfim, saberá a verdade princesa. Disse a mesma sorrindo. – Use a primeiro com o anel e depois... Disse a mesma, apontando para Luísa que estava desmaiada.
- Ok, ok... Peguei o anel e segurei o mesmo em uma mão, segurando a pedra na outra, enquanto a mesma brilhava fechei meus olhos e respirei profundamente, focando no que mais queria saber. – Mostre me seus segredos. Disse, enquanto a pedra emitia um brilho forte, refletindo em toda a floresta. – Me leve para dezesseis anos atrás! Gritei, enquanto a luz brilhava como o sol, me levando para um outro local, para um outro tempo.
Segredos de Dimos
Abri meus olhos lentamente e percebia que estava caída na ponte que leva até o castelo, me levantando devagar, percebendo que estava de tarde e o Reino parecia feliz e alegre, comemorando alguma coisa. – Eu, eu voltei no tempo? Perguntei a mim mesma, percebendo que minha voz estava totalmente distorcida, que minha coloração estava meio cinzenta, me aproximando da beira do local colocando as mãos na ponte, percebendo que a mesma passava pela beira como um fantasma. – Eu não posso tocar em nada? Bom, até que faz sentido para mim. Disse para mim mesma, observando que duas pessoas estavam sentadas em cima de uma carruagem, passando pelo reino que estava em festa, parecendo que a carruagem estava vindo para a ponte em direção do castelo.
Alguém encostava ao meu lado na ponte com os braços cruzados, com uma voz um tanto decepcionada. – Como pode ser tão burro Eratos?
- Espera, eu conheço essa voz. Disse me virando para a pessoa, vendo que era Dimos um pouco mais jovem, que olhava para a carruagem com um olhar meio abatido. – Então, aquele é....
- Vida longa ao rei e a rainha! Vida longa a princesa Stephanie! Gritavam todos, enquanto percebia que Luísa estava sentada em cima da carruagem, acenando para todos com um bebê no colo e ao seu lado... Seu cabelo era ruivo como o meu, pele branca com várias sardas no rosto, olhos azuis, de estatura média e sorridente, o mesmo usava uma capa branca e sua roupa era repleta das cores azul e dourado. – Pai... Disse, o observando.
- Eu duvido que ele irá parar... Disse Dimos olhando para a carruagem, enquanto eu o olhava e direcionava meus olhos para a carruagem novamente, percebendo que a mesma passava por Dimos, o ignorando, indo em direção ao castelo. – Eu sabia. Disse Dimos, atravessando meu corpo, indo na direção do castelo, o mesmo entrava no estábulo acariciando um cavalo de estatura grande. – Mór, você é uma das poucas pessoas que confio.. Disse o mesmo acariciando o grande cavalo branco, o beijando, abraçando seu pescoço.
- Que linda! Disse, ao ver o enorme cavalo branco.
- Vamos para outro lugar, você precisa ir para um local mais calmo. Disse Dimos para Mór, que era como ele chamava o cavalo, Dimos subiu em cima do mesmo e correu na direção da floresta, saindo do reino, segui o mesmo correndo em sua direção, Dimos parava na floresta encantada e descia de Mór, passando a mão em sua cabeça. – Já pode se mostrar como você é, não tem ninguém aqui. Disse o mesmo.
- Eu já estava cansada desse disfarce. Disse o cavalo, me fazendo arregalar os olhos de espanto ao ver que o cavalo ficava maior, com pelos em seus cascos, um enorme cabelo e o que mais me chocava, um enorme e belo chifre aparecia em sua testa.
- Um, um unicórnio! Disse de boca aberta, observando a cena.
- Me desculpe, fazer você me carregar nessas condições.. Disse Dimos, se dirigindo em direção de onde ficava minha casa.
- Tudo bem Dimos, nós somos amigos, não gostaria de deixá-lo vir andando. Disse a mesma, ambos passavam próximo a onde futuramente iria morar, os dois paravam em frente a onde Louis ficava, porém, Mór não passava pela parede da ponte dos mercadores, como Louis sempre fazia.
- Apareça. Disse Dimos, tocando na parede, abrindo um buraco grande onde Mór entrava no mesmo, sendo um local aberto, como uma caverna média. – Eu me escondia aqui, quando eu era pequeno..
Mór deitava no chão, aparentemente prestes a dar a luz, pois sua barriga estava bastante grande. – Ela, ela é a mãe de....
- Louis, esse será o nome do meu bebê. Disse Mór com um sorriso, enquanto Dimos dobrava as mangas de sua camisa, para assim ajudar no parto.
O parto de um unicórnio é extremamente curioso, eles não gritam de dor, envés disso sangram constantemente e um forte brilho, é emitido de dentro de seus corpos e depois de um tempo, nasce o doce bebê que aparece com uma bolsa em sua volta, como se fosse uma bolha e ao estourá-la, o bebê começa a abrir seus olhos pela primeira vez e assim, uma vida chega ao mundo. Me agachei próximo a Louis, vendo Dimos segura-lá no colo. – Bem vinda ao mundo amiga. Disse, sabendo que ninguém estava me ouvindo, sorrindo enquanto os olhos de Louis brilhavam.
- Dimos, deixe me ver meu bebê. Pediu Mór, Dimos se aproximou da mesma, colocando Louis deitada próximo a seu rosto. – Louis, esse é o seu nome. Disse a mesma sorrindo.
- Eu deixarei vocês aqui, eu colocarei um feitiço que apenas unicórnios, poderão entrar e sair daqui, então seu bebê estará fora de perigo, está bem? Explicou Dimos a ela, saindo do local, enquanto sai junto do mesmo, que colocou a mão em direção a caverna e disse algumas palavras sussurrantes, logo a parede se fechava como mágica.
- É por isso, que eu não consigo entrar. Disse para mim mesma.
- Agora eu preciso voltar, alguém precisa de mim. Disse Dimos fechando suas mãos, correndo em direção do reino, comigo correndo atrás do mesmo.
- Por que vocês precisam correr tão rápido em? Reclamei, correndo atrás do mesmo um pouco cansada, entramos no reino novamente. Já de noite, as pessoas estavam dentro de suas casas, cansados por conta da grande festa e comemoração, aparentemente por conta da coroação, Dimos se dirigia ao castelo, chegando ao mesmo.
Ao entrar no castelo, o mesmo subia as grandes escadas de cabeça baixa. – Onde você foi? Perguntou Eratos, que esperava Dimos sentado em um dos degraus, olhando as grandes janelas de vidro, que ficam acima da porta do castelo, onde é possível ver as estrelas, lua e luz do sol.
- Irmão, não está descansando com Luísa e Stephanie? Perguntou Dimos a Eratos, se sentando ao lado do mesmo.
Sem que os dois percebessem, sentei ao lado deles, observando o que conversavam. – Luísa está ajudando no jantar, ela está esperando os guardas trazerem uma flor que ela pediu para por na sopa, saíram de manhã para comprar, mas até agora não chegaram, já Stephanie está dormindo, desde que o pai faleceu, eu me pergunto se tem algo errado com esse castelo, é como se nos vigiassem, desde o que aconteceu no vale... Muita coisa mudou. Disse Eratos, um tanto pensativo.
- Irmão, tem algo que eu não lhe contei. Disse Dimos, fazendo Eratos olhar para ele curioso. – No dia em que Shurra... no dia em que o pai morreu, Luísa ficou um tempo em seus aposentos.
- O que você está querendo dizer Dimos?! Luísa, jamais...
- Eratos me ouça, você sabe que não é a primeira vez, não há nada suspeito nela para você? Perguntou Dimos, questionando Eratos.
- Claro que sim, mas... Você está me dizendo isso apenas porque a ama, apenas porque ela me escolheu envés de você. Disse Eratos, um pouco alterado.
- Irmão, querer me colocar contra você é um jogo dela, me ouça, encare a realidade, não pode ouvir sempre o seu coração, quando tudo aponta que ele está errado! Disse Dimos se levantando, segurando na roupa de Eratos, Dimos aproximava seu rosto de Eratos, sussurrando algo em seu ouvido por alguns minutos, o mesmo ficava com uma expressão abatida, meio pensativo.
Eratos olhava para o lado, percebendo que Luísa tinha se aproximado. – Afronta, saia daqui! Agora Dimos! Gritou Eratos, apontando para as portas do castelo irritado, aparentemente sabendo que Dimos estava certo, fazendo uma atuação no momento.
Dimos olhava para o lado de relance, sem mexer sua cabeça, entendendo o que Eratos queria dizer. – Tudo bem irmão, como queira. Disse Dimos, descendo as escadas com um sorriso no rosto, aparentemente conseguindo convencer Eratos, que se dirigia até seu quarto, enquanto Luísa ficava a beira da escada, observando Dimos sair do castelo com um olhar meio sério, logo se dirigindo ao seus aposentos como Eratos.
- O que eles vão fazer? Me perguntei, seguindo Dimos, o mesmo parava vendo que alguns guardas paravam uma carruagem, com apenas uma bolsa cheia de mantimentos, os guardas pegavam uma flor da bolsa e entravam para dentro, enquanto Dimos percebia o que estava prestes a acontecer, ao perceber que flor era aquela.
- Confio que descobrirá irmão. O mesmo caminhava em direção a ponte. – Carregarei em minhas costas sete reinos e a eles darei glória, pela memória de cada rei que caiu, para punir cada traidor que os traiu e cada ancestral! Disse Dimos, caminhando até a ponte parando no centro dela em pé, sacando sua espada, ficando em posição de luta. – Venha exército, eu impedirei que passem dessa ponte. Disse o mesmo, enquanto ficava atrás dele vendo tudo o que acontecia.
Após se passar algum tempo, Dimos continuava parado na ponte e misteriosamente, vários guerreiros com roupas dos soldados de Lacus, se aproximavam em grande quantidade, conseguindo entrar no reino sem entrar em combate, parados em frente a ponte. – Nós não queremos matar ninguém Dimos, apenas saia de nossa frente e nos deixe matar o rei e talvez, pouparemos sua vida, se Luísa assim ordenar. – Disse um dos guerreiros, que me parecia familiar.
- Vocês não são dignos de usarem a roupa do exército de Lacus, se quiserem avançar, vocês terão que lutar. Disse Dimos, preparado para lutar com todo aquele exército, que avançavam sobre ele, o mesmo corria na direção do exército e golpeava cada guerreiro, desviava de cada golpe, de um jeito rápido e cauteloso, como nunca vi antes! Um só homem, lutar com um exército inteiro, sem levar um golpe sequer, sempre com o olhar focado e sério, penetrante nós olhos de quem o olhar, enquanto no castelo um grito de bebê ecoava, sendo possível de se ouvir, a quem estava na ponte. – Stephanie.. Disse Dimos se distraindo, enquanto um dos guerreiros golpeava o mesmo na perna, fazendo Dimos cair e todos passarem por ele.
- Ignorem esse inútil, avancem! Matem todos que não quiserem passar para o nosso lado! Disse o guerreiro tirando seu capuz, logo o reconheci, o mesmo era ninguém mais que Fang, que falava por todos aqueles guerreiros.
- Aonde pensam que vão? Perguntou o atual pai de Anabel, general de meu pai naquela época, que logo atrás estava com vários guerreiros, todos que futuramente foram presos.
- Twest! Gritou Dimos para o pai de Anabel, que entrava em combate junto a todos na ponte.
- Avance meu senhor, nós iremos cuidar deles! Gritou Twest.
- Obrigado amigo! Gritou Dimos, se levantando mesmo com um corte na perna, correndo para dentro do castelo, comigo correndo atrás do mesmo. Dimos chutava as portas do castelo, entrando no mesmo, enquanto guardas que se escondiam dentro do castelo, lutavam com verdadeiros guerreiros de Lacus, Dimos subia as escadas com pressa e em cada cômodo que passávamos, lutas aconteciam. – Esteja vivo irmão! Gritou o mesmo chutando a porta do quarto de Eratos, entrando dentro do mesmo, percebendo que estava vazio. – Stephanie! Disse o mesmo, olhando no berço que também estava vazio. Dimos saia do quarto e corria, entrando em todos os cômodos e locais a procura de mim e de meu pai, chegando até a sala do trono, onde Stephan estava segurando me segurando.
- Senhor cuidado! Disse Stephan, assistindo Luísa lutar com Eratos.
- Me envenenar? Não há nenhum jeito melhor de me matar Luísa?! Gritou o mesmo para Luísa, desviando de seus golpes, enquanto ambos batiam suas espadas, uma na outra, em constante movimentação.
- Até que você percebeu no último instante, achei que você realmente era burro e morreria, achando que eu o amava. Disse Luísa, dando gargalhadas constantes.
- Irmão! Gritou Dimos, se aproximando de Stephan.
- Meu senhor, a princesa ela... Disse Stephan preocupado comigo, que estava dormindo, um pouco quente.
- Tudo bem amigo, cuide da nossa pequena, Disse Dimos sorrindo para Stephan, acariciando a minha cabeça, correndo até Luísa, tentando golpeá-la junto a Eratos.
- O que é isso, dois contra um? Que injusto. Disse a mesma enquanto ria.
- Nós somos seus oponentes, você não é mais uma Lacrun. Disse Dimos ao lado de Eratos.
- Lacrun? Que ridículo! Disse a mesma, se dividindo em quatro, sendo duas para cada um.
- Força irmão. Disse Dimos, batendo seu punho nos punhos de Eratos, com ambos levantando suas mãos para cima lado a lado. – Por Lacus! Gritaram os dois juntos, enquanto observava tudo, agoniada por não poder fazer nada.
Uma das cópias de Luísa corria na direção de Dimos, tentando golpeá-lo, enquanto Dimos desviava de seus golpes. – O que é isso? Disse a mesma rindo, conseguindo chutar a perna de Dimos onde estava machucado, com o mesmo caindo no chão pela surpresa e dor, Luísa aproveitava para tentar golpeá-lo na cabeça, levantando sua espada prestes a atacá-lo e no mesmo instante, meu eu do passado que estava dormindo no colo de Stephan, começava a chorar, fazendo Luísa olhar em minha direção.
- Obrigado querida. Disse Dimos com um sorriso no rosto, desviando do golpe, golpeando aquele clone no pescoço, arrancando a cabeça da mesma que logo virava pó, com a outra réplica de Luísa se aproximando do mesmo.
Ao lado, Eratos lutava com Luísa, que o provocava cada vez mais. – Ridículo, quem amaria alguém como você, alguém como Dimos? Disse a mesma rindo, enquanto desviava dos golpes de Eratos, que ficava cada vez mais alterado.
- Limpe a sua boca para falar de meu irmão! Disse o mesmo, cortando o ombro de Luísa, com a mesma se afastando um pouco, dando risadas constantes.
- Você vai pagar Eratos, vai pagar por me fazer passar tanto tempo ao seu lado, vai me pagar por me fazer sujar as mãos com aquele velho! Disse a mesma, admitindo que teria matado meu avô.
- Vovô... Ela também... Disse espantada.
- Pai... Você também.. Eratos teve a mesma reação, com um olhar de fúria. – Luísa! Gritou o mesmo, tentando golpeá-la, enquanto a mesma era acertada, mas virava pó por se tornar um clone.
- Não é seu dia Eratos. Disse a mesma rindo, aparecendo atrás de Dimos, prestes a golpear as costas de Dimos.
- Não!! Gritou Eratos.
- Não!! Gritei, pegando meu arco por impulso, apontando para Luísa com extrema raiva e focada, soltando a flecha que cortava a mão da mesma de raspão.
- O que?... Disse a mesma soltando a espada, olhando na direção do disparo, a mesma olhava para o outro lado, vendo que uma flecha estava no chão.
- A Pedra... Disse Dimos sorrindo, se virando logo dando um soco no rosto de Luísa, a derrubando no chão.
- Stephanie... Disse Eratos que também estava sorrindo, mesmo que ambos não pudessem me ver.
- Incrível. Disse, olhando o que havia acabado de fazer.
- Isso não ficará assim! Disse Luísa, correndo na direção de Stephan para me matar.
- Luísa! Disse Dimos e Eratos juntos, com ambos prestes a correr na direção da mesma para impedi-la
Dimos golpeava a mesma que virava pó e em questão de segundos, a mesma aparecia atrás de Eratos, penetrando sua espada nas costas do mesmo, atravessando seu peito. – Eratos!! Não!!! Gritou Dimos correndo até o mesmo, o segurando antes de cair, caindo de joelhos junto ao mesmo que soltava sua espada no chão.
- Fim! Disse Luísa começando a rir, batendo em Stephan, me pegando do colo do mesmo, fugindo do local.
- Pai... Disse observando a cena, se aproximando dos dois, enquanto Stephan corria atrás de Luísa.
- Dimos, me desculpe... Disse o mesmo para Dimos.
- Não irmão, sou eu quem preciso te pedir perdão, por favor aguente firme, você não pode me deixar, primeiro foi a mamãe, depois o papai e agora você... Por favor, eu preciso de você, Stephanie precisa de você, pense na Stephanie, se esforce, por ela.. Disse Dimos, chorando apavorado pela situação, segurando no rosto de Eratos que sorria para o mesmo, com seus lábios totalmente roxos e seu corpo gelado, o mesmo tinha sangue escorrendo por sua boca e seus olhos pareciam dormentes.
Eratos olhava um pouco para ao lado, conseguindo ouvir um barulho de choro, sorrindo muito fraco, o mesmo estava olhando na minha direção, que estava de joelhos chorando constantemente, com a mão em minha boca e olhos fechados. – Ah Stephanie, eu gostaria muito de poder ver o seu rosto... Disse o mesmo. – Dimos cuide da minha filha, eu sei, eu não posso te recompensar por nada que você já tenha feito por mim, eu sei que você foi quem mais sofreu, e me desculpe, pois não vou viver o suficiente para te ajudar com seus problemas... Disse Eratos, meio baixo.
- Droga, se você sabe os problemas que tenho, então não me deixe assim irmão, eu irei piorar muito, eu posso estar sendo egoísta, mas não se vá! Eu preciso de você, eu te amo irmão, não vá... Dimos implorava a Eratos, que fechava seus olhos com sua mão no rosto de Dimos.
- Eu te amo meu irmão, ame Stephanie como se fosse um pai, mesmo que distante... Lendas nunca morreram. Disse o mesmo sorrindo. – Por Lacus… Disse o mesmo, levantando sua mão para o alto, que em segundos caia, com seu corpo todo caindo junto sobre o colo de Dimos, que abraçava o corpo de Eratos e gritava, com seu choro agoniante e perturbador, o mesmo estava totalmente em choque, paralisado, gritando, em todo o castelo era possível ouvir, por todo o castelo.
- Senhor... Disse Stephan, ao ouvir os gritos de Dimos, o mesmo abaixava sua cabeça e continuava correndo na direção de Luísa.
- Tio... Tio você precisa reagir, ela está fugindo! Tio! Gritava, tentando fazê-lo me ouvir, sem tocar no mesmo, olhando para minhas mãos, esperançosa que pudesse dar certo, tentando abraçá-lo fortemente, conseguindo sentir seu corpo.
O mesmo parava de gritar e chorava meio baixo, me abraçando, conseguindo me tocar sem que pudesse me ver. – Stephanie... Me desculpe... Disse o mesmo que limpava seu rosto, pegando sua espada e a espada de Eratos, correndo atrás de Luísa, me levantei rápido e corri atrás do mesmo que saia do castelo.
Luísa pegava um cavalo no estábulo, junto a bolsa que antes tinha sido deixado no local, colocando a mesma me segurando em seu colo, correndo a cavalo, passando pela ponte. – Senhor, eu não consegui alcançá-la. Disse Stephan, se culpando.
- Eu a trarei de volta Stephan! Disse o mesmo, correndo atrás de Luísa, passando pelos guerreiros e logo a frente, Mór corria até o mesmo, parando em sua frente.
- Vamos Dimos, nós temos que detê-la! Disse Mór.
Dimos subia em cima da mesma e me arrisquei a tentar fazer o mesmo, conseguindo sentar em cima de Mór, atrás de Dimos. – Tola, deveria ter ficado descansando. Disse Dimos, enquanto Mór logo seguia em direção de Luísa, saindo do reino as pressas, correndo o máximo que conseguia.
- Que estranho.. só tem você e eu aqui, mas parece que outra pessoa, se senta em minhas costas... Disse Mór, me sentindo atrás de Dimos.
- Fique tranquila, ela é amiga. Disse Dimos, sorrindo. – Se você puder me ouvir, escute, a algo maior que Lacus, você é esperta e saberá buscar ajuda, algo ameaça toda Várvagon, eu irei tentar formar alianças, já estou tentando, principalmente com Greenwald, mas não sei se conseguirei, se eu não tiver tido êxito, depósito minha confiança em você, lute, vença todo o mal e aprenda o ritual dos dragões. Disse Dimos, enquanto conseguia ouvir tudo.
- Olha só o que temos aqui. Disse Luísa rindo. – Você trouxe um unicórnio para mim Dimos? Disse Luísa rindo, me segurando no colo.
- Mór, prepare para atacar. Disse Dimos, ficando em pé em cima de Mór, com as espadas em suas costas, se segurando em seu cabelo, a mesma corria e perfurava o cavalo de Luísa com o seu chifre, fazendo o mesmo tropicar e cair, Luísa caia do cavalo, deixando que meu eu caísse de seus braços e antes que caísse no chão, Dimos pulava de Mór me pegando, caindo de costas no chão, impedindo que eu fosse atingida.
- Maldição, como ousa! Disse Luísa, percebendo que algo ou alguém estava junto com Dimos, mas não conseguia ver o que era, pois a mesma não poderia me ver. – Ouça bem Dimos, você pode fazer parte de nós, não precisa morrer em vão. Disse Luísa com as mãos para cima, vendo Mór apontar seu chifre para ela.
- Você fala demais. Disse Mór, correndo para atacar Luísa.
- Flamyn! Gritou Estevan, que saia da floresta ao lado, fazendo todo o corpo de Mór pegar fogo, fazendo a mesma rinchar e se debater, caindo no chão.
- Não! Mór! Disse Dimos apavorado, sem poder se aproximar por estar comigo no colo, enquanto eu observava tudo com meus olhos cheios de lágrimas. – Eu não vou deixar que o encontrem, está me ouvindo?! Disse Dimos se referindo a Louis, sabendo que Luísa queria o sangue de unicórnio, Mór dava seu último suspiro e se contorcia uma última vez, falecendo no local.
- Estevan! Por que usou Flamyn?! Você carbonizou totalmente o corpo dela, não podemos mais usar o sangue, seu imbecil! Gritou Luísa irritada.
- Ora, você não me lembrou disso, queria que eu deixasse ela matar você? Disse Estevan, debochando da situação.
Dimos me segurava em seus braços fortemente, ajoelhado no chão próximo ao corpo de Mór. – Vamos Dimos, me entregue a garota. Disse Luísa.
- Nunca!!! Gritou o mesmo, com seus olhos vermelhos de tanto chorar.
- Isso é idiotice. Disse Estevan. – Hiz! Gritou o mesmo, jogando Dimos para o canto, pegando meu eu antes de cair no chão, me entregando para Luísa.
- Soltem ela, agora!! Disse Dimos, pegando suas espadas.
- Dimos, Dimos, use a cabeça, você sozinho não vencerá, se você não lutar, vamos fazer o seguinte, eu não matarei Stephanie, cuidarei dela e deixarei que acredite que sou uma boa mãe, que seu pai foi morto em um acidente e em troca, você governa o Reino pelas minhas ordens, preciso que você fique no comando e assim, não matarei sua adorável Stephanie. Disse Luísa, me segurando no colo junto com a bolsa.
- E como eu saberei que você está falando a verdade?! Eu nunca deixaria Stephanie com você, se for para morrer, que eu morra lutando! Disse Dimos irritado, ao ver que Dimos iria lutar, me aproximei do mesmo e toquei em seu ombro, com o mesmo sentindo, olhando para trás.
- Essa é sua escolha então? Perguntou Luísa.
Dimos parecia entender o que quis dizer ao tocá-lo. – Eu aceito.... Eu aceito o que você disse, com mais uma condição.
- Qual? Perguntou Luísa.
- Não mate nenhum guerreiro que se negar me servir, pode prendê-los, mas não os mate, qualquer pessoa que for de sua família ou da realeza que não fizer o mesmo, permita-me que eu os deixe em um local afastado. Disse Dimos, pensando no bem de todos.
- Certo, volte para o castelo e haja como se nada tivesse acontecido, prenda todos os guerreiros que se negarem te servir, leve suas famílias e servos que também se negarem ao local onde deseja, você não saberá onde eu e Stephanie iremos ficar, siga o plano e ela viverá e será feliz. Se você for gentil ou fazer o contrário do que eu disser no castelo, eu saberei, adeus Dimos. Disse Luísa se virando, seguindo floresta a dentro junto de Estevan, me segurando no colo.
Dei um leve suspiro e olhei para Dimos, que estava despedaçado pela decisão que tomou, colocando suas espadas nas costas novamente, o mesmo caminhava até o Reino e entrava no mesmo lentamente, ao chegar na ponte, todos paravam de lutar ao se espantarem com o que era dito por Dimos. – Eratos, está morto! A princesa Stephanie e a rainha Luísa foram levadas por bandidos, não havendo sucessor além de mim, eu agora sou seu rei e aqueles que se negarem me servir, serão presos e trabalharam nas pedreiras como escravos. Disse Dimos, a todos seus guerreiros que se espantavam.
Twest se espantavam com o que era dito, extremamente surpreso e irritado. – Como, como o senhor pode falar isso?! Traidor! Gritavam todos os guerreiros, enquanto Dimos abaixava sua cabeça, deixando lágrimas escorrerem pelo seu rosto, sem mostrar isso a todos.
- Fang, prenda todos, não mate ninguém até a segunda ordem. Disse Dimos, com Fang rindo pela situação, prendendo todos que se negaram a obedecer as ordens de Dimos, o mesmo entrava para dentro do castelo, enquanto Stephan estava espantado com o que Dimos estava dizendo do lado de fora, repetindo tudo ao entrar dentro do castelo. – Prenda toda a família dos soldados que não querem me seguir, prenda também todos os servos e pessoas que sabem do ocorrido e as levem para um local em específico, que fica ao leste.
Stephan se aproximava de Dimos e dava um tapa em seu rosto, gritando com o mesmo. – Como você pode?! Gritou o mesmo.
- Devo prender esse também? Disse Fang, prestes a bater em Stephan.
- Não.. deixe apenas ele por aqui. Disse Dimos, subindo as escadas indo até seu quarto, fechando o mesmo, tirando sua camisa, capa e armadura, jogando a espada de Eratos no chão junto a dele, com os cotovelos em seus joelhos, com suas mãos juntas enquanto chorava com a cabeça baixa, o mesmo tremia e parecia ter algum problema psicológico que o atormentava, o mesmo pegava uma adaga, fazendo pequenos e médios cortes em seu braço, perna e peito, enquanto chorava constantemente.
-Tio..... Disse vendo a cena, enquanto tudo começava a ficar preto e branco, caindo no chão, enquanto minha visão se escurecia e tudo se afastava de mim.
Acordando na floresta no momento atual, olhando o anel no chão. – Tio.. Disse para mim mesma, olhando em volta percebendo que a Banshee, já não estava mais no local, pegando o anel o guardando, olhando para Luísa caída no chão. – O último fragmento da história... Disse, ajoelhando ao lado Luísa que estava desmaiada, segurando a pedra firmemente, colocando minha outra mão na testa de Luísa, enquanto a pedra brilhava, a olhando com extrema raiva. – Me mostre o que você esconde! Gritei apertando sua testa enquanto a pedra brilhava novamente forte como o sol me levando para o passado
Segredos de Luísa
Novamente abri meus olhos, caída no chão, me sentando devagar e olhando em volta, vendo uma mesa extremamente cumprida e de pedra, com várias cadeiras grandes e com pontas afiadas, olhando ao redor, percebendo que o local parecia uma grande sala de jantar, ao me levantar percebia que várias pessoas, estavam sentadas nas cadeiras; todos com mantos escuros, cobrindo seus rostos, com apenas a primeira cadeira, que fica de frente para todos estando vazia, me aproximando de todos que ali estavam. – Quem são essas pessoas? Me perguntava, um pouco curiosa.
- Já que estão todos aqui, vamos começar. Disse uma das pessoas, parecendo a voz de uma mulher. – O plano a respeito de Lacus Herba, já está pronto, correto? Perguntou a mulher misteriosa.
- Tudo pronto senhora. Disse uma jovem, olhando para a mesma que era meio familiar.
- Está tudo ok senhora, será como explicamos antes; Luísa entrará no reino, tentará criar conflito entre os irmãos, se casando com um deles e depois matar o rei, após engravidar e antes de dar a luz e então matar os dois irmãos, somente assim destruiremos Lacus Herba. Comentou um rapaz, ao lado de Luísa.
- Muito bem Estevan, ajude Luísa com tudo e se tiverem problemas, sabem o que fazer. Comentou a mulher.
- Eles estão tão novos.. isso faz muito tempo. Comentei comigo mesma.
- Luísa tentará fazer um acordo com um dos irmãos, para que um deles governe Lacus Herba em nome dela, assim teremos tempo para abaixar as defesas do reino e quando menos esperarem, nós iremos dar sinal ao mestre Anzu, para destruir o Reino e assim, Lacus Herba, nunca mais existirá. Disse Estevan, com um sorriso no rosto.
- Esta tudo em ordem. Disse Anzu, com o capuz cobrindo seu rosto.
- Escutem, cada um de vocês deve estar a frente dos planos de destruição de cada reino, mas os principais, são aqueles que temos que acabar o mais rápido possível; Lacus Herba e Greenwald. Se alguma coisa acontecer de errado na destruição de algum reino, nós vamos para o plano maior. Disse a mulher.
- O que querem com Greenwald e os outros reinos fora Lacus? Me perguntava, observando tudo.
- Escutem bem, algumas pessoas ainda conhecem o ritual do dragão, então assim que encontrarmos cada uma dessas pessoas, mate-as, elas são as únicas que podem atrapalhar tudo. Explicou a mulher novamente, junto a todos que sussurravam entre si.
- E o que adianta eles saberem o ritual, são todos fracos. Disse uma das pessoas, com uma voz grossa parecendo ser um homem.
- Cautela é sempre bom, enfim, a uma última coisa e mais importante é sobre o mestre... Disse a mulher.
- Mestre?? Perguntei um pouco alto.
Uma das pessoas se levantava e apontava na minha direção, sentido minha presença de alguma forma. – Temos alguém entre nós! Gritou a pessoa, enquanto todos se levantavam depressa, tirando suas capas, aparentemente preparando para me atacarem.
Arregalei os olhos e me virei de costas rapidamente, sem que pudesse ver os rostos de todos no local, correndo super assustada, percebendo que a pedra em meu bolso brilhava, pegando a mesma rapidamente, a segurando enquanto corria, se abrindo um portal em minha frente, por onde entrava por impulso, logo se fechando. Aparecendo no céu, caindo em uma árvore, batendo em alguns galhos até cair no chão, passando a mão em minha cabeça. – Aí, eu não esperava por isso. Disse me levantando percebendo que estava em Lacus, mas em outra época. – Olha só, parece que eu estou em outro pedaço da história, vamos ver o que mais você fez Luísa. Disse, caminhando até o Reino.
- Esses andarilhos estão chegando a Lacus com muita frequência, o Rei precisa fazer alguma coisa a respeito. Comentava um dos guardas, que estava na frente dos portões do reino.
- Sim, todos parecem ser antigos guerreiros, estão em boa forma e o jeito de andar e agir é diferente, se tentassem entrar para o exército, talvez conseguissem. Comentou o outro guarda.
Passei pelos dois, atravessando o portão, caminhando pela cidade, observando que o local era cheio e movimentado com animação, junto aos gritos dos vendedores e compradores, crianças correndo nas ruas e brincando em quase todos os locais. – O reino era tão feliz. Disse para mim mesma, indo na direção do castelo, chegando a ponte, vendo alguém estava deitado no canto da ponte em posição fetal, parecendo se remoer um pouco, me aproximando da pessoa. – Não pode ser. Disse para mim mesma, que estava surpresa.
- Ei você. Disse alguém, comigo me virando para a pessoa.
- Tio. Disse ao ver Dimos, aparentemente com a idade de um adolescente.
O mesmo se agachava perto da pessoa, que era uma menina, o mesmo passava a mão na cabeça da mesma, percebendo que a garota estava com fome. – Você está com fome? Perguntou o mesmo, enquanto a garota balançava a cabeça. – Como você se chama? Perguntou ele.
- Luísa. Disse a mesma, o olhando.
- Venha comigo, eu vou te dar o que comer. Disse o mesmo sorrindo para Luísa, estendendo sua mão para ela, que a segurava e caminhava com ele até o castelo. – Vamos por aqui, não quero que ninguém nos atrapalhe. Disse Dimos, indo até o estábulo, seguindo por um corredor que levava até a parte do lado do castelo, parando ao lado de uma janela de estatura baixa, abrindo a mesma e passando para dentro, estendendo suas mãos para Luísa. – Venha, eu te seguro. Disse ele.
A mesma segurava suas mãos e passava para o outro lado, fingindo que estava tropeçando, jogando seu corpo para cima de Dimos, que a segurava com ambos caindo no chão, enquanto Luísa olhava Dimos, com seu corpo em cima do mesmo. – Obrigada. Disse ela, passando sua mão no peito de Dimos, por cima de sua camisa. – Você faz exercícios? Perguntou ela.
- Ah, bom.. digamos que sim. Disse ele meio envergonhado, tentando mudar de assunto, se levantando. – Por aqui. Disse ele, virando por um corredor levando a mesma até a cozinha, que estava vazia, o mesmo abria um dos armários e pegava um pote de biscoitos, colocando em cima do balcão. – Pode comer. Disse ele sorrindo, abrindo a geladeira pegando um bolo de cenoura com cobertura de chocolate, colocando no balcão junto a um pudim, que tinha acabado de ficar pronto.
Luísa comia de tudo um pouco, com pressa, como se fosse sua primeira refeição. – Obrigada, obrigada. Disse ela, enquanto Dimos dava risada e a observava comer.
- Aí meu Deus, eu não acredito que você trouxe uma mendiga pro castelo. Disse Eratos, que havia entrado na cozinha naquele exato momento.
- Irmão, espera eu posso explicar, não conte ao pai. Disse Dimos, enquanto Luísa ficava sentada observando tudo.
- Você não precisa dela Dimos, existem concubinas para isso. Disse Eratos, dando risada.
- Ei, não pense besteiras, isso que estou usando não é uma camisola, é apenas um vestido velho e sujo. Disse a mesma, que estava toda despenteada.
- Sei. Disse Eratos, com os braços cruzados.
- Eu a encontrei na rua, ela estava com fome, então decidi trazê-la para o castelo e dar a ela o que comer. Disse Dimos.
- Vai oferecer um banho também? Perguntou Eratos, debochando do mesmo.
- Iria fazer isso agora. Disse Dimos o olhando.
- Serio? Perguntou Luísa.
- Sim, você já quer tomar? Te dou uma toalha. Disse Dimos.
Luísa se levantava depressa, mostrando estar animada. – Sim, sim! Disse a mesma sorrindo.
- Ok, te mostro onde é. Disse Dimos, indo com Luísa em direção do banheiro. – E você, bico calado. Disse Dimos para Eratos antes de seguir, o mesmo parava na frente do banheiro, abrindo o mesmo, checando se havia uma toalha que Luísa pudesse usar. – Pode entrar e usar essa toalha, eu fico aqui no corredor esperando você terminar, está bom? Disse o mesmo.
- Certo, obrigada. Disse a mesma, entrando para dentro, ligando o chuveiro, enquanto Dimos se sentava nos corredores.
- Dimos. Disse Stephan, que se encontrava jovem, em pé no corredor, observando Dimos sentado no chão, ouvindo o barulho do chuveiro.
- Stephan! Disse o mesmo se assustando.
- Quem está lá dentro? Eratos? Perguntou o mesmo, se aproximando.
- Sim, sim, ele decidiu tomar banho mais cedo. Disse Dimos.
- O que tem eu? Perguntou Eratos, fazendo Dimos olhar para trás, se assustando com o mesmo.
- Ah bom.. Disse o mesmo, dando risada olhando para Stephan.
- Vamos, me conte quem é. Disse o mesmo, exigindo saber quem estava no banheiro.
- É alguém que encontrei na rua, ela estava com fome, então decidi ajudá-la. Comentou Dimos.
- Assim que ela sair, fale com seu pai a respeito. Disse Stephan se virando.
- Mas Stephan... Disse Dimos.
- Sem mas Dimos. Disse Stephan, saindo do local.
Assim que Luísa saiu do banho, Dimos e Eratos a levaram para a sala do trono, onde vovô estava, o mesmo se encontrava sentado e era alto, forte, com a pele morena, cabelos escuros e olhos escuros. – Diga seu nome menina. Disse vovô.
- Luísa, senhor Disse a mesma.
- Você quer continuar no castelo? Perguntou ele.
- Seria uma honra, senhor. Disse a mesma.
- Então, terá que trabalhar aqui. Explicou vovô.
- Como desejar senhor. Disse Luísa, fazendo reverência.
- Mostrem a ela, tudo o que ela deve fazer. Disse vovô para uma das servas, que levou Luísa para explicar a ela tudo o que deveria fazer e como tudo funcionava.
- Isso está um pouco entediante. Disse para mim mesma, pegando a pedra de meu bolso. – Você consegue avançar, certo? Vamos tentar um dia. Disse para mim mesma, tentando abrir um portal me concentrando como antes, fazendo um portal pequeno se abrir, no qual passava e aparecia no dia seguinte. – Funciona. Disse para mim mesma, no decorrer do tempo, comecei a pular dia após dia, até que algo novo e suspeito acontecesse, enquanto pulava de tempo em tempo, percebia que Luísa começou a se jogar para cima de Dimos, mas depois de um certo tempo começou a dizer que gostava de Eratos, até que ambos começaram a namorar, enquanto Dimos ficava cada vez mais isolado. – Isso tá muito repetitivo, vou tentar pular dois meses. Disse para mim mesma, tento êxito.
- Eu nunca, jamais irei aceitar esse título novamente! Você me deserdou e preferiu acreditar na sua intuição do que na palavra de seu filho, então, engula o seu título de primogênito, quer dar esse título para Eratos? Por mim, tudo bem! Ouvi Dimos dizer para alguém, olhando para a direção do mesmo que brigava com vovô, estando muito alterado.
- Ei, espera eu acho que avancei muito e agora? eu não sei voltar, eu queria apenas avançar um dia, mas avancei tempo demais. Disse para mim mesma.
Dimos saia da sala, batendo os pés irritado. – Onde você estava com a cabeça Shurra? Disse vovô para si mesmo, pensando em algo.
- Espera, por que apareci aqui se estou nas memórias de Luísa? Me perguntava olhando em volta, percebendo que Luísa estava entrando na sala do trono, parecendo já estar no local porém, escondida.
- Meu sogro, Eratos continua bem e está tudo em ordem para a sua festa, ele já se trocou e está pronto. Disse Luísa, com vestes diferentes da que usava antes, parecendo já estar como alguém da família e não mais como serva.
- Certo Luísa, termine de revisar tudo, tudo deve estar em ordem, esse é um jantar especial. Disse vovô, enquanto eu prestava atenção.
- Certo. Disse a mesma saindo da sala, enquanto eu a seguia, a mesma se sentava em uma cadeira no jardim e colocava suas mãos em sua barriga, com um sorriso manipulador no rosto. – Você será muito útil. Disse a mesma, se referindo a mim.
- Ela já está.. Disse espantada, apertando minhas mãos. – Eu tenho nojo de você Luísa. Disse para mim mesma, tentando avançar algumas horas, aparecendo no jardim do castelo, com algumas mesas brancas no local, onde vários convidados estavam presentes, junto a um homem com várias jóias e anéis que chamavam atenção.
Na mesa maior estava; vovô, Luísa, Dimos, Eratos e Stephan, comendo todos reunidos, almoçando alegremente, enquanto Dimos se mantinha calado, Luísa se levantava batendo na taça para chamar a atenção. – Eu gostaria muito, de fazer um comunicado importante para todos. Disse a mesma, enquanto todos a olhavam. – Eu queria aproveitar esse momento feliz e alegre, para dizer que.... Disse a mesma, se virando para Eratos que a olhava nos olhos. – Eu estou grávida. Disse a mesma sorrindo, enquanto todos batiam palmas.
- O que?! Disse vovô, quebrando a taça com a mão de tanto espanto.
Dimos se levantava da mesa, balançando a cabeça como se estivesse reprovando o ato, entrando para dentro do castelo. – Dimos! Disse Stephan, preocupado com o mesmo.
- Que alegria meu amor, eu serei papai. Disse Eratos sorrindo, abraçando Luísa.
- Se Luísa está realmente grávida, prepare o casamento o mais rápido possível. – Disse Vovô para Stephan, sussurrando para o mesmo que confirmava com a cabeça.
- Tudo fazia parte do plano dela... Prendendo meu pai com a gravidez eles se casariam, ela se tornaria rainha e depois... Comentava comigo mesma, fechando minha mão com raiva novamente, peguei a pedra de meu bolso, com a intenção de ver uma outra coisa, correndo na direção da beira do jardim pulando dali, caindo em um portal que se abria no ar, caindo em um quarto grande com chão de madeira, paredes e teto refinados, com um local bem confortável.
Alguém ao lado tossia constantemente, me fazendo olhar na direção, vendo vovô deitado na cama com um papel todo sujo de sangue. – Então foi eficaz. Disse vovô para alguém, que se encontrava em pé em frente sua cama.
- Tudo conforme o plano. Disse Luísa, com a barriga aparentemente grande, tendo bastante tempo de gravidez.
- Você não teve coragem de usar uma espada, não é mesmo? Dizia vovô, tossindo constantemente. – Você é tão covarde que precisou de um veneno para me matar, se o seu plano é tão perfeito assim, como pode ter deixado passar o fato de que não serei eu, quem irá acabar com sua vida. Disse vovô irritado.
- Do que você está falando seu velho repugnante, acha mesmo que seus filhos podem me parar? Acha mesmo que eles vão suspeitar de mim? Uma pobre princesa, prestes a dar luz a uma menina? Disse ela rindo da situação.
- Meus filhos são inteligentes. Disse vovô tossindo, com sangue escorrendo por sua barba, pois já estava velho. – Mas, se eles não forem capazes de contornar a situação, um outro Lacrun será. Essa criança que você mantém em seu ventre, ah Luísa, ela será a sua perdição e em uma noite de lua cheia como essa, você pagará por todos os seus crimes. Disse vovô com um sorriso no rosto.
- Ora seu... Morra logo de uma vez! Gritou a mesma, se aproximando dele, pegando um travesseiro sufocando o mesmo, pressionando o travesseiro com extrema força e frieza no rosto de vovó, que se debatia junto a uma risada que parecia alegre. Enquanto me encontrava totalmente espantada com a frieza de Luísa, e em poucos segundos, a risada de vovô cessava e Luísa rapidamente tirava o travesseiro do rosto de vovô, a mesma deu um sorriso alegre e suspirou, fazendo uma expressão de tristeza. – Socorro, socorro, o rei, o rei apagou!! Gritava a mesma.
- Como você tem coragem.. Disse, observando a cena.
Vários médicos entravam no quarto, juntos a Dimos que se ajoelhava próximo a vovô e Eratos, que chegava no local já abraçando Luísa que começava a chorar. – O que você fez Luísa?!! Gritou Dimos irritado.
- Eu estava conversando com ele e em segundos, ele apagou. Disse a mesma chorando.
- Dimos, abaixe o tom, Luísa está traumatizada, ela viu o pai....
- Calado!! Gritou o mesmo, jogando um abajur no chão o quebrando. – Saia do quarto do meu pai! Agora!!! Gritava Dimos com Luísa.
- Você não tem direito de expulsar ninguém. Disse Eratos na frente de Luísa.
- Minha bolsa... Disse Luísa com dores na barriga, escorrendo um líquido por suas pernas.
- A bolsa, senhora com calma, vamos levá-la para seu quarto. Disse uma das enfermeiras, segurando Luísa pelo braço a levando para o quarto.
- Ela vai ganhar o bebê? Agora?? Disse Eratos, um pouco assustado. – Você está vendo o que você fez?! Gritou Eratos com Dimos, logo saindo do quarto, indo com todos os médicos em direção do quarto de Luísa para ajudá-la no parto.
Dimos percebia que todos voltavam sua atenção para Luísa e ficava sozinho no quarto, com o corpo de vovô já sem vida ao lado, o mesmo caia de joelhos no chão ao lado da cama e segurava na mão de vovô, chorando e tremendo, parecendo meio perturbado. – Me desculpe papai... Eu sei que você sabia, mas eu não cheguei rápido o suficiente... Agora eu sei de tudo, não a dúvidas. Disse o mesmo, enquanto um choro de criança era possível se ouvir nos quartos ao lado, Dimos chorava muito abalado, porém deu um belo sorriso, mostrando uma felicidade curiosa. – Um poderoso Lacrun partiu, mas uma nova Lacrun, chega a Lacus Herba. Disse Dimos, voltando a chorar constantemente.
- Uma última vez. Disse para mim mesmo, avançando três meses, me encontrando na floresta encantada que estava escura, parecendo ser a noite em que papai se foi, olhando em volta.
- Você já sabe onde posso ficar com a garota? Comentava Luísa, me fazendo olhar em sua direção, vendo a mesma caminhar comigo no colo ao lado de Estevan.
- Eu achei uma casa antiga de duendes, ela fica afastada da estrada e se encontra no meio da floresta, dificilmente alguém encontrará vocês. Disse Estevan chegando próximo a casa, mostrando a mesma para Luísa.
Luísa entrava na casa, me colocando em uma das camas e logo em seguida abria a bolsa, dando uma curta risada. – Estevan, venha ver isso. Disse ela, mostrando a bolsa para ele.
- Um híbrido. Disse o mesmo rindo junto a ela. – Ele possui forte poder mágico... mesmo sendo uma criatura tão feia e horrorosa.
- O que podemos fazer? Perguntou ela.
- Tenho uma ideia, mas deixe para depois ele será útil, tente deixá-lo com Stephanie, será bom ter os dois onde possamos ver, agora falta um último detalhe. Disse o mesmo se aproximando de mim, colocando sua mão estendida em minha direção. – Amolet. Disse o mesmo, produzindo uma luz roxa, fazendo meu corpo brilhar, logo voltando ao normal. – Agora saberemos a onde ela está independente do local, boa sorte Luísa. Disse o mesmo saindo da casa, vendo uma árvore grande na frente da mesma. – Kadrûm! Disse o mesmo explodindo um pedaço da árvores, criando um grande buraco na mesma. – Agora tenho uma bengala. Disse o mesmo dando risada, segurando um pedaço de madeira que havia caído no chão, a transformando em uma bengala enquanto seguia para o leste, se transformando em um senhor de idade, dando risada em meio a escuridão.
- Preciso saber mais. Disse para mim mesma, tentando avançar não conseguindo, sentindo um aperto em meu pescoço. – O... O que é isso?.. Disse para mim mesma, sentindo alguém me sufocar, com uma alta pressão em meu corpo cai no chão.
Com um piscar de olhos, me encontrava na floresta no momento atual, com Luísa em cima de mim me enforcando com extrema raiva. – Morra como aquele velho, morra de uma vez família Lacrun!! Gritava a mesma apertando meu pescoço, sendo possível de perceber o ódio em seu olhar. Enquanto sufocava e tentava falar, era impedida pois minha visão se escurecia totalmente, sentindo minha vida se esvaziar.
Louis
- Se dividam! Se encontrarem a certa, mate-a!! Gritou Ster, enquanto todos nos dividimos.
Corri em direção a que estava mais a esquerda, já em forma de humana. Sinceramente, adorei essa forma, pois estava com um cabelo cumprido loiro, com pele clara, de estatura média, com um sobretudo branco e uma camisa branca por baixo, junto a uma calça um pouco agarrada em minhas pernas, que também era branca, eu estava simplesmente perfeito. – Você vai pagar caro, vai aprender a nunca mais usar meu sangue! Gritei a Luísa, que dava constante risada.
- O unicórnio não é tão puro assim? Disse ela rindo constantemente.
Automaticamente a expressão de raiva se fazia presente em meu olhar, percebendo que minhas pernas esquentavam a cada vez que corria, percebendo que isso acontecia por conta de correr constantemente, em minha verdadeira forma. – Como você mesma disse, eu sou um unicórnio. Disse meio irritado parando, enquanto a mesma continuava correr; suspirei e bati o pé direito duas vezes no chão, expirei e bati o pé esquerdo duas vezes do outro lado, suguei para mim o máximo de ar que consegui e o soltei levemente, correndo extremamente rápido, ultrapassando uma velocidade de um humano comum, enquanto Luísa olhava para trás por cima dos ombros e se assustava, pois com aquela velocidade, consegui me aproximar da mesma pegando em seus cabelos, jogando seu rosto no chão com toda a força e raiva que em mim guardava. – Ora, ora, onde a rainha pensa que vai? Disse zombando da mesma, segurando sua cabeça no chão, com a mesma sangrando e tossindo.
- Criatura pura é? Disse ela rindo, pegando uma faca de sua cintura cortando meu braço, me fazendo soltá-la. – Se você quer lutar, eu vou te dar essa oportunidade. Disse ela rindo.
- A pureza vai muito mais além do que seus olhos pode ver. Disse para ela, fechando meus punhos os colocando a frente de meu corpo, pronto para lutar.
A mesma corria até mim e me dava um chute na altura do pescoço, defendendo com um braço, percebendo que a mesma era até que boa, em um combate corpo a corpo. Luisa tentava me dar um gancho, impedindo segurando sua mão, dando um leve sorriso, a mesma deu risada e usou sua outra mão para me dar um soco no rosto, me fazendo perder a atenção por alguns segundos, o que foi aproveitado pela mesma, que pegou sua faca e deu cinco cortes em meu peito, me assustando no mesmo momento. – Você está lutando contra um humano, isso não é um conto de fadas. Gritou a mesma, enfiando em meu peito uma, duas, três.. não, não, ela me esfaqueou seis, seis vezes! O que me fez cuspir sangue e arregalar os olhos. Talvez você esteja me perguntando, o porquê não revidei ou impedi, o problema é que estava muito focado em minha pureza e subestimando Luísa. – Sem seu chifre você não é nada, você não pode me vencer em forma humana, muito menos na sua forma de cavalinho, vá brincar em outro lugar! Disse ela rindo da situação, se afastando um pouco.
Meu corpo estremecia e o sangue escorria em meu peito e boca, comigo ouvindo suas palavras, enquanto observava o sangue em minha mão. – Cavalo? Chifre? Disse, respirando meio ofegante. – Qual é o problema da humanidade? É o que mais me pergunto, você acha que estou brincando? Eu vou te mostrar que está bem enganada. Disse a mesma, enquanto Luísa dava risada achando que havia ganhado. Meus olhos começavam a brilhar com a cor de um azul cintilante e em minha testa, um enorme chifre com a mesma cor era possível se vê. – Luísa, como a criatura pura que sou, menosprezo qualquer ser corrupto, desagradável e impuro como você! Corri até a mesma, que se assustava abaixando sua guarda, rapidamente inclinava minha cabeça, com o enorme chifre atravessando seu abdômen. – Vá para o inferno! Disse para ela que gritava e em seguida, caia morta no chão, seu corpo se desfazia ali mesmo, mostrando que na verdade era um clone, cai sentado no chão, com a mão em meu peito, me deitando ali mesmo, com meus olhos voltando ao normal e o chifre sumindo. – Eu vou esperar, esperar um pouquinho, só... Um pouquinho...
Minha respiração ficava meio pesada, meus olhos começavam a se fechar sozinhos e antes que pela última vez de fechassem, uma forte luz vermelha como fogo reluzente, aparecia em minha frente, parecendo me levar para cima como se estivesse voando, apagando logo em seguida.
Tim
Após todos se dividirem, corri atrás da Luísa que entrava mais a direita, onde as árvores continham musgo em abundância, o chão era mais molhado e cipós estavam por toda parte. Correndo atrás de Luísa, que parecia estar indo até um pântano. – Você não pode fugir para sempre Luísa, eu vou te seguir onde quer que vá! Disse a ela, que continuava correr.
- Então, eu te guiarei para morte. Disse ela dando risada, chegando a beira de um pântano com um odor meio forte, com a cor extremamente verde, que borbulhava como água quente, parecendo estar fervendo. A mesma, pulava em uma das cinco pedras que ali estava, pulando de pedra em pedra, até ficar na mais afastada da beira. – Por que não vem nadando Tim? Disse a mesma, dando risada ao me ver parado na beira, olhando para o pântano e sua estranha forma.
Peguei uma flor e a joguei na água que ressecava toda a flor em segundos, a fazendo apodrecer e entrar em composição rapidamente. – Se eu cair eu morro, é isso? Disse para mim mesmo, vendo que Luísa estava em cima de uma das pedras, sobrando quatro para eu ficar, aceitando o desafio, pulando na que estava mais próxima da beira, pulando novamente, de pedra em pedra, ficando um pouco mais próximo de Luísa, cada um em uma pedra longe um do outro.
- Que o jogo comece, ratinho. Disse ela dando risada, pegando um chicote de sua cintura, o batendo para um lado e para o outro, comigo preparado para o desafio, a mesma batia o chicote em minha direção, acertando o solo da pedra, a fazendo balançar, me fazendo desiquilibrar um pouco, me segurando na mesma.
- Golpe sujo.. Disse a ela, meio irritado.
A mesma dava risada e batia o chicote novamente com a intenção de me acertar, acertando o outro lado da pedra, a fazendo girar e inclinar um pouco para o lado. – Parece que alguém vai ter que abandonar o navio. Disse ela dando risada, enquanto a pedra se inclinava afundando lentamente.
- Droga. Antes que tocasse na água, pulei para a outra pedra que balançava pelo impacto, meio balançando.
- Vamos de novo? Disse ela dando risada, batendo o chicote em minha direção novamente.
O mesmo se aproximava de mim e em segundos o mordia rapidamente, segurando seu chicote com a boca, enquanto a mesma puxava e tentava soltá-lo de meus dentes. – Talvez, eu seja um ratinho muito esperto. Disse a ela dando risada, puxando o chicote com a boca, fazendo a mesma desiquilibrar e soltar o chicote.
A pedra em que Luísa estava inclinava pela mesma ter segurado o chicote, fazendo com que a mesma afundasse. – Ora, seu... Disse a mesma, pulando para outra pedra, agora estando cada um em uma e apenas uma pedra livre. – Parece que agora, você tem o chicote. Disse ela dando risada.
- É, parece que sim. Disse com um sorriso no rosto, batendo o chicote na direção da mesma que desviava, enquanto sua pedra balançava.
- Mas a uma diferença. Disse ela dando risada. – Boh! Gritou ela, atirando uma bola energizada em minha pedra, que recebia o impacto e balançava.
- Esperta como sempre, mas não o suficiente. Disse a ela, batendo o chicote três vezes em sua pedra, com a mesma desviando e atirando mais bolas energizadas, enquanto desviava com ambas pedras balançando. Tanto ela, quando eu, sabíamos que apenas uma pedra se encontrava ali ao lado, e aquele que caísse perderia de uma vez por todas.
- Chega. Disse ela, recebendo o golpe do chicote para segurar o mesmo com as mãos. – Esperta como sempre. Disse ela sorrindo.
- Mas nem tanto. Disse, arremessando minha faca na mesma, com a faca fincada em seu ombro, fazendo a pedra da mesma balançar junto a minha, que balançava por conta de Luísa puxar o chicote.
Olhei para a outra pedra e percebi que o galho de uma árvore, se encontrava acima da pedra. Luísa pulava para a última pedra, pois a sua afundava. – Parece que eu venci. Disse ela, comigo parado em minha pedra que afundava lentamente.
- Não, não venceu. Disse a ela com um sorriso no rosto, me preparando para pular na mesma.
- Você não teria coragem.. Disse ela assustada.
- Veja a ratazana vencer. Disse a ela, pulando da pedra que afundava, agarrando em seus ombros a empurrando para baixo, pegando impulso com seu corpo, pulando no galho me segurando no mesmo, enquanto a pedra de Luísa afundava por conta de ter usado a mesma como impulso e apoio, segurando no galho, vendo Luísa afundar no pântano, tendo seu corpo todo se decompondo rapidamente. – Mas nem tanto. Disse, usando o galho para me aproximar do solo, pulando no mesmo, vendo uma luz brilhante como fogo a esquerda. – Que ótimo, mais ajuda. Corri na direção da luz, esperando que fosse Stephanie.
Floky
Rapidamente todos seguiram cada Luísa, ficando apenas uma delas parada no local e foi eu, quem decidiu ficar ali e lutar. – Parece que você não quis sair correndo, preferiu lutar com quem estava aqui, sem fugir, não é mesmo Flokynho. Disse Luísa, zombando de mim.
- Eu não tenho medo de alguém como você, eu não sei como alguém pode ser tão cruel, o quão podre um ser humano pode ser, para chegar no nível que você chegou. Disse com minha mão fechada.
- Você é o mais forte aqui, por que não se junta a mim? Aos ancestrais? Perguntou Luísa.
- E deixar Stephanie? Deixar os meus amigos? Eu não sei o que são ou quem são esses tais ancestrais, mas foi por causa deles, que Stephanie sofreu, foi por causa deles que você está aqui, foi por causa deles que Eratos, Dimos, Buga e... E Flora morreram, eu jamais vou optar passar para o seu lado! Gritei para ela. – Safrow!! Ergui minhas mãos para o alto, com uma enorme rajada de trovões caindo sobre Luísa.
- Reflecto! Disse Luísa, criando uma barreira em sua volta, com os trovões acertando a mesma que ricocheteava. – Pobre Floky. Disse Luísa sorrindo. – Flamyn! Gritou ela.
- Klayurus! Gritei, com uma onda de água sendo produzida por mim, que apagava todo aquele fogo produzido por ela.
Luísa corria em minha direção, tentando me golpear com socos e chutes, desviando dos mesmos rapidamente. – Você só sabe usar magia, sem elas você não é nada. Disse a mesma, que continuava a tentar me atacar, conseguindo acertar um chute em minha barriga, me fazendo desiquilibrar, recebendo um chute na perna caindo no chão, com a mesma aproveitando que estava caído para subir em cima de mim e me dar vários socos.
- Você não entende o que é a magia! Ela não está em simples feitiços. Disse a ela, recebendo seus golpes, segurando sua mão a apertando firmemente, com meus olhos ficando totalmente branco, com uma voz grossa e vibrante.
A mesma se assustava, dando vários socos em meu rosto com a outra mão. – Criatura horrenda, aberração, fada sem asa, filhote do diabo me largue, seu monstro me largue!! Gritava a mesma.
A mesma que tentava se soltar, não tinha êxito e se assustava ainda mais ao me ver levitar, segurando a sua mão com firmeza, voando rapidamente para o céu segurando a mesma, que gritava constantemente. – É impossível, que eu lhe mostre o que é a magia em si, mas posso te fazer viver o que ela causa naqueles como você! Disse a ela com minha voz vibrante e grossa, segurando a mesma pela mão, voando na direção do chão rapidamente, com um olhar focado e firme. Antes de se aproximar do chão, arremessava Luísa no mesmo com toda minha força, fazendo a mesma ficar caída no chão extremamente machucada, sem conseguir se mover, por conta de vários de seus ossos terem se quebrado, parando um pouco ao lado da mesma que me olhava assustada, sufocando com o próprio sangue. – Pobre mulher. Disse a ela, estendendo minha mão em sua direção. – A magia, é como a vida, tudo que nela há; se multiplica. A mesma continuava sufocar e parecia morrer lentamente, sofrendo com isso. – Flamyn! Disse, fazendo todo seu corpo pegar fogo e dar fim a sua vida de uma vez, olhando para as chamas, vendo que o corpo de Luísa se desfazia em meio ao fogo, percebendo que era um dos clones. – Esteja bem Ster.. Disse olhando para a floresta, na direção em que a mesma havia seguido.
Anabel
Cada um saiu na direção de cada Luísa, ficando apenas Floky no local, preferindo não entrar na floresta junto com os outros. Um dos clones, correu para o campo e pensei em ir atrás desse, já que prefiro um local aberto do que a floresta para lutar. – Você só pode estar de brincadeira. Disse Luísa dando risada, aí perceber que era eu quem corria atrás dela.
- O que foi? Você subestima tanto assim a mim, apenas porque sou uma criança? Disse a ela correndo, seguindo a mesma que continuava a fugir.
- E não deveria? Disse ela dando risada, a mesma virou para trás enquanto corria e estendeu sua mão em minha direção. – Boh! Gritou ela, com uma bola energizada vindo em minha direção, me virando para trás desviando para o lado, olhando para frente novamente sem ver Luísa.
- Onde ela...
Antes que eu pudesse pensar, uma pedra acertava minha cabeça, me fazendo cair no chão com a mão na mesma. – Fraca demais. Disse Luísa jogando a pedra no chão, com a mesma atrás de mim puxando meu cabelo, me levantando pelo mesmo, o segurando com força. – Isso não é brincadeira de criança garota. Disse ela, enquanto sangue escorria por minha testa, sentindo uma forte dor na cabeça.
- Me solta sua bruxa! Gritei, segurando nas mãos da mesma que puxava meu cabelo com mais força.
- Me respeite menina. Disse ela, colocando uma faca em meu pescoço, dando uma risada meio sádica.
- Vá... inf.. Disse meio pausado por conta da dor que estava sentindo.
- O que? Fale direito garota. Disse ela.
- Vai para o inferno!! Gritei com toda minha força, pisando no pé da mesma que me soltava, comigo correndo para frente, com a mesma cortando meu ombro por conta de me soltar por impulso, me cortando praticamente por acidente, com meu ombro ardendo por conta do golpe colocando a mão na região do mesmo.
- Garota abusada, você vai ver só. Disse ela.
- Obrigada, já enxergo muito bem. Disse a ela com um sorriso no rosto. Meu cabelo estava meio despenteado por conta da mesma ter puxado o mesmo, e em minha cabeça sentia fortes dores.
- Você deveria ter ficado em casa, crianças não devem se intrometer nos assuntos de adultos. Disse Luísa irritada. – Boh! Gritou ela novamente, com várias bolas energizadas vindo em minha direção.
- Boh!! Gritei em seguida, com várias explosões acontecendo entre nós, com o campo todo brilhando pelas bolas energizadas se chocarem, com um vento sendo produzido para todos os lados, fazendo o cabelo de Luísa balançar junto ao meu, que se soltava e ficava todo solto, com meu grande e lindo cabelo balançando no ar, por conta da onda de ar que era produzida. – Safrow! Gritei, com um onda de trovões caindo na direção da mesma.
Luísa estendia sua mão na direção dos trovões, o que me deixava surpresa, por não saber que aquilo que a mesma faria, era possível. – Safrow! Disse a mesma, com outra onda de trovão acertando a que tinha lançado, criando no céu ondas de trovões e raios que se chocavam entre si, ecoando um enorme barulho de tempestade, fazendo tanto ela quando eu olharmos para o céu e presenciar o acontecimento, que era belo porém, perigoso.
Os trovões paravam e a mesma voltava a olhar em minha direção, que estava correndo até ela, pulando na altura da mesma, dando um soco em seu rosto, fazendo a mesma dar alguns passos para trás e tossir. – Olha a criancinha aqui, oh. Disse a ela, que continuava tossindo colocando a mão no nariz, enquanto mostrava meu punho a ela.
- Você quebrou o meu.. Disse ela irritada.
- Eu prometi a princesinha que daria a minha vida pela dela, e eu vou cumprir isso, independente da minha idade! Disse estando em pé na frente da mesma, a olhando de cabeça erguida.
- Você é só uma criança, não sabe usar magia, a magia deve ser domada, deve ser controlada, só assim descobrirá seu real poder. Disse Luísa, me subestimando.
- Uma vez, alguém me disse que; a magia, é como a vida, que tudo que nela há... se multiplica. Não me interessa o que você diz, a cada palavra que você fala, só prova que você não entende nada da vida! A magia não se controla, a magia não se doma, a magia nasce em você! A magia te escolhe e ela me escolheu! E eu farei bom uso dela, para proteger todos aqueles que eu amo!!! Disse a ela, olhando em seus olhos firmemente.
A mesma estendia sua mão em minha direção, irritada pelo que comentava. – Anathematis!! Gritou ela, com o feitiço vindo em minha direção.
Estendi minhas duas mãos na direção do feitiço, estando concentrada. – Hiz! Gritei parando o feitiço, o lançando de volta.
- Hiz! Disse Luísa parando o feitiço, tentando o lançar em minha direção, comigo impedindo.
Tanto eu, quanto Luísa controlávamos o feitiço ao mesmo, aquela que fraquejasse um segundo sequer, receberia o feitiço para si. Por conta do feitiço receber dois controladores, o mesmo começava a se colidir, criando uma rajada de vento ao arredor, fazendo Luísa ir um pouco para trás por conta do vento, com meu corpo sendo arrastado para trás, meu cabelo novamente balançava no ar, com cada fio solto por conta do mesmo ser cumprido e estar solto. Luísa se mantinha seria, parecendo estar confiante de que me venceria, com meu pequeno corpo querendo fraquejar, pois a dor em minha cabeça era constante, fazendo o feitiço ficar mais próximo de mim, comigo usando toda a força que havia em meu pequeno corpo, pisando com firmeza, caminhando lentamente na direção do feitiço, que era levado cada vez mais para Luísa. Em cada passo que dava, me lembrava de minha promessa, a promessa que fiz a princesinha, Luísa começava a não aguentar a pressão, se desconcentrando. – Vai! Vai! Vai!! Gritava com meus olhos fechados, conseguindo correr para frente, mesmo com a pressão do ar, fazendo Luísa se desconcentrar totalmente ao se surpreender, recebendo o feitiço para si, com a mesma caindo de joelhos no chão, logo em seguida com seu corpo se desfazendo, virando pó ali mesmo. – consegui.. Disse caindo de joelhos, logo caindo deitada no chão, com minha cabeça doendo extremamente forte. – Eu consegui princesinha... Disse comigo sorrindo, sentindo um calor sobre meu corpo, parecendo ser o corpo quentinho de Fix, comigo apagando ali mesmo.
Stephanie
Em meio a floresta, uma mulher carregava sua filha no colo, a segurando enquanto cantava uma antiga canção; sobre um lobo, no qual pede para a criatura dormir e deixar sua criança viver em paz, e implora, para que ele não a devore. Essa mulher, era Luísa, que em outra língua cantava essa canção, canção essa que a mesma sempre cantou para eu dormir, a mesma que cantarolava enquanto penteava meu cabelo. Em seu colo, a mesma me segurava, comigo desacordada. – É o fim da família Lacrun, o fim da princesa de Lacus Herba, o fim de seu reino, é o fim de Stephanie, eu venci, Disse a mesma indo em direção de um ninho de lobos, parando em frente a toca dos mesmos, que em meio a escuridão era possível ver seus olhos vermelhos, sedentos por sangue. Luísa me deixava ali no chão e se afastava, com vários lobos saindo da toca, se aproximando de meu corpo.
E antes que os lobos me devorassem, um cavalo grande e belo parava na frente dos mesmos, com alguém descendo do mesmo, sacando sua espada. – Sumam! Ninguém matará Stephanie, enquanto eu viver. Disse Drake, tirando seu capuz com os lobos avançando em cima do mesmo, pulando em sua direção. Drake golpeava cada lobo rapidamente, com cada um caindo ali mesmo, enquanto os que tinham apenas se ferido, fugiam assustados.
- O príncipe de Greenwald. Disse Luísa com um sorriso no rosto.
Drake se virava para a mesma com um olhar sério e frio, parecendo estar irritado com a mesma, apontando sua espada para Luísa. – Stephanie venceu, você não tem para onde ir Disse o mesmo, girando sua espada em sua mão.
- Finalmente, um oponente a minha altura. Disse ela, fazendo reverência.
Drake corria na direção da mesma, tentando golpeá-la por cima, com a mesma defendendo com sua espada, dando um chute na direção da perna de Drake, que desviava e tentava cortar a perna de Luísa, que rapidamente recuava sua perna, girando tentando golpear as costas de Drake, que se agachava e golpeava a barriga de Luísa, que defendia com a espada. – É o seu fim, Luísa Gyew! Gritou Drake, dando um soco na direção do rosto de Luísa, que defendia com a espada.
Drake tinha seu o punho encostado na espada de Luísa, que segurava a mesma com firmeza, pois Drake forçava a lâmina de Luísa com o próprio punho. – Esse não é o seu reino, vá tomar conta de Greenwald! Gritava Luísa, chutando a costela de Drake que caia no chão. – Morra! Gritou Luísa, aproveitando a oportunidade para golpear Drake com sua espada.
O mesmo colocava seu braço na frente, com a espada batendo em seu bracelete, que começava a rachar. – Se eu perder, Stephanie morrerá. E eu não vou permitir que isso aconteça! Gritou Drake, empurrando a espada de Luísa quebrando seu bracelete, o mesmo se levantava pegando sua espada, cortando o braço de Luísa, o mesmo que Estevan tinha reconstruído. O braço de Luísa caia no chão, enquanto a mesma sangrava se afastando um pouco, gritando pela dor, rasgando uma parte de sua camisa e enrolando em seu braço para impedir o sangramento.
- Você foi o único que conseguiu, parabéns. Disse ela dando risada, segurando a espada com apenas um braço. – Matarei você, Matarei Stephanie e acabarei com todo esse reino! Gritou a mesma, correndo na direção de Drake, enquanto o mesmo corria até Luísa.
Ambos batiam e rebatiam suas espadas, com o barulho das lâminas sendo constante, ambos rapidamente desviavam e atacavam. A cada segundo que passava, a luta ficava mais tensa e arriscada. – Você fala demais. Disse Drake, percebendo que Luísa movimentava sua perna com dificuldade, e ao levantar sua perna o mesmo chutando a perna de Luísa, e para confirmar suas suspeitas, Luísa gritava de dor, parecendo estar ferida. – Se machucou? Disse Drake dando risada.
Luísa dava quatro passos para trás, olhando Drake seriamente. – Preste atenção na luta. Disse ela, ao vê-lo olhar para mim que estava apagada, estendendo sua mão com a espada na direção de Drake. – Anathematis!! Gritou ela, o feitiço rapidamente seguia na direção de Drake, que desviava para o lado inclinando seu corpo, olhando na direção do feitiço, Luísa rapidamente erguia sua espada, correndo na direção de Drake para atacá-lo e derrotá-lo, de uma vez por todas. – Você Perdeu. Disse ela, atacando Drake que rapidamente girava para o lado, batendo sua espada na de Luísa.
- Não, não perdi. Disse Drake com um sorriso no rosto, forçando sua espada na de Luísa.
Drake olhava para o lado e voltava seus olhos para Luísa, que olhava na mesma direção em que Drake tinha olhado, me vendo de pé já acordada. – Como? Disse ela, extremamente assustada.
- Nunca, eu digo nunca, jamais subestime uma guerreira da floresta! Disse para ela, erguendo meu arco na direção da mesma, disparando uma flecha que rapidamente seguia na direção de Luísa, que empurrava Drake e usava sua espada para se defender. A flecha caia no chão, ali ao lado e a mesma assustada, se afastava lentamente para trás.
- Safrow! Gritou Luísa, com uma onda de trovão caindo na minha direção, que não esperava pelo feitiço.
- Stephanie cuidado! Gritou Drake me empurrando, recebendo toda a descarga para si. O mesmo gritava e tinha todo seu corpo brilhando de dentro para fora, com toda aquela descarga que o mesmo recebia. A pela de Drake escurecia e produzia fumaça constante, com o mesmo caindo quase sem vida no chão.
- Drake!! Gritei, correndo até o mesmo colocando minha mão em seu peito, rapidamente tirando pelo mesmo estar extremamente quente, com sua pele que se desfazia por conta da grande descarga.
- Vença Stephanie... Disse Drake, com um sorriso no rosto, fechando seus olhos rapidamente.
- Não Drake, não me deixe, você não! Você também não! Gritava para o mesmo, que não respondia.
- Eu o avisei que não deveria se intrometer nos assuntos de outro reino. Disse Luísa dando risada, achando graça da situação.
- Como você pode ser tão cruel?! Gritei para ela enquanto chorava, me levantando sacando minha espada, correndo até a mesma, a golpeando várias vezes com a espada, Luísa defendia todos meus golpes que eram rápidos, mas não suficiente.
- Você é fraca Stephanie, Shurra estava errado quando disse que você seria capaz de me derrotar, toda a família Lacrun morreu e apenas você está viva, eu te ajudarei a encontrá-los! Disse Luísa me chutando, caindo no chão, com a mesma levantando sua espada para me atacar. E antes que me golpeasse, um grito de uma bela fênix ecoava por todo local.
Era Fix, que rapidamente voava na direção de Luísa, golpeando seu rosto com suas garras. – Deixe minha amiga em paz, sua desgraçada! Gritou Fix, voando no céu com todo seu corpo em chamas.
Luísa colocava sua mão em seu rosto, que estava todo rasgado por conta das garras de Fix. – O que você fez com meu rosto? Meu lindo rosto... Disse Luísa.
- Fix, o Drake! Disse a ela, que voava em volta de Drake, derramando suas lágrimas no mesmo que se curava em segundos, acordando lentamente.
- Isso é pelo Buga! Gritou Fix, voando rapidamente na direção de Luísa, que pegava sua espada arregalando seus olhos forçando seus dentes, a mesma segurava a espada com firmeza e desviava do ataque de Fix, cortando o pescoço da mesma.
Meu olhos se arregalavam, ao ver a cabeça de Fix ser arrancada de seu corpo, a mesma antes de cair no chão, começava a entrar em combustão e explodia ali mesmo, virando um punhado de cinzas que caia no chão – Fix... Disse olhando para as cinzas, ao presenciar sua morte.
- Lacus Herba cairá! Disse Luísa com um olhar sangrento e totalmente diabólico.
Me levantei pegando meu arco e flecha, chutando a espada para trás. – Você não matará mais ninguém essa noite. Muito obrigada amiga, você foi essencial. Disse para ela, segurando meu arco com força. – Chegou a hora de alguém punir todos os seus pecados. Disse para Luísa pegando uma flecha atirando na direção da mesma que desviava, dando risada.
- Você não vai me vencer com flechas garota. Disse Luísa com um sorriso no rosto. – Boh! Gritou ela, comigo desviando da bola energizada, atirando outra flecha rapidamente, a mesma desviava e estendia sua mão novamente. – Flamyn! Rolei para o lado escapando do fogo, atirando outra flecha na qual Luísa desviava. – Safrow! Gritou Luísa novamente, comigo desviando de cada trovão, correndo para o lado novamente, sempre andando em volta de Luísa. Atirando outra flecha, que era defendida por Luísa novamente. – Kadrûm! Gritou ela, comigo pulando para o lado, rolando agachada no chão, atirando outra flecha na qual a mesma, desviava novamente. – Chega, você nunca vai me acertar, será que não entende?! Disse Luísa, balançando sua espada.
- Não quero te acertar, ainda não. Disse a ela, que ficava confusa.
Drake pulava na direção da mesma com minha espada, espada essa que o mesmo tinha pegado quanto empurrei para trás com meu pé. Drake golpeava o ombro de Luísa, que dava três passos para o lado, não esperando pelo golpe. – Você não esperava, não é? Disse Drake com um sorriso no rosto.
- Eu sei como acabar com isso. Disse Luísa, criando um clone, com ambas correndo para um lado e para o outro, se misturando. – Vocês nunca saberão qual é a verdadeira e qual é a falsa. Disseram ambas, que completavam a frase uma da outra, com cada uma parada na frente de cada um de nós. – Você não tem coragem de matar sua mãe, tem Stephanie? Disse a Luísa, que estava em minha frente.
Meu corpo começava a tremer um pouco, olhando para a mesma, passando todas as lembranças em minha cabeça. – Você não é minha mãe. Disse para ela, olhando seriamente em seus olhos.
- Drake, Drake. Disse Luísa dando risada. – Você está muito longe de casa Drake, o que acha de voltar? Perguntou a Luísa que estava na frente de Drake.
- Jamais daria as costas para Stephanie. Disse Drake, a olhando.
- Você vai morrer Stephanie. E quando estiver dando seu último suspiro, estarei dando risada, pois vocês Lacrun são todos iguais e eu conheço a fraqueza de vocês! Disse a mesma, correndo na direção de Drake para atacá-lo pelas costas, comigo fechando meus olhos, extremamente calma e focada, sem deixar as emoções me dominarem.
A Luísa que estava na frente de Drake corria até o mesmo, que desviava de seu ataque e a cortava aquela Luísa, que se desfazia, já a outra Luísa, mirava no pescoço de Drake para golpeá-lo. E em poucos segundos, Floky aparecia, saindo de meio das árvores. – Kadrûm! Gritou o mesmo, explodindo o solo em que aquela Luísa estava, fazendo a mesma receber a explosão e se desfazer.
Em questão de segundos, me virava para trás rapidamente, segurando o arco e flecha, com Luísa preparada para enfiar sua espada em minhas costas, como fez com papai. – Não, você não me conhece. Disse para ela, soltando a flecha rapidamente, que perfurava seu abdômen. A mesma arregalava seus olhos e soltava sua espada no chão, com seu corpo todo ficando frio, Luísa estremecia e arregalavam seus olhos cada vez mais. – Por Lacus! Gritei, atirando várias e várias flechas em Luísa, enquanto lágrimas escorriam pelo meu rosto a cada flecha que passava pelo corpo da mesma, enquanto Floky e Drake observavam tudo.
Uma flecha e um silêncio, era tudo o que restava, a mesma soluçava e me olhava assustada ao perceber sua vida se esvaziar. – Eu... Eu sou sua mãe.. Você, você vai matar sua mãe? Disse Luísa, tentando brincar uma última vez, sorrindo com uma expressão falsa, escorrendo sangue em sua boca.
- Eu não tenho mãe, eu tenho dois pais. Disse para ela, pegando a última flecha, mirando na cabeça de Luísa, atirando a flecha rapidamente que atravessava sua testa. A mesma caia no chão sem vida, morta ali mesmo, comigo soltando o arco no chão, respirando e inspirando fundo, caindo de joelhos no chão, caindo no completo choro por ainda amar Luísa, mesmo que ela ainda fosse cruel, eu ainda a amava... pois era minha mãe, eu querendo ou não.
Drake se agachava em minha frente e me abraçava, colocando minha cabeça em seu peito, enquanto gritava em meio ao choro. – Acabou, você venceu, acabou meu amor. Disse Drake, acariciando minha cabeça.
Floky se aproximava das cinzas, percebendo que Fix em forma filhote saia em meio as mesmas, piscando seus olhos lentamente. – Oh pequenina, você vai ficar bem, venha com o tio Floky. Disse Floky pegando a mesma no colo, a segurando.
- Senhorita Stephanie! Disse Ramon, chegando no local com vários guardas junto a Tim, que ao ver a cena, entendiam o que havia acontecido.
- Eu fui atrás de ajuda, mas parece que nossa amiga foi mais forte do que pensávamos. Disse Tim, conversando com Floky, que confirmava com a cabeça.
- Louis e Anabel estão bem? Perguntou Floky a Tim.
- Sim, se não fosse por Fix eles talvez estariam muito mais graves. Por falar nisso, onde ela está? Perguntou Tim.
- Aqui. Disse Floky, mostrando Fix filhote para Tim.
- Ela ressuscitou. Disse Tim sorrindo ao ver a forma agradável de Fix filhote.
Drake me levantava lentamente, segurando meu rosto, olhando em meus olhos. – Você ganhou. Você vingou seu pai, você conseguiu o que queria. Disse o mesmo, acariciando meu rosto.
- Eu não tenho palavras para te agradecer. Disse para Drake, com meus olhos cheios de lágrimas. O mesmo sorrio e segurou meu rosto de forma carinhosa, me beijando de um jeito gentil.
- Vamos voltar agora, está bem? Disse Drake, comigo assentando com a cabeça, o mesmos segurava minha mão com nossas espadas em suas costas, enquanto eu segurava apenas meu arco. Todos voltavam juntos em uma grande comitiva, passando pela ponte dos mercadores e chegando no reino novamente.
Ao pisar meus pés para dentro dos portões vários TomTom’s, fadas, exilados, pessoas do vilarejo, antigos guerreiro e cidadãos do reino de Lacus Herba. Todos esperavam pela minha volta, todos em pé crianças, jovens, adultos e idosos. Todos sorriram e gritavam com extrema alegria, batendo palmas felizes e alegres, em um clima totalmente comemorativo. – Eu consegui papai, eu consegui tio.. vovô, eu consegui. Disse olhando para o céu com um sorriso no rosto, enquanto meus olhos lagrimejavam.
Depois de um certo tempo, já de manhã; fiquei sabendo que todos os guardas foram presos nas masmorras, aguardando um interrogatório, todos comemoraram e ajudaram a limpar as ruas. O corpo de Dimos foi enterrado no jardim do castelo, local onde ele mais amava ficar. Antes de Drake ir embora, o mesmo misteriosamente conversou com os pais de Anabel. – Eu prometo que vou me cuidar princesinha. Disse ela, que estava arrumada com suas coisas em sua mochila, pois Drake comentou sobre a grande biblioteca de magia que existe em Greenwald, fazendo Anabel pedir permissão a seus pais para ir até o Reino distante e passar um tempo por lá. Pelo menos foi o que me disseram.
- Venha me visitar sempre que quiser. Sua casa sempre será aqui. Disse a ela, abraçando a mesma que partia para Greenwald com Drake, estando com um belo sorriso no rosto.
Após a despedida de Anabel, se passaram dois dias, falarei sobre eles em outro momento. Ao fim de tudo, Louis se tornou minha conselheira e decidiu viver comigo no castelo. Floky passou um tempo na floresta encantada e a reconstruiu, as fadas pensaram muito a respeito e decidiram que agora a floresta seria o seu lar. O povo do vilarejo decidiu voltar para o mesmo, mas agora reforma-lo e dar toda a atenção ao local. Todos os antigos guerreiros ganharam medalhas de ouro e subiram de cargos, o pai de Anabel, Twest, se tornou general dos soldados de Lacus Herba. Os Exilados vivem em paz no reino, alguns no vilarejo e outros na floresta, porém Ramon, Bin, Furh e Sirena, se tornaram generais de minha guarda pessoal e decidiram viver no castelo junto a mim. Fix está no quarto de Floky que ao voltar para o castelo, recebeu posto de mago pessoal da princesa. Já Tim, foi visto pela última vez no quarto dia após a guerra, me disseram que carregando apenas uma mochila e uma espada, Tim saiu misteriosamente para um local distante, sem deixar rastros ou dizer para onde iria, tudo que ele disse foi: “preciso resolver um problema em um futuro distante.” e sumiu, sem deixar respostas.
Nesse mesmo dia acordei meio cedo, me levantando da cama, me espreguiçando após ter tido uma longa noite de sono. Me levantei, olhando a grande janela que ficava ao lado de minha cama, olhando em volta para o grande quarto, que agora chamava de meu. Me levantei, indo até o banheiro lavando meu rosto olhando no espelho, como se fosse na mesma manhã que encontrei a Banshee. Me troquei e sai, com aquela mesma roupa do dia de meu aniversário, com a intenção de dar uma volta na floresta. Desci as escadas, encontrando com Floky que subia as mesmas, carregando vários livros. – Bom dia Floky, o que está fazendo? Perguntei a ele, olhando para o mesmo que subia as escadas enquanto eu descia.
- Bom dia Ster. Bom, eu estou levando isso aqui para minha sala, descobri algo importante, quando eu terminar conto a você, agora preciso ir. Disse o mesmo, tentando manter o equilíbrio da montanha de livros que o mesmo carregava, cobrindo até mesmo seu rosto.
- Ok, boa sorte. Disse a ele sorrindo, logo fechando a cara, saindo do castelo. Vendo Louis no estabulo. – Ah! Louis, como vai? Quer ir a floresta comigo? Perguntei a ela, balançando o pé para lá e para cá.
- Me desculpa Ster, eu estou muito ocupada agora. Poderia ser em outro momento? Perguntou ela, enquanto assentei com a cabeça, sorrindo como antes. A mesma pegava uma caixa grande, levando a mesma para dentro do castelo.
Suspirei novamente, passando pela ponte saindo do reino, indo até a floresta assobiando uma canção antiga, parando de assobiar ao ver um lobo prestes a atacar um filhote de cervo, pegando minha flecha calmamente, atingindo o mesmo que caia no chão.– Peguei você. Disse com um sorriso no rosto. Foi quando de repente, uma enorme explosão ecoou por todo o Reino e arredores, sendo possível de se ouvir de muito, muito distante, o barulho era distorcido e parecia uma enorme vidraça quebrando, causando o barulho de vários sons agudos e ecoantes. – O que foi isso? Disse assustada, correndo de volta para o Reino, chegando próximo ao portão.
- Princesa, entre rápido, rápido! Gritava os guardas, que guardavam os portões. Ao entrar pelo mesmo, os guardas fechavam todas as saídas do reino.
Subi rapidamente as muralhas, correndo até Twest, Arthur e Ramon, que pareciam assustados. – Pessoal, o que foi isso? Vocês também ouviram? Perguntei a eles, extremamente assustadas, com os três olhando na direção do vale, com os três parecendo compartilhar do mesmo medo.
- A barreira do vale dos mortos... Ela caiu. Disse Twest.
- Barreira? Perguntei a eles.
- Existe uma barreira em volta de todo o vale vossa graça, essa barreira impede que qualquer criatura monstruosa e pecaminosa, saia do vale. Explicou Arthur.
Olhei para o vale, vendo que um exército extremamente grande se aproximava da saída do vale, sendo impossível de se contar. Todas as criaturas corriam em direção a Lacus, bem distante ao horizonte. Criaturas voavam, outras corriam, algumas rastejavam. – Eles estão vindo, todas as criaturas do vale, as piores desse mundo, todas estão vindo para Lacus, estão todas soltas. Disse Ramon, meio sério.
- Princesa, o que faremos? Perguntou Arthur.
Mesmo assustada, me mantive seria, olhando para o até então, invencível exército. – Todos aos seus postos! Gritei a todos, que começavam correr entre si, se preparando para lutar. – Nós vamos lutar!!! Gritei a todos.
-Vocês ouviram a princesa! Gritou Twest.
Levantei minha mão para o alto com meu punho fechado, sacando minha espada. – Por Lacus!!!
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Várvagon e o Reino de Lacus Herba
FantasíaStephanie conhecida como Ster, é uma garota de 16 anos que faz parte de uma família real, os Lacrun, que governam um dos reinos de Várvagon, Lacus Herba, ela perdeu o pai em um ataque de conspiração contra o trono, por conta disso, ela e sua mãe Lu...