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Paul Pov

    Chego no local da festa e procuro Lisa com os olhos. Caramba, tem muita gente aqui... Grupinhos de jovens bêbados e vomitando uns nos outros.

- Paul? - Me viro rápido com a voz familiar

- Oi Lisa. - Eu digo sorrindo e a abraço - Bem legal a festa e você está... perfeita.

- Obrigada. Você também não tá nada mal. 

- Paul, meu bro! Não achei que tu vinha! - Mário disse me abraçando de lado. - Vamo fazer um racha ou uma roleta russa?

- Claro! - Eu digo animado, afinal, quando eu chegar em casa, já vou levar uma surra mesmo. Tenho que aproveitar. - Tem problema, Lis?

- Não. Eu vou junto. - Ela disse sorrindo.

Odile Pov

     Estou com sono então peço pro meu pai pra eu ir pro meu quarto.  Ah, oque é isso? Pego um bilhete...

 Odile, eu tenho que sair. Se a mamãe ou o papai perguntarem alguma coisa, diz que eu estou tomando banho. Se algum dos pirralhos perguntar, você muda de assunto. Valeu.

     Fala sério, Paul... No mesmo momento que termino de ler, vejo mamãe passar em direção ao quarto do meu irmão. Esse moleque quer me matar!

- Mãe? - Pergunto a encarando nervosa

- Onde está seu irmão?

- Er... tomando banho.

- Mas

- É, eu também falei pra ele. Mas ele tá com medo de apanhar e foi tomar uma banho pra relaxar...

- Ah, então vou esperar um pouco. - Ela disse suspirando e saindo do quarto.

Sharon Pov

     Acho que daqui uns 10 minutos, Paul já termina esse banho dele.

- Mamãe... - Diz Polly esticando os braços, eu a seguro no colo

- Oque foi, bebê?

- O Sidney tá chorando muito...

- Ah, é que... Ele teve um encontro desconfortável com a minha mão. - Eu disse dando de ombros

- Espera papai!! - Me assusto ao ver Odile correndo atrás do meu marido que aparece na sala com um papel em mãos e uma cara de poucos amigos.

- Oque houve,querido? 

- Paul não está em casa. - Ele disse sério

- Oque? Mas Dile disse que ele estava tomando banho.

- Isso é porque ela está ajudando ele. Esse bilhete diz tudo. - Ele fala me entregando o papel

- Eu não acredito nisso, filha! - Digo brava assim que termino de ler

- Me desculpem... - Ela diz de cabeça baixa

- Agora não adianta mais, os dois estão encrencados. Vá comer alguma coisa e vá direto pra cama, vou buscar o seu irmão e amanhã, nós três vamos conversar. - Steve disse sério e pude ver minha filha engolir em seco e concordar.

'Autora'

     Paul e Lisa estavam tendo uns pegas enquanto os amigos faziam uma racha. Era um elogio a cada chupão.

- Vai Mário! Você consegue! - Disse Lisa se separando do beijo quente de Paul. O garoto sorriu e se afastou um pouco da garota e pegou seu celular. Havia umas 30 mensagens dos pais. Mas Paul não se incomodou e foi pegar uma bebida na adega do local. Ficou surpreso quando viu o pai de Lisa conversando com uma cara loiro e forte. Não sabia que os pais dela estavam na casa, porém passou despreocupado pelos homens e pegou uma vodca. Soltou a bebida no momento em que sentiu uma ardência forte em sua orelha, oque fez cacos de vidro se espalharem pelo chão. O garoto gelou quando viu seu pai o encarando com raiva.

- Pai... me solta, por favor. - Paul tentou segurar o choro, mas sua orelha estava ardendo bastante, oque fez lágrimas saírem do canto de seus olhos. Steve não falou nada, apenas arrastou o garoto até o carro e fechou a porta com força, oque fez o menino pular assustado.

- Tem ideia da sua irresponsabilidade garoto!!?? Saiu de casa sem a minha autorização e podia ter se machucado! Meteu sua irmã nisso e agora os dois estão bem encrencados!!

- Foi mal, pai...

- Foi péssimo, Paul!! Você já é bem crescidinho, devia medir suas ações!! Moleque, eu devia te dar uma surra aqui mesmo, mas se eu fizer, um estrago vai acontecer... - Ele disse olhando perigosamente para o  filho, pelo retrovisor, o menino encolheu com medo - Chegando em casa, eu não quero ouvir um piu!! Você vai tomar uma banho pra tirar esse cheiro podre de álcool e vai dormir, amanhã a gente vai se acertar no meu escritório. - Steve deu a sentença e Paul sentiu o estômago revirar, sentiu que iria vomitar...

     Steve estacionou o carro e logo Paul correu pra dentro de casa.

- Filho! Oh, meu deus. Você está bem? - Sharon perguntou abraçando o menino e procurando algum machucado

- Eu to bem, mãe...

- ótimo. Nunca mais faça isso, moleque! - A loira disse agarrando a orelha do menino que choramingou baixinho - Tem ideia do quanto me preocupou, seu pestinha!? Fez isso só pra me testar ou pra não apanhar?! Ah, é. Agora não importa, você vai apanhar de qualquer jeito. Confio em tudo oque seu pai achar certo. - Ela disse firme e soltou a orelha do menino que a encarou com os olhos marejados e um bico - Você errou, pequeno. Não faça essa cara. Agora, vá tomar uma banho e descansar. - Sharon disse e logo deu um beijo na testa do menino, que saiu triste. 


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