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Pov Paul

     O almoço foi tranquilo. Hoje é domingo e a mamãe sempre deixa a gente almoçar oque a gente quiser, e já que era o meu dia de escolher, comemos pizza. Depois, Polly e Penina dormiram como uns anjinhos, ou melhor, como Lúcifer. Porque, como elas são chatas! Aff! 

- Paul? - Meus pensamentos são cortados quando vejo Odile entrar no meu quarto.

- Que é? - Eu pergunto grosso. Não tenho nada contra Odile, eu gosto dela, mas ela é muito quieta e isso me irrita.

- O papai tá lhe chamando no escritório. 

- Porque?

- Não sei, ele pediu pra eu te chamar. Vai lá, sabe que ele não gosta de ficar esperando. - Ela diz calma e sai. Eu reviro os olhos. Oque papai quer dessa vez? Caminho rápido até o escritório e entro sem bater.

- Oi filho.

- Oque foi, pai? - Eu pergunto sem paciência. - Eu tenho mais oque fazer. Fala logo.

- Preste atenção no jeito que fala comigo, rapaz. - Ele diz sério e reviro os olhos - Pode me explicar isso? - Ele pergunta me mostrando um papel. Leio rápido e percebo que é meu boletim... Tem 3 notas vermelhas.

- E-eu... Eu tentei tirar notas boas pai. - Tento me explicar

- Isso não vem ao caso. Onde você estava quando eu te mandei estudar?

- Eu estava no meu quarto... Estudando, como você mandou.

- Tem certeza? - Ele me pergunta com a sobrancelha arqueada.

- Sim...

- Não ouse mentir pra mim, Paul. 

- Mas eu não tô mentindo, pai. - Eu falo tentando parecer seguro. Não sei porque estou nervoso, eu realmente tentei estudar, mas a merda do conteúdo não entra na minha cabeça.

- Certo, eu vou pagar um professor de reforço pra você. E você está de castigo, de casa pra escola, da escola pra casa. - Ele diz passando a mão no meu cabelo. Eu apenas concordo e saio do escritório. 

     E agora? Lisa me convidou para uma festa na casa dela e eu tenho que ir! Eu gosto dela e essa pode ser minha chance. Ah, dane-se. Eu vou!

Steve Pov

     Depois de colocar Penny na cama, vou pra varanda tomar um pouco de ar. Sério, ter filhos dá muito trabalho! 

- Amor? - Ouço a voz de minha esposa e respiro fundo.

- Oi, querida... - Eu falo me virando pra ela e forçando um sorriso.

- Você está exausto, vá descancar.

- Não posso. As crianças...

- Amor... Odile, Paul, Paddy e Sid não são mais crianças. 

- Sim, mas tem a Penina, a Penny e a Polly. Não posso dormir e deixar todo o trabalho pra você. Vai ficar muito pesado e você vai se cansar...

- Eu sou mãe. Fazer oque? - Ela diz sorrindo - E depois... de noite, eu posso cansar você. - Ela me fala com um sorriso malicioso. Eu concordo e vou pro meu quarto.

'Autora'

     Polly brincava com suas bonecas, junto com Penny. As duas eram as mais novas e viviam juntas. Patrick e Odile jogavam FIFA sentados nos puffs da sala, quando Paul chegou para atrapalhar. Pegou o controle e desligou a TV.

- Paul! A gente tá jogando, cara! - Patrick protesta

- Foda-se. Eu quero assistir meu programa. Os incomodados que se mudem. - O garoto disse arrogante e indiferente.

- Paul, a gente tava quase terminando a partida. Liga de novo, pode jogar com a gente se quiser... - Odile tentou contornar a situação

- Não. Eu vou ver o meu programa. - O garoto retrucou teimoso

- Mamãe disse que o controle não é de ninguém. - Dessa vez Polly falou

- Ninguém te perguntou nada, pirralha! 

- Não grita com ela! - Penny gritou

- É Paul! Sai daqui! - Patrick disse indo em direção ao irmão

- Parem! Vocês vão apanhar se nossos pais verem essa briga desnecessária... - Odile disse levantando

- Eu não me importo! - Paul gritou e ligou a TV no programa desejado

- Me dá o controle! - Paddy gritou

- Nope. - Paul respondeu sem nem olhar o irmão

- Oque está acontecendo? - Sidney perguntou entrando na sala com uma xícara de café nas mãos

- Paul é um egoísta! - Patrick gritou apontando pro irmão

- Não sou não! - O garoto revida

- Tá legal, já chega! Parem de gritar! - Sidney reclamou tomando o controle da mão de Paul e o menino pulou do sofá irritado

- Me devolve! - Paul correu em direção a Sidney, mas Odile o segurou. - Me solta Dile!! - Paul gritou e empurrou a irmã, Odile caiu sentada no sofá. E Polly tampou os ouvidos, evitando ouvir a briga.

- PAUL, JÁ CHEGA! Deixa de ser mimado, seu idiota! - Sidney gritou sem paciência alguma

- Que gritaria é essa, pelo amor de Deus?! - Sharon pergunta aparecendo no local e Steve vem atrás de braços cruzados.

- Eles ficam me enchendo o saco, mãe! - Paul se defendeu

- O Paul é um mimado de merda! - Sidney retrucou

- Olha a lingua. - Steve disse sério

- Parem de gritar, os dois! Cada um pro seu quarto, conversamos depois. - A mãe disse firme e Sidney revirou os olhos mas obedeceu, Paul permaneceu parado. - Quer um incentivo pra me obedecer, filho? - Sharon pergunta cínica e o menino correu pro quarto, saindo do transe de raiva.

- Vocês estão bem? - Sharon perguntou segurando Penny e Polly no colo. Polly logo começou a chorar baixinho. - Shh... está tudo bem, amorzinho.

- Eles ficaram brigando mamãe... Eu tentei separar a briga, mas eles me ignoraram. - Odile disse baixinho

- Fez bem, pequena. - Sharon disse sorrindo carinhosamente para a filha.

- Venham comigo, minhas filhas. - Steve disse estendendo os braços para a esposa, que entregou Polly nos braços dele. - Vamos assistir algo que todos queiram. 

- Mamãe... - Odile chamou a mãe

- Sim?

- Vai bater no Paul e no Sid?

- Não sei, meu amor. Mas garanto que vai ficar tudo bem.

- Mas mamãe... Sid estava tentando contornar a situação e ele já apanhou hoje, não faz isso com ele, por favor... E Paul, bem, ele é assim mesmo, não pode controlar.... Por favor, mamãe - Odile implorou olhando a mãe e Sharon sentiu dó da filha, ela não poderia ficar assim toda vez que um irmão fosse castigado.

- Dile... Eu vou conversar com eles, pode ser? - A mulher disse fazendo carinho na bochecha da filha e Odile suspirou aliviada.

- Obrigada mamãe.

     Sharon deu um beijo na testa da filha e foi para o quarto de Sid.

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