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- Filho. - Sharon diz carinhosa encarando o garoto que está encolhido na cama - Vamos conversar, meu rapaz.

- Mãe eu...

- Não. Escuta a mamãe, ta bom? - Sharon disse calma, mas com tom firme e Sidney se calou - Primeiramente, seu irmão não é mimado... Muito menos um "mimado de merda". - Ela disse séria e o garoto se encolheu mais ainda, sabia que tinha pisado na bola. Seus pais odiavam palavrões e insultos, ou seja, ele com certeza estava ferrado. - Quando seus irmãos estiverem brigando e você não conseguir contornar a situação, não xingue ou grite, apenas nos chame.

- Me desculpa... Por não conseguir contornar... - O menino falou com os olhos marejados e a mãe o olhou confusa - Eu sou o mais velho e devia ajudar vocês em relação aos meus irmãos...

- Sid... - A loira disse colocando a mão no queixo do garoto, fazendo-o olhar pra ela- A educação dos seus irmãos e irmãs não cabe a você, bebê. Eu e seu pai sempre vamos contar com você quando precisarmos de um apoio a mais.Porém você não ter que se cobrar em ter que controla-los ou nos ajudar... Você não é babá de ninguém.

- É que... você e o papai fazem muita coisa. Eu queria poder fazer mais... Me sinto inútil.

- Filho, olha pra mim. Você é um orgulho. Eu te amo muito... Você não é inútil.

- Tem certeza? - O garoto perguntou olhando para a mãe com lágrimas teimosas que caiam dos olhos.

- Absoluta, meu amor. - A loira disse abraçando o primogênito carinhosamente.

- Mamãe...

- Sim?

- A senhora ainda vai... me bater?

- Vou sim. - Ela disse firme e o garoto engoliu em seco - Olha, você fez bem tentando concertar as coisas, mas xingar seu irmão foi muito errado.

- Mas eu pedi desculpas...

- Isso não é o suficiente, filhote. No meu colo, vamos. - Ela pediu calma e o menino recuou levantando da cama. - Sidney. - A mãe repreendeu mais séria.

- Não quero apanhar. - O garoto disse voltando a chorar.

- Você sabe muito bem os motivos que o levaram a essa situação, meu filho. Sem reclamações, no meu colo, por favor. - Sharon disse com uma expressão cansada e o garoto cedeu, não queria chatear a mãe. Caminhou em passos lentos até ela e abaixou a calça, Sharon o puxou pro seu colo e o ajeitou com cuidado. - Porque você vai apanhar, Sidney Rogers?

- P-porque eu xinguei o Paul e briguei com ele... - Sua voz saiu abafada, o garoto colocou o rosto no travesseiro. A loira concordou e começou o castigo.

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     Sharon batia sempre com força moderada no traseiro dos filhos. Mas com uma certa velocidade, o que fazia todos chorarem rapidamente.

PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT mamããee PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT chegaa PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT por favoor PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT dóii PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT Aaaahaaii PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT aawwnn PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT

     A loira parou um pouco e segurou a cox da cueca do filho, a abaixando.

- Não mãe, espera!!

     Sharon apenas ignorou, Sidney não iria fazer aquilo de novo tão cedo.

PAFT PAFT aaaauuu PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT manhêê PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT ahaaaaiii PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT paraaaa PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT dóóóiii PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT aaaaaahhh PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT PAFT

     A loira achou que já era o suficiente e ajudou o filho a se levantar.

- Own, meu amor... - ela disse abraçando o menino que chorava alto - Vai ficar tudo bem, pequeno.

     A mulher continuou a consolar carinhosamente o primogênito.

Paul Pov

     Estou a um bom tempo esperando minha mãe. Ah, mas que saco! Meus irmãos são um porre! Culpa deles eu estar aqui prestes a levar uma surra! Eu sinceramente não quero ficar aqui, e nem vou! Dane-se mesmo, eu vou pra festa da Lisa e vou ficar lá, com ela. Só vou precisar de uma distração... 

     Saio do meu quarto em direção ao quarto de Odile. Eu gosto dela, mesmo não demonstrando nenhum pouco, ela vai querer me ajudar.

- Dile? - Pergunto entrando sem bater, não tem ninguém, ah, ela está com o papai... Merda. Quer saber, ela vai me ajudar mesmo assim. Vou deixar um bilhete. 

     Já que o quarto dela é no térreo, dá pra pular. Eu saio de lá e chamo um táxi. Festa, aí vou eu!

Rogers FamilyOnde histórias criam vida. Descubra agora