𝟭𝟳. Péssimos dias no orfanato

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As férias pareciam durar uma eternidade, o que eu não era uma boa coisa para os Riddle's

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As férias pareciam durar uma eternidade, o que eu não era uma boa coisa para os Riddle's. Isso significava aturar as pessoas insuportáveis naquele orfanato por mais tempo.

Depois da tortura acidental no sobrinho da Sra. Barebone, Milda teve que passar 2 dias trancadas no quartinho de depósitos, como a mulher disse: "pensando nas suas atitudes". Para fortalecer o castigo, Sra. Barebone fez questão de encher o espaço de aranhas. O quarto era escuro e assustador para qualquer pessoa normal, sorte que Milda era uma bruxa.

As aranhas grandes pretas que andavam pela parede e se aproximavam da garota a cada momento recuaram em dois minutos quando uma cobra entrou pelo basculante. Qualquer outra criança estaria apavorada com a situação e Milda entendeu a fama que a Sra. Barebone conquistou em domar crianças . Depois de uma experiência como aquela, ninguém teria mais coragem em ao menos encarar a mulher frente a frente.

A garota, porém, sorriu aliviada quando a cobra apareceu, pois ela começou a caçar as aranhas que atormentavam a menina.

A mais antipática das zeladores do orfanato sempre fora a velha rabugenta Martha. Cabelos brancos, gorda e com sua fiel corrente dourada com uma cruz no pescoço. Sempre saia aos domingos para a igreja no fim da tarde, o que era um alivio para as crianças não ter sua presença no dia.

Rígida, a Dona Martha.

Não admitia choro de criança. Seja velha ou das mais novas, puxava-lhe pelas orelhas para que calasse a boca. " Cale a boca, peste !! " Todos ouviam os gritos de desespero da criança sendo arrastada e se encolhiam em súbito.

Os mais velhos abafava a boquinha dos menores e corria com eles para os fundos, torcendo-lhe em caminho beliscões desesperado, como forma de proteção para evitarem encarar uma punição. Outros, como o ruivo, Dennis Bishop, instigava os demais de propósito para que chorassem e ele se divertisse com o desespero da criança sendo arrastada pelo corredor com olhos eternamente assustados à Martha.

Dois tapas na bunda e alguns puxões na orelha até ficar vermelha. Nunca passou disso os castigos de Dona Martha. O desespero das crianças pequenas sempre foi mais pelo terror psicológico.

Assim cresceu Milda. Órfã de mãe ao nascer, mãos e pés calejados de tanto lavar louça e esfregar chão. Chorando quieta em seu quarto para não atrair a atenção da Martha. Diretora Cole até estranhava, nunca tivera visto nenhum dos gêmeos chorando. Presenciou tantas crianças berrando por quedas da escada ou algum outro tombo, enquanto já havia visto a menina Riddle com mãos calejadas, pés cortados em cacos de vidros sem derramar uma única lágrima.

Talvez aí estivesse o segredo. Milda nunca chorou de dor. Sempre de solidão. Um choro quieto, encolhida em sua cama e acalentada pelo irmão.

Sua infância fugindo das mãos de Martha, agora parecia encantadora, comparado com o terror que Sra. Barebone fazia no Orfanato Wool's. A velha beata apenas não suportava gritos de crianças e mandava rudemente que calasse a boca, como qualquer outra idosa na idade. Sra. Barebone por outro lado, ainda nova, no máximo uns quarenta anos, sentia prazer em bater nas crianças.

A outra Riddle  ──  Lady das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora