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     Eu e Jung kook estávamos discutindo dentro do carro e isso acabou resultando em nosso termino. Depois de longos minutos torturantes em silêncio dentro do carro nos chegamos em frente à minha casa.
— Eu sei, você sabe, nós sabemos, que não fomos feitos um para o outro e está tudo bem — eu começo a me lembrar dos momentos que tive com o mesmo — Mas se o mundo estivesse acabando, você viria, certo? Você viria e passaria a noite. — eu olho para ele que estava com a cabeça apoiada no volante enquanto falava com a voz embargada — Você me amaria por isso? todos os nossos medos seriam irrelevantes. Se o mundo estivesse acabando, você viria, certo? O céu estaria caindo e eu te abraçaria forte —
Nabi: Jeon
— E não haveria nem sequer um motivo pelo qual tivéssemos que dizer adeus — ele levanta a cabeça a me olha com o rosto todo molhado das lágrimas que ainda caiam. — Vai ser melhor assim — ele diz sem olhar nos meus olhos, como se não tivesse certeza disso mas achava ser o certo, eu apenas concordo com a cabeça e saio sem dizer nada.

"— Acho que eu descobri como pensar em você sem ter que rasgar o meu coração — ele diz ao te ver entrando em casa."

Havia se passado meses e anos que eu já não via mais o Jung kook e nem tinha noticiais sobre ele, minha vida estava indo bem e esperava que a dele também. Eu não o tinha esquecido, mas continuava com a vida como se nada tivesse acontecido. Se ele achava que nós não iriamos dar certo eu não podia fazer nada, mas ouvir todas aquelas palavras vindo dele me machucou. Eu ainda conseguia me lembrar de como chorei quando cheguei em casa e adentrei em meu quarto. Esperei que ele mandasse mensagem por alguns meses mas ele não mandou, então decidi seguir em frente. Eu comecei a me relacionar com o Taehyung mas nada muito sério, apenas uma amizade colorida digamos assim. Ele tinha notícias do Jung Kook pois eram muito amigos, mas não mencionava nada sobre ele, e eu também não perguntava.
Tae: Quero te levar a um lugar — diz entrando na sala de aula, me abraçando por trás e dando um beijo em minha cabeça. Eu estava desenhando em meu caderno um rosto bem familiar, então o fechei logo que ele chegou, para que ele não visse o desenho que estava fazendo.
Nabi: Vai depender de onde, quando e o que —digo para ele que se senta em uma cadeira ao lado da minha.
Tae: O que ? — pergunta confuso
Nabi: O que você quer de mim! — eu peguei um pincel e passei tinta azul na ponta de seu nariz, ele pegou outro pincel e me sujou de tinta também.
Nós começamos a rir e fazer uma pequena guerra de tinta, mas ele segura em meus pulsos ficando atrás de mim. Eu paro bruscamente ao perceber que tinha alguém observando nós dois, e quando olho para a porta eu consigo ver de relance um braço tatuado. Engulo em seco quando percebo que meus pensamentos se voltaram para Jung Kook pensando que poderia ser ele.
Tae: está tudo bem? — ele se senta na cadeira e me puxa pra sentar em seu colo.
Nabi: estamos na faculdade — eu imediatamente olho pros lados tentando ver se não vinha ninguém. A gente ficava mas ninguém sabia, era uma coisa só entre nós. Eu tentei me levantar de seu colo mas ele me puxou novamente para ele.
Tae: Só tem a gente aqui.
Nabi: aham – falo sarcástica – e sobre esse tal local em?
Tae: você vai ver quando chegar lá
Nabi: não pode nem me falar o que é? — faço bico. Ele me dá um selinho rindo.
Tae: é só uma festinha
O olho desconfiada. Ele da uma batidinha com o dedo na ponta de meu nariz.
Tae: não confia em mim?
Nabi: não
Ele coloca a mão no peito como se sentisse ofendido com a minha confissão.
Tae: me senti ofendido, vou embora então — me tira de seu colo e se levanta andando de vagar pra porta fazendo drama. Começo a rir do mesmo pensando em como esse garoto consegue ser dramático.
Tae: te busco às oito anjo — pisca pra mim e sai me deixando sozinha naquele lugar.

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