Capítulo 22

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Lavínia

Eu tava tão preocupada com o D7, que chegou um momento que eu não consegui segurar minha vontade de chorar, e simplesmente deixei que as lágrimas caíssem.

Ísis tava do meu lado, segurando minhas mãos e tentando me acalmar, mas eu juro que tava difícil.

Cara, eu tava sentindo um aperto tão forte e angustiante no peito, e a única pessoa que eu conseguia pensar era o Danilo, e isso me preocupava mais ainda.

Parecia que eu tava sentindo que tava acontecendo algo com ele, sabe? Mesmo apesar do mesmo ter me dito que está tudo bem.

Ísis: Tu precisa se acalmar, Lavínia. - Passou a mão no meu cabelo, tirando o mesmo de cima do meu rosto. - Logo nosso horário de almoço acaba, e tu precisa tá bem pra ir atender os clientes. - Disse olhando pra mim. - Quer uma água com açúcar? Já me disseram que ajuda a pessoa se acalmar.

Lavínia: Sim, por favor. - Coloquei a mão no peito, começando soluçar.

Ísis se levantou e saiu andando rápido para o depósito do mercado, e uns dez minutos depois voltou com a água e açúcar.

Ísis: Demorei, mas voltei. - Me entregou o copo, e sem demora nenhuma eu já comecei tomar.

Lavínia: Valeu. - Entreguei o copo vazio pra ela. - Eu vou no banheiro e já volto. - Levantei, e saí indo em direção ao banheiro.

Entrei no banheiro e depois de fazer minhas necessidades fui ajeitar minha maquiagem, que apesar de ter sido feita bem fraquinha, tinha começado borrar.

Assim que ouvi a Ísis me chamar, eu saí do banheiro e vi ela próxima a porta, com o Danilo do lado.

D7: Como cê tá em, princesa? - Veio até mim e me abraçou.

Lavínia: Preocupada contigo. - Apertei mais o abraço. - Danilo, não saí de perto de mim não, por favor, cara! - Olhei pra ele.

D7: Calma, princesa, calma. - Beijou minha cabeça. - Eu vou ficar contigo hoje, e pode relaxar que não tá acontecendo nada.

Carla: Lavínia, eu vi que você não tá bem. - Apareceu na porta entre o banheiro e o depósito. - Vai pra casa, tenta relaxar e amanhã se você tiver mais tranquila aí você vem trabalhar, ok? - Disse com uma voz paciente como sempre, e eu balancei a cabeça concordando. - Hoje você não está em condições de trabalhar, então é melhor nem tentar.

D7: Pô, valeu tia. - Sorriu pra tia Carla. - Eu vou levar ela pra minha casa e ficar lá com ela, até que ela melhore . - Passou o braço por trás da minha cintura. - Valeu aí, Ísis, por ter me ligado avisando e pá. - Balançou a cabeça pra Ísis, que sorriu de lado.

Ísis: Mais tarde eu passo lá pra te ver,  Lavínia. - Segurou minhas mãos. - Fica bem, tá? - Beijou minha testa, eu balancei a cabeça concordando, e depois saí do mercado com o Danilo ao meu lado.

Fomos subindo a favela a pé mesmo, e foi maior sofrimento, o sol hoje tava quente e eu cheguei lá encima toda suada, assim como o Danilo que já tinha até tirado a camisa.

D7: Depois de subir isso tudo, sou merecedor de um banho. - Disse assim que entramos na casa dele. - Tu se importa de ficar aqui sozinha enquanto eu tomo banho? Prometo que vou ser rápido, cinco minutos no máximo. - Disse olhando pra mim, assim que eu sentei no sofá.

Lavínia: Posso ficar no seu quarto? - Fiz bico, e ele balançou a cabeça concordando, então eu levantei do sofá e segui ele até o quarto.

Danilo pegou uma toalha que tava na porta e depois entrou pro banheiro, me deixando sentada na cama dele.

A insegurança que eu tava sentindo era tanta, que eu queria mesmo era entrar pro banheiro com ele, mas me segurei e pedi pra ficar só no quarto mesmo.

Depois que o Danilo tomou banho, nós fomos assistir um filme lá na sala, e quando deu umas sete horas da noite ouvimos a Ísis chamar lá fora.

D7: Pode deixar que eu abro a porta. - Se levantou e foi até a porta, logo abrindo a mesma. - Meu moleque pô! - Disse em um tom de animação na voz, porém, falou mais baixo que o normal e eu me virei, logo conseguindo perceber que o Caio tava dormindo. - Coloca ele na minha cama lá pô. - Disse olhando pra Ísis, que concordou e depois foi indo em direção ao quarto, com o Danilo atrás dela.

Voltei a assistir o filme, mas desviei meu olhar da tv quando ouvi um celular tocar, e quando fui ver era o do meu irmão, recebendo uma ligação de um número desconhecido.

Lavínia: Ô D7, tem um número desconhecido ligando pra ti, vem logo se não eu vou atender! - Gritei.

D7: Atende não, deixa tocar, eu já tô indo já. - Gritou de volta.

D7 demorou vim, e o celular não parava de tocar, então eu mesma decidi atender.

Assim que coloquei o celular no ouvido o Danilo apareceu no corredor e quando viu já veio correndo e pegou o celular da minha mão, com bastante rapidez.

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