⊱⋅ ─ Capítulo 03

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CAPÍTULO 03
MENTIRAS

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Quando o ômega finalmente chegou em casa, o sol lentamente se ocultava no horizonte e a luz do luar timidamente aparecia acima das volumosas nuvens para anunciar a chegada de mais uma noite.

Com a cesta no braço e desejando não fazer nenhum barulho enquanto caminhava ㅡpraticamenteㅡ na ponta dos dedos dos pés pelo corredor que dava acesso a cozinha, o ômega, ao que antes procurou olhar para o interior e ver se havia alguém, suspirando em alívio ao notar que estava vazio, também deixou às pressas a cesta sobre a mesa e as tigelas sujas ao lado de um dos tachos ¹ com água parada; intercalando o olhar entre o corredor e a porta dos fundos.

ㅡ Yah! Não chute tão forte, bebê. Tenha dó do seu papai, sim? ㅡ Choramingou, usando sua mão vazia para acariciar a região dolorida na barriga ㅡ E é bom que você se pareça comigo, do contrário, não irei perdoar seus chutes fortes e ficarei triste.

Ham-Ham! ²

O pigarreio inesperado um pouco atrás de si, não só foi motivo para que engolisse em seco e parasse o que estava fazendo, como também, o fez virar-se depressa e arregalar os olhos ao se deparar a jovem beta; parecia bastante irritada.

ㅡ Aida, querida! ㅡ Exclamou um pouco nervoso, forçando um sorriso ㅡ Há quant-

ㅡ Onde o senhor estava? ㅡ Questionou-o com um falso tom paciente, cruzando os braços em frente ao corpo ㅡ Estive a tarde toda a sua procura e quase pedi para algum empregado chamar seu marid-

ㅡ Y-ya! Não p-precisava ter toda essa preocupação! ㅡ Interrompeu-a de abrupto, mostrando-se um pouco nervoso enquanto balançava as mãos em frente ao corpo ㅡ A-apenas fui fazer uma visita na fazenda dos Lee's. Soube que Jisung estava doente.

ㅡ Estranho. Nenhum empregado me disse tê-lo visto abrir a porteira. ㅡ Franziu o cenho.

ㅡ É-é que saí quando não h-havia ninguém na porteira. ㅡ Disse breve, rodeando a mesa ㅡ Não se preocupe.

ㅡ Tem certeza? ㅡ Continuou, ainda parecendo desconfiada ㅡ Não está fazendo nada escondido, certo?

ㅡ Jamais. ㅡ Negou com a cabeça, comprimindo os lábios ㅡ BangChan, já está em casa?

ㅡ Chegou há algum tempo. ㅡ Suspirou, acenando ㅡ E ele já levou o jantar de vocês para o quarto.

ㅡ Hm? Vamos jantar no quarto? ㅡ Balbuciou, confuso ㅡ Não me lembro de ter combinado com ele algo assim para hoje (?)

ㅡ Não só isso, como também ele dispensou os empregados pelo resto da noite e amanhã de manhã. ㅡ Deu de ombros, pegando uma maçã verde em uma cesta sobre a mesa ㅡ E agora, já que o senhor chegou sã e salvo em casa e não parece precisar dos meus cuidados, também vou me recolher. Volto amanhã depois do almoço e-

ㅡ Não precisa! ㅡ Interrompeu-a de súbito, engolindo em seco ㅡ Digo, a-amanhã você pode ficar em casa. Tire um tempo para ficar com seu marido e filhos.

ㅡ Tem certeza? ㅡ Arqueou a sobrancelha.

ㅡ Aida, sua vida não se resume a apenas cuidar de mim. Também precisa ter um momento com seu marido e seus filhos. ㅡ Suspirou ㅡ Vá para casa e descanse um pouco, sim?

ㅡ Tudo bem. ㅡ Sorriu ㅡ Até am- Quer dizer, até depois de amanhã, senhor.

ㅡ Ya! Já disse para parar de me chamar assim! ㅡ Resmungou, bufando entediado.

ㅡ Desculpa, senhor. ㅡ Acenou.

Observando por alguns segundos em silêncio a beta sair pelos fundos da cozinha e tomando a iniciativa de fazer o mesmo, mas na direção contrária, Seungmin, depressa caminhou até as escadarias e resmungou um pouco alto ao ver a quantidade de degraus; parecia ser uma tortura contra si e seus pés.

ㅡ Hey! Deve ser tão bom viver aí nesse forninho, não é, bebê? ㅡ Choramingou, sentindo suas costas reclamarem em dor ㅡ Sério, você vai entender o porquê de eu estar perguntando isso, assim que se deparar com o tamanho dessa escada. Acho um tremendo exagero-

ㅡ Querido, são só quatorze degraus. Não seja tão dramático. ㅡ BangChan interrompeu-o do alto da escada, sorrindo ladino ㅡ Oi.

ㅡ Oi. ㅡ Parou de abrupto, esboçando um pequeno sorriso nos lábios para o maior ㅡ Ya! E para de me chamar de dramático, o bebê irá ouvir e perderei toda a minha reputação.

ㅡ Oh! ㅡ Entreabriu os lábios, fingindo falsa comoção ㅡ Será mesmo?

ㅡ BangChan, não teste minha paciência. Estou cansado e com fome. ㅡ Voltou a subir os degraus, ficando frente ao companheiro ㅡ Idiota.

ㅡ Ya! Não me chame assim, o bebê também irá ouvir. ㅡ Resmungou ㅡ Vamos, seu jantar já está lá no nosso quarto.

ㅡ Ah! Por que vamos jantar no quarto?

ㅡ Uh! Não há um motivo específico, apenas quero dar doses de carinho ao meu jantar. Está merecendo.

ㅡ Vou ganhar massagem nos pés? ㅡ Questionou-o com expectativa, batendo palmas.

ㅡ Em todos os lugares. ㅡ Sorriu ladino.

ㅡ Uh! ㅡ Sorriu, balançando fracamente a cabeça ㅡ Está ouvindo bebê (?), seu papai vai ganhar massagem nos pés!

ㅡ Fofo. ㅡ Selou seus lábios, tocando na barriga ㅡ Mas se eu fosse você, recomendaria nosso bebê a tapar as orelhas.

ㅡ Uh! Por qu- NÃO! ㅡ Exclamou de abrupto, sentindo suas bochechas esquentarem-se ㅡ Não. Não. Não.

ㅡ Ah! Por que não?

ㅡ Você não está merecendo essa boa vontade, BangChan. ㅡ Empinou o nariz ㅡ Ainda estou magoado.

ㅡ Hm? Com o que?

ㅡ Ya! Você já esqueceu? ㅡ Encarou-o incrédulo.

ㅡ Ah! Esqueci o que? ㅡ Franziu o cenho, totalmente confuso.

ㅡ BANGCHAN!

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V O C A B U L Á R I O

[1] Tachos: recipiente de ferro, cobre, etc.., geralmente raso e com alças, para uso doméstico ou industrial (nos tempos mordenos).

[2] Ham-Ham!: é a onomatopeia que representa o ruído que se faz ao pigarrear para chamar a atenção ou pra sugerir ironicamente que algo que foi dito não é verdadeiro

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[2] Ham-Ham!: é a onomatopeia que representa o ruído que se faz ao pigarrear para chamar a atenção ou pra sugerir ironicamente que algo que foi dito não é verdadeiro.

Nós & Vinte e Oito Patinhas || ChanminOnde histórias criam vida. Descubra agora