Não demorou muito para os vampiros sentirem a chegada da convidada e lentamente se agruparem para observá-la a distância, deixando mãe e filho sozinhos ao centro da meia lua que se formara fora da casa. A sensação que a jovem emanava lhes era estranha. Embora muito pálida, eles sentiam seu coração batendo. Ela lhes dava um intenso desejo de se aninharem em seu colo ao mesmo tempo em que uma força assustadora a circulava. Levou aos vampiros alguns segundos para se acostumarem a confusão que ela provocava aos seus instintos.
-Bem... - anunciou Harry, observando-os - Vejo que não fui o único convidado... As coisas devem estar sérias se todos esses vampiros estão aqui... Então, meu filho, me diga, o que aconteceu?
-Mãe, esses - Alistair iniciou a explicação sinalizando a família que começou a sair pela porta da grande casa - São os Cullen. Carlisle, um amigo antigo que me pediu por ajuda, e sua companheira Esme. Seu filho Edward, sua companheira Isabella e a mais nova integrante: Renesme. A razão de estarmos aqui. - disse ele, tentando ser o mais objetivo possível. Os outros poderiam ser apresentados depois.
-Uma mestiça, sim, eu vejo... Mas qual exatamente é a questão? Admito que sejam raros mas...
-Você já viu alguém como ela antes? - interrompeu Isabella.
-Mas é claro! Não são muito comuns, afinal de contas, poucos vampiros permitem que humanas vivam após um encontro entre as espécies. Muito menos deles tem controle o suficiente para não matá-las durante o sexo e raríssimos não as mata após a consumação, por segurança. E mesmo que a mulher sobreviva ao encontro, poucas resistem a gravidez complicada.
-Existem outros?
-Já disse que sim. Isabella, certo? - a garota assentiu - Eles costumam ser bem reservados. Se escondem mais que os vampiros comuns. Mas estão por aí.
-Quanto anos eles tem? - cortou a vampira novamente, parecendo cada vez mais ansiosa.
-Ora... e isso é pergunta que se faça?!
-Me desculpe eu só... preciso saber... Nessie vem... crescendo rápido demais. Eu só queria saber quanto tempo nós temos...
Finalmente entendendo aonde a vampira desejava chegar, Harry sorriu em simpatia.
-Ela crescerá assim até completar a maior idade, quando os hormônios de crescimento param de ser produzidos pelo corpo humano. Depois, o veneno conseguirá sobrepujá-los por completo e ela congelará por tempo indefinido, até sua morte.
-Morte?
-Bem, sim, nada é realmente imortal, menina. Nem mesmo você.
Harry notou o rápido olhar que seu filho lhe enviou, como se apontando a própria imortalidade de Harry, mas bem, ninguém era como Harry, era? Então não contava realmente. Além disso, mesmo que fosse o último, Harry também desapareceria um dia. Onde não há vida, não há a possibilidade de morte, afinal. E onde há vida, sempre haverá morte. Ambos são intrinsecamente dependentes. Do início ao fim.
-Você é como ela? - Ela ouviu ao longe. Os olhos de Harry vagaram na multidão, até pousarem num homem de feições juvenis e olhos vermelhos curioso, parado junto a uma moça de cabelos pretos lisos. Benjamin, ela reconheceu.
-Não, eu não sou.
-Mas podemos ouvir seu coração. -respondeu uma vampira junto a outro clã. Siohban, era seu nome.
-Sim, mas ao contrário dela, não sou meio vampira e meio humana, não preciso que meu coração bata, mesmo que ele o faça.
-Mas...
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Pedindo Socorro para a Morte - Harry Potter/Crepúsculo - ShortStory
Fiksi PenggemarQuando os Cullen são ameaçados pelos Volturi com o nascimento de Renesme, Carlisle chama por seus amigos e pede ajuda. Alistair, um de seus amigos mais antigos, se lembra de uma promessa feita a ele muitos séculos atrás por ninguém menos que Harrie...