I hate you •Bruno Rezende•

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Lydia Souza

–Então, já que você é cafona e quer fazer isso direito, o que acha que sair comigo?– ele fala ao pé do meu ouvido, enquanto eu tomava um gole da minha água.

–Está me chamando para um encontro, Bruno Rezende?

– Eu estou, quer dizer, por mim nós já podíamos ir morar juntos, mas você não vai aceitar

–Bom, você já está bem alterado– tiro a cerveja de sua mão– Não quer ir para casa?

–Vai pra casa comigo?– ele dá um sorriso malicioso e eu reviro os olhos

–Vou pegar minhas coisas, sempre fico com a pior parte.

– Eu sou a pior parte?– Um biquinho se forma em seus lábios

– Não, meu bem, você não é. Espera só um minuto, ok?– falo e pego minhas coisas correndo, voltando para o mais velho.

A essas horas, todos conseguiam ver o clima entre a gente, bebemos, dançamos e cantamos juntos o dia todo, é no mínimo estranho para duas pessoas que supostamente se odeiam.

– Vou deixar o Bruno em casa– aviso para as pessoas que ali estavam

– Vai só deixar o Bruno em casa? – Bia me olha desconfiada

–Sim Beatriz, vou só deixar essa criança imatura em casa– ele se levanta e pega em minha mão, provavelmente para que eu o guie até a saída– Enfim, se precisarem de alguma coisa sabem onde me encontrar

–Juízo, Lydia, muito juízo– meu irmão diz e eu reviro os olhos, acompanhando meu bêbado até a casa dele

–Eu estou bem, amor. Não precisa disso tudo– ele resmunga assim que o coloco sentado no sofá

–Mas é claro que precisa, sempre olhei você bêbado

–Você sempre brigou comigo enquanto eu estava bêbado, é diferente

Concordo, e sinto ele me puxar, fazendo com que eu caia em cima dele no sofá

–Endoidou, Bruno? Você precisa de um banho, está fedendo cachaça

–Não estou nada, eu nem bebi muito, só fiz cena para poder vir pra casa com você

– Como é? Você mentiu para mim?

–É– ele sorri amarelo, levando suas mãos até minhas coxas – Foi por uma boa causa

–Você é ridículo!

–Como é? –ele começa a distribuir beijos em meu pescoço

–Ridículo

–E o que mais?– seus beijos vão descendo por todo meu colo

–E.. insuportável

–Mais alguma coisa?– ele diz com seus lábios colados à minha pele, fazendo com que eu sinta todo meu corpo se arrepiar.

Não respondo sua pergunta e simplesmente tomo seus lábios para mim, e no mesmo instante sou correspondida. Nossas línguas estão sincronizadas em um só ritmo, o desejo entre nós é praticamente palpável, e os dois sabemos o quanto precisamos um do outro agora.

Uma de suas mãos aperta minha perna com força, enquanto a outra faz o mesmo com minha cintura, e esse ato faz com que eu solte um suspiro involuntário. Enterro minhas mãos em seus longos e sedosos cachos, puxando- os levemente.

O beijo vai ficando cada vez mais quente, e meu corpo já implorava por ele, eu precisava ter esse homem está noite, nem que seja só por hoje.