Capítulo 15

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MARATONA 3/4

SABINA POV.

Uma angústia crescente me dominava. Já eram quase quatro horas da manhã e nada de Any voltar. Eu não conseguir dormir, óbvio.Sem notícias, sem saber realmente o que estava acontecendo. Andava de um lado a outro no quarto tentando me acalmar. Merda...eu queria minha esposa de volta .Por que não me deixou ir? Ainda mais com aquela Deinert por perto. E Any ainda ficava brava com meu ciúmes. Mesmo longe essa praga vinha me perturbar.

Pensei em ligar para Any, mas isso provavelmente só provocaria sua ira. E quando ela voltasse...eu estaria perdida. Sentei-me novamente na cama, pela milésima vez naquela noite. Balançava minhas pernas incessantemente. Perdi a conta de quantas xícaras de chá de camomila eu tomei. E nem assim conseguiria pregar os olhos.

Às vezes eu temia pela Any. Ela era poderosa, mas não era Deusa. E se pegassem ela? Atirassem nela...sei lá. Só de pensar nisso eu estremeci. Ficaria louca se a perdesse. Ouvi passos do lado de fora e vozes alteradas. Corri até a janela e vi o carro de Any e o carro que o pessoal usava. Ela estava de volta. Fiquei um tempo parada pensando se ia até lá ou não. No entanto, antes que eu saísse do lugar Any adentrou no quarto. Passou direto por mim e foi até o closet voltando com uma caixa de madeira nas mãos...

- O que houve, Any?

- Agora não, Sabina.

Mas era uma égua mesmo. Deus do céu...custava ter o mínimo de educação? Antes que eu desse uma resposta à altura ela deu meia volta, parou à minha frente e com apenas uma mão segurou-me pela nuca, buscando minha boca. Imediatamente enrosquei minha língua na dela. Mas logo ela me soltou, beijou minha testa e se afastou novamente.

- Fique aí. Eu volto logo.

- Bipolar do caralho.

Eu falei assim que ela fechou a porta.

- OLHA A BOCA, HEIN?

Merda...e ainda ouvia através das paredes, só pode. Hoje eu não quero brigar com ela. Então tratei de obedecer. Fiquei sentadinha na cama como uma boa menina. Ouvi outro carro chegando mas antes que eu fosse ver quem era Any estava de volta.

- Vou precisar de você, Sabina.

- O que está acontecendo?

- Você vai cuidar da Deinert.

- O QUÊ? Ficou louca?

Ela apenas ergueu uma das sombrancelha e cruzou os braços.

- Lembra-se de quando Savannah cuidou de você? Agora é sua vez.

- Então é isso? Sua mulher cuida da sua próxima mulher?

- Não seja ridícula. Vista-se e venha comigo.

Cruzei meus braços em frente ao peito em sinal de desafio.

- Não. Não irei tratar da sua próxima mulherzinha.

Any me puxou com tanta força que senti meus ossos estalarem ao bater de encontro ao seu peito. Sua mão segurou meus cabelos num rabo de cavalo.

- Agora escute aqui idiotinha. E ouça muito bem por que é a última vez que irei falar essa porra com você: Você é a minha mulher. Única e exclusivamente. Agora pare com esse chilique. Não temos tempo.

Ou eu era burra mesmo ou fazia isso apenas para deixar Any nervosa. Eu era única, eu sabia. Então...eu queria provocar mesmo. Para que ela me pegasse assim, com força.

- Eu vou. Mas depois quero meu pagamento.

Ela riu...cansado, mas riu. Vesti um roupão por cima da camisola e Any pegou pela mão, resmungando pelo corredor.

THE POWERFUL - VERSÃO LARINASOnde histórias criam vida. Descubra agora