Capítulo 11

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Estiquei meu corpo na cama, uma sensação de plenitude me dominando. Ao meu lado a miserável, maldita mais gostosa desse mundo dormia. Parecia um anjo, assim tão livre da sua fachada de Poderosa. Fiquei tentanda a tocar seu rosto, mas fiquei com medo de acordá-la. Any andava mais elétrica que o normal, precisava descansar um pouco, embora ela negasse. Como sempre ela cumprira com sua palavra. Voltou mais cedo para "fazer amor" comigo. E realmente ela fez. Foi tão intenso, sem deixar de ser sexual e carinhosa. Queria tanto acreditar que ela sentia alguma coisa por mim. Mas Any era sempre tão enigmática, tão segura de si. O tipo de mulher que jamais se apaixonava. Ainda assim isso não mudava nada. Estava loucamente apaixonada por ela e tenho certeza que a tendência era só aumentar cada vez mais. Levantei-me silenciosamente e corri para tomar um banho. Daqui a pouco os o pessoal de Any chegariam  para a partida de poker, que aliás eu nem tinha conhecimento. Passei o dia tentando pensar o que fazer pra eles. Any não dissera nada.

Pedi opinião para umas das empregadas da casa que já estavam acostumadas com essas visitas. Canapés, petiscos, ponches, cervejas, uísque e essas porcarias que eles gostam de comer quando estão reunidos. Fora, é claro, os famoso charutos. Não me lembro de já ter visto Any fumar algum. Mesmo assim deixei a caixa de madeira ao lado da mesa, no salão de jogos. Nunca tinha estado ali. Como todo o resto era elegantemente decorado. Coloquei um vestido verde claro, cintilante e curto. Passei uma maquiagem leve e deixei meus cabelos soltos. As sandálias de salto fino com tiras completavam o visual. Por que eu tinha a leve impressão que Any iria me matar? Mas eu não iria fazer nada demais. Queria apenas fazer ciúmes nela,  Adorava vê-la brava. Desci até a cozinha e dei ordens a Felipa para que levasse o réchaud até o salão. Eles mesmo se serviriam. Assim era um Buffet elegante.

Eram quase sete meia da noite quando ouvi todos chegando. Subi e fui até o quarto. Any permanecia de bruços, inteiramente nua. Consegui vencer minha vontade de tirar a roupa e me deitar com ela .Coloquei seu celular para despertar às sete e quarenta e cinco. Tempo suficiente para eu me entrosar com todos. Desci para cumprimentá-los e quatro pares de olhos desceram pelo meu corpo.

- Olá pessoal.

- Boa...boa noite.

Noah respondeu e foi seguido pelos outros

- Any irá descer logo. Estava um pouco cansada.

- Ah...tudo bem. Nós que estamos pouco adiantados.

- Vamos para o salão? Assim podemos beber algo se quiserem.

Eles me seguiram em silêncio como cães de guarda. Estavam visivelmente desconfortáveis na minha presença. Olhei o relógio e vi que a essa hora Josh já teria acordado. Fui até o bar e servi bebida para todos. Servi um ponche sem álcool para mim e sentei-me cruzando as pernas. Os olhares acompanharam meu gesto.

- Não vai se sentar? Parece que estão com medo de mim.


- De você não.

Joalin falou e eu gargalhei.

- Quanta bobagem. Eu não sabia que se reuniam sempre aqui.

- Any gosta disso. Acho que ele se sente bem nos massacrando

- Como assim Nour?

- Ela nunca perde uma partida.

- Ela rouba?

Todos eles riram.

- Não...ela joga limpo, por incrível que pareça.

- É estranho vê-la aqui.

- Por que diz isso, Krystian?

- Assim...nada contra, mas geralmente as mulheres do chefe não nos dirigia a palavra. Talvez por medo dela achar ruim, ou sentir ciúmes....

THE POWERFUL - VERSÃO LARINASOnde histórias criam vida. Descubra agora