Capítulo 24

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POVS SABINA

Enterrei meu dedos nós lençóis da cama ao sentir meu sexo pompoando-o, fazendo com que Any gemesse mais alto e seu líquido invadisse meu corpo.
Seu corpo completamente encharcado de suor abandonou o meu, deitando-se ao meu lado.
Depois que meu fôlego retornou abri meus olhos e encontrei os seus fitando-me. E perdi o fôlego novamente. Any me amava. Não tinha dúvida alguma.

Mesmo que eu jamais ouvisse exatamente essas palavras vindas de sua boca. E eu não me importava. Se ela demonstrasse seu amor como vinha fazendo há alguns dias, palavras seriam desnecessárias.
Any ainda olhava para minhas coxas desnudas, reveladas pelo vento que erguia meu vestido. O calor era insuportável, por isso mesmo coloquei um vestido solto e leve, amarrei os cabelos num rabo de cavalo na tentativa de me refrescar um pouco.

- Eu não entendo essa mania que você tem de usar roupas curtas demais.

- Está calor, Any.Você pode usar uma camiseta ou mesmo ficar sem ela. Eu não posso.

- Não é desculpa.
Ela estava meio carrancuda. Mas foi ela quem insistiu para que saíssemos um pouco. Eu preferia ter ficado no hotel, escondendo-me do sol.
Assim que terminei de subir as escadas eu olhei para cima abobalhada. Estava em frente ao Cristo Redentor.

- Céus, Any...é lindo.

Any estava parada atrás de mim, as mãos no bolso da calça. Olhava atentamente o monumento à nossa frente sem dizer uma palavra. Sua expressão era indecifrável. Somente depois de muito tempo ela me respondeu.

- Sim, é lindo.

Um pensamento passou pela minha cabeça e antes que eu pudesse travar minha língua a perguntar saiu.

- Não acredita em Deus, Any?

Novamente um bom tempo em silêncio até que ela me respondeu.

- Eu pensava que se existisse Deus, eu não precisaria fazer justiça com minhas próprias mãos.

- E desde quando matar é fazer justiça?

- Depende do ponto de vista.

- Pois eu acredito. E rezo todas as noites. Peço por nós...principalmente pra você.

Ela desviou o olhar da estátua para me olhar.

- Por que principalmente por mim?

- Tenho medo que algo de ruim possa lhe acontecer. Não vê Any? Essa sua vida é perigosa demais. Acha que se ele não existisse...
Any me abraçou por trás e beijou meus cabelos.

- Eu disse que pensava assim, Sabina.

Nem era preciso perguntar mais nada. Agora ela acreditava em Deus. Não ousei perguntar o motivo.
Eujá falei demais. Até para admitir sua crença ela era durona
Não sei quanto tempo passamos explorando aquilo tudo. Somente quando o sol começava a dar sinais de cansaço resolvi que queria ir a praia. E mais uma vez presenciei a intensidade dos sentimentos de Any
Assim como tudo naquele cidade, a praia era linda.
E estava muito cheia. Any sentou-se na areia.
Tinha tirado a camisa, o que não me agradou muito. Antes mesmo de fazer isso eu já percebi os olhares sobre ela.
- Não vai entrar no mar comigo?
- Não. Pode ir. Estou de olho.
Mas assim que tirei o vestido e fiquei com o biquíni que estava sob ele, vivo olhar de Any estreitar-se. Passou os olhos lentamente pelo meu corpo até chegar ao meus olhos. Mas antes que pudesse dizer qualquer coisa corri em direção ao mar.
Gostaria que ela estivesse comigo. A água estava deliciosa. Mas de longe eu via seu olhar atento. E via também as vadias que desfilavam na frente dela querendo chamar atenção.
Vi quando duas garotas sentaram-se muito próximas a ela imediatamente sai da água.
Caminhei em direção a ela, mas no meio do caminho fui cercada por dois rapazes. Diziam-me alguma coisa que não entendi por não saber a língua. Mas era claramente um elogio. Quando olhei na direção de Any ela estava em pé , os braços cruzados sobre o peito largo, pronto para ir até onde eu estava. Mais que depressa sai de perto dos rapazes. Mal cheguei perto ela estendeu o vestido para mim.

THE POWERFUL - VERSÃO LARINASOnde histórias criam vida. Descubra agora