Sinto uma espécie de frio e calor. Como se eu não fosse capaz de suportar o ventilador ao mesmo que eu não consigo ficar sem ele. É aterrorizante. Eu me vejo congelada e suando. Me vejo sem saber pra onde ir dentro da minha casa, que sempre foi meu refúgio. Por que amar dói? Por que as vezes é tão duro dizer adeus? Eu quero te ligar, tentar mais uma mensagem, me desculpar, dizer que vou te encontrar em qualquer lugar que tu queira. Mas não vai adiantar. Você bateu o martelo com tanta força que eu senti meu coração estilhaçar. Eu estou confusa. Não sei o que significa as coisas que você disse, mas uma delas tá aqui, ressoando nos meus ouvidos: SIM, EU TENHO CERTEZA E EU JA RESPONDI ISSO. Essas estarão eternizadas na minha carne. Ainda não consigo acreditar... Pego minhas coisas e não sinto como se fossem as mesmas de sempre, entro no quarto e ele parece diferente, vou pra cozinha, ela nem parece a minha, torno ao quarto ele parece outro. Que bagunça! Olho pra casa e pra mim... Mas que grande bagunça eu fiz. Agora tenho que organizar, mas onde? Quem é a dona dessa casa pra eu perguntar onde fica a louça? Estou perdida dentro de mim... Não vejo uma saída plausível, não vejo um lugar onde ir que não esteja completamente fora do lugar. Me perdi no meu coração. Pensei que era totalmente meu, mas tinha uma parte que era sua e você levou. Me devolva minhas chaves... Me devolva minha casa... Ou me devolva você.
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Quando Você Sabe
PoetryNão é bem uma história e sim textos e pedaços de mim. Obrigada e aproveitem.