🥇1° lugar em "erótico". 04/22
🥇1° lugar em "possessivo" 06/22
Para a jovem fotógrafa, seria apenas mais uma aventura, porém a natureza não estava a seu favor - ou estava - o fato é que, um acidente aconteceu, e tudo o que ela acreditava se expandi...
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HARLEY COLEMAN
Em algum lugar no Himalaia.
Sorri olhando a linda montanha, e começo a fotografar tudo ao meu redor, entusiasmada. Que lugar perfeito. A neve cintilante e azulada, me faz respirar profundamente, para repor o pouco oxigênio.
— Vanessa, você acha que consigo ir até às cavernas? — pergunto a minha assistente, e ela nega incrédula.
— nananinanão... — negou, enquanto sorri empolgada, guardando a câmera, e pegando meus equipamentos de alpinismo. — Harley... — adverte preocupada.
— não se preocupa, retornarei em algumas horas. — ela opõe incrédula. — não fica assim, não é como se eu fosse até o topo, irei apenas até a próxima chapada, pra ter melhores ângulos. — prometo tentando acalma-la.
— então irei chamar uma equipe para acompanhá-la. — disse sacando seu rádio, e nego segurando ela pela mão.
— eu irei sozinha. — aviso começando a preparar meus equipamentos.
— não mesmo. — ela assevera brava. — você quer morrer?
— estou acostumada, já escalei lugares muito mais íngreme. — comento deixando ela bufar irritada.
Minha assistente é muito protetora, e acha que arisco minha vida por muito pouco, porém me sinto doente em me privar de algo, que sei que posso conseguir. Não existe nada melhor que a sensação de satisfação.
Após uma breve despedida, começo a dura caminhada pela neve pesada. Meus pulmões ardem em busca de ar, porém sigo a exaustiva tarefa, em busca da recompensa maior. Sou fotógrafa, e amo viajar, conhecendo um mundo totalmente diferente em cada lugar, e registra, guardando cada paisagem única.
A escalada sozinha é bem difícil, e preocupante, por que qualquer deslize pode ser fatal, porém não sou alguém que teme os desafios. Amo a adrenalina que corre em minhas veias. Me faz perceber que minha vida ainda tem algum sentido, ou é importante, mesmo que apenas para mim mesma.
— Harley?! Na escuta? — o barulhinho do meu rádio aciona.
— sim. Estou bem Vanessa. — garanto a minha preocupada assistente.
— está prevista uma grande tempestade de neve, tem que retornar. — dou um gemido frustrado.
— tem certeza?! — olho o céu limpo ao meu redor, em dúvida.
— sim, sim. Saiu no rádio oficial dos militares. — garante com rapidez.
— tudo bem, irei retornar em breve. —garanto olhando o retorno, que terei que fazer.
