HAGAR;
Suspiro profundamente, e caminho sem um rumo certo por entre as cavernas. Minha fêmea é tão linda, porém tão curiosa sobre sua vida, que me deixa angustiado.
— a humana acabou de acordar, e já está deixando você dessa forma?! — a voz do Lake soa com deboche ao meu lado.
— o que quer? — encaro o homem, não querendo brigar.
— nada. Só quero saber quando ela sairá pra planície, e contará aos outros onde é nosso esconderijo, para que sejamos por fim dizimados. — disse com raiva.
— ela não fará isso. — grunhi em sua direção. — ela é minha, e não sairá da caverna.
— e o que veremos. — declarou, antes de sumir pela floresta densa.
Não posso deixa-la ir. Preciso dizer que ela é minha, e que jamais sairá da meu lado. Minha fêmea é tão pequena, e precisa de muitos cuidados, queria poder conquista-la, porém sou rude demais para tentar agrada-la, não sei exatamente como tratar uma fêmea, para que ela não deseje ir.
...
Quero espancar a mim mesmo por tê-la deixado sentada, e agora vejo dormindo de forma desconfortável. Arrumo minha fêmea sobre as peles, e fico indeciso sobre como limpar e banhar seu corpo, agora que ela está consciente.
— Hagar?! — ela murmura sonolenta.
— estou aqui doce. — aviso, sentando ao lado da cama. — o que deseja?
— estou com sede. — me olha de forma cansada.
Pego um pouco de água e levo até seus lábios. Deveria ter ficado cuidando dela, porém sai deixando minha fêmea precisando da minha ajuda. Que belo porcaria de companheiro eu sou.
— preciso trocar suas peles, e banha-la. — aviso, e vejo ela arregalar os olhos de forma desconfortável.
— eu posso tentar... — diz envergonhada.
— você está muito fraca, minha doce. Fiz isso todos os dias, desde que chegou aqui, e não será diferente. — certifico, não querendo vê-la desconfortável.
— tudo bem. — responde por fim, vencida.
Descubro seu corpo pequeno, e retiro a proteção das suas partes íntimas. Limpo como sempre fiz, sem encara-la, e desta vez em silêncio, porque não sei o que falar quando estou assim próximo a ela.
— vou preparar seu banho. — aviso levantando, e descartando qualquer sujeira.
Entro um pouco mais na caverna, e começo a encher o barril de pedra com água quentinha, junto a ervas que ajudará a relaxar seus músculos. Escupi essa banheira nos dias em que passei apenas cuidando da minha fêmea, porém talvez tenha sido por um ato egoísta, afinal construí apenas por não quere-la tomando banho junto aos outros habitantes, não quero que vejam e desejem, sua beleza delicada.
— espero que goste. — comento ansioso, quando pego seu corpo leve nos meus braços. — fiz para você, mas ainda não tinha usado. Com você adormecida, os banhos eram mais limitados.
— obrigado Hagar. — agradeceu encostando mais sua cabeça contra meu peito, e selando seus lábios ali.
Meu coração acelerou de tal maneira, que sinto meu peito tremer. Sorri largo com seu carinho, e sinto meu espírito se encher de esperança, que ela não nós rejeite.
— tudo por você. — declaro com toda sinceridade.
Coloco ela na água quentinha, e sinto meu peito se rejubila com sua expressão de contentamento. Molho e lavo seus cabelos, depois seu corpo que está imerso na água, tento não me concentrar nas suas partes íntimas, porque tenho medo das reações do meu corpo em relação ao dela.
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O SEGREDO DA MONTANHA |+18|
Fantasía🥇1° lugar em "erótico". 04/22 🥇1° lugar em "possessivo" 06/22 Para a jovem fotógrafa, seria apenas mais uma aventura, porém a natureza não estava a seu favor - ou estava - o fato é que, um acidente aconteceu, e tudo o que ela acreditava se expandi...