Like Best Friends - Dramione

Enfim, amigos

Heeeey, babies! Depois de mais de um ano (morrendo de saudades, juro!), A TIA TA DE VOLTA <3

Primeiro de tudo: sim, é uma conta diferente. A conta antiga deu problema, mas não se preocupem! Assim que eu conseguir entrar lá novamente, vou apagar MC de lá e trazer aqui, ok? Vai dar tudo certo!

Tô nervosa, ansiosa, eufórica, com saudades, me digam que ainda não me odeiam kkk I'M BACK!!

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HERMIONE

14 anos antes.

— Sorria, filhotinha. Por que está com essa cara assustada? — Mamãe sorria daquela forma que ela fazia quando queria ser simpática com alguém desconhecido. Segurando minha mão e uma bandeja de bolo, ela piscou para mim e inclinou-se mais perto, sussurrando. — Nossos novos vizinhos serão legais, você vai ver.

— Tem um menino aí. — Sussurrei de volta, cada segundo mais nervosa em estar ali, na porta dos nossos novos vizinhos, prestes a conhecer um possivelmente novo amiguinho. Eu não tinha muitos amigos ali naquela rua, então estava nervosa com aquele. Se eu fosse sorridente e amigável, ele toparia ser meu amigo? Eu esperava que sim. Olhei de volta para os olhos da minha mãe, que me fazia lembrar dos meus próprios. — Papai disse que ele tem o meu tamanho. Será que ele também tem cinco anos? Será que ele vai gostar de mim?

— Claro que vai. Todos gostam de você. — Ela piscou, toda sorridente. Eu gostava de como a mamãe me fazia sentir a menina mais legal do mundo. Sorri de volta para ela e alinhei meus ombros, pronta para conquistar a amizade de um menino da minha idade. Não tinha motivos para ficar tão nervosa, mamãe tinha razão. Era só um menino para brincar de bicicleta comigo.

Quando ouvi a tranca da porta sendo aberta, coloquei um sorriso feliz no rosto e aguardei. Meu coração palpitava de ansiedade, porque fazia tempo que eu procurava um amigo com quem eu pudesse dividir histórias. Eu amava inventar histórias, ouvi-las e desenhá-las. Com cinco anos, eu ainda não sabia ler com perfeição, mas gastava várias horas do dia tentando decifrar as letras nas minhas HQs. E adorava isso. Tomara que ele goste de ler, pensei com animação crescente.

Quando a porta abriu, ergui a cabeça para cumprimentar o adulto que estaria atrás dela. Mas não vi ninguém, apenas um ruído de surpresa vindo da mamãe. Confusa, abaixei os olhos e... o vi.

Era um garoto do meu tamanho, mas as semelhanças acabavam ali. Onde meus cabelos eram cacheados, volumosos e castanhos, os dele eram lisos e tão louros que era quase branco. Onde minha pele era bronzeada pelo sol dos fins de tarde andando de bicicleta, a dele era pálida e com poucas sardas nas maçãs do rosto. E os olhos dele eram de uma cor tão inesperada que eu só consegui olhar, tentando desvendar qual era a cor exata deles. Azuis claros, talvez... Ou cinza...

— Oi, tudo bem? — Mamãe sorria para o menino, mas ele não parecia encantado com o sorriso dela. Franzi o cenho, incomodada. Todo mundo se encantava com o sorriso da mamãe! Por que ele não? — Sua mãe está aí? Vim trazer...

— Mamãããe! — O garoto berrou sem olhar para trás, os olhos dele avaliavam minha mãe com cuidado. — Tem uma mulher na porta! E tem um bolo também!

— Ele é mal-educado. — Murmurei, alheia ao fato de que ele podia escutar. Mamãe apertou minha mão, mas o garoto finalmente me notou ali. Ele franziu o cenho, os lábios dele estavam franzidos também.

— E você precisa parar de usar esses sapatos. — Disse ele, apontando para meus sapatos rosas com asas de borboleta nos calcanhares. — São horríveis.